Maserati Mistral: Vento Forte Francês em Território Italiano. Nascido há 60 anos.
O belo Maserati Mistral foi produzido entre 1963 e 1970. O desenho da carroceria era obra de Pietro Frua. É sabido que a disputa entre fábricas de esportivos na Itália é grande. Construtores como Ferrari, Lamborghini, Iso e Maserati sempre foram concorrentes dentro e fora das pistas como a Ferrari e a Maserati no caso. No final de 1963, no Salão de Torino, na Itália era lançado o Maserati Mistral que entrava no lugar do 3500 GT um pouco envelhecido. Era um cupê para dois passageiros, mas com ótima visibilidade e espaço interno.
Foi escolhido o nome Mistral, um vento forte, frio e seco que sopra no sudoeste da França. Esse nome também iniciaria um costume na Maserati, que batizaria outros modelos – como o Bora e o Ghibli – com nomes de ventos, assim como a Lamborghini utiliza nomes de touros de briga.O novo Maserati tinha 4,45 metros de comprimento, 1,65 de largura e 1,28 de altura. Pesava 1.230 quilos.
Seu motor era um seis cilindros em linha com bloco e cabeçote em alumínio. Tinha 3,5 litros, duplo comando de válvulas, 235 cavalos, ignição dupla e injeção direta da marca Lucas .Caixa de cinco marchas ZF, tração traseira e diferencial autoblocante. Seus quatro freios eram a disco com duplo circuito e sua velocidade final era de 245 km/h.
Em março de 1964 era apresentado um belo conversível baseado no cupê. Tinha o mesmo motor 3,5 litros, mas o cupê estava mais forte. Passava a ter a cilindrada de 3.692 cm³, taxa de compressão de 8,8:1, 245 cavalos a 5.500 rpm, torque de 35 mkg.f a 4.000 rpm e além da caixa manual de cinco velocidades contava com um Borg-Warner automática opcional.Sua manutenção era restrita a profissionais muito habilitados.
Esta motor era originário do carro de corridas Maserati 350 S Sport/250 F que tirou o segundo lugar no campeonato de construtores em 1956 nas mãos do grande piloto Inglês Stirling Moss
Em março de 1966 seu motor subia para 4,0 litros e 250 cavalos a 5.500 rpm. O torque subia para 37 mkg.f a 4.000 rpm e sua velocidade final passava a ser de 255 km/h. O conversível passava a usar o motor 3,7 litros. Sua carroceria estava apoiada num chassi de tubos de aço, sua suspensão era independente por triângulos superpostos e molas helicoidais. Atrás eixo rígido, também com amortecedores telescópicos e molas semi-elípticas. Seus pneus eram na medida 185 x 16 e suas rodas raiadas de cubro rápido eram da marca Borrani.
Atrás havia uma grade porta traseira com fácil acesso ao interior. E bom porta-malas que podia abrigar malas da grife Louis Vuitton. Sua forração em couro nos bancos, forros de portas, painel e console eram abundantes. Tinha ampla abertura de portas com fácil acesso a bordo tanto para o passageiro quanto para o motorista/piloto.
Seu painel era de dar inveja a muitos aviões. O volante da marca Nardi e o pomo da alavanca eram destaque. Seu velocímetro a esquerda era graduado a 300 km/h. Ao centro marcador de nível e pressão do óleo, temperatura do radiador, nível do tanque de gasolina e amperímetro. A direita conta-giros graduado a 6.000 rpm com a zona vermelha começando aos 5.000 rpm.
A frente com três entradas de ar sobre o capô era uma de suas características. Abaixo do para-choque uma bela grande com fundo preto e o símbolo do tridente, Deus Netuno,identificação da marca desde os tempos de corrida na década de 50
Presença marcante em encontros de elegância. Até 1970 foram fabricados 948 cupês e 120 conversíveis.
Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Demais fotos de divulgação do site, Organizações Peter Auto e Clube Alfa Romeo Argentina
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