Ferrari 275 GTB:60 anos em 2024. Berlineta com grande Potência
A Ferrari 275 GTB foi mais um acerto entre a casa de Maranello e Pininfarina. Unia conforto, luxo e muito potência em seu V12. Abaixo Giovanni Battista “Pinin” Farina que foi o fundador da companhia Carrozzeria Pinin Farina em 22 de maio de 1930, mais tarde rebatizada como Carrozzeria Pininfarina. Este era seu modelo de uso pessoal.
Em italiano Berlina significa um carro sedã. Já o termo Berlinetta designava um modelo esportivo, com duas portas, dois lugares, capô pronunciado e traseira truncada. Era a primeira vez que a letra “B” era empregada num modelo de rua, mas que também faria bonito nos circuitos. Lançado no Salão de Paris de 1964. O número 275, como era comum na empresa, designava a cilindrada unitária de cada cilindro. Seu motor dianteiro, fundido liga de leve, com doze cilindros em “V” a 60º , tinha 3.286 cm³ de deslocamento volumétrico. Era arrefecida a água, tinha dois comandos de válvulas no cabeçote acionados por corrente. Tinha duas válvulas por cilindro. Sua taxa de compressão era 9,2:1. Era alimentado por um três carburadores de corpo duplo Weber 40 ou opcional seis carburadores de corpo simples. Tinha potência de 280 cavalos a 7.600 rpm e torque máximo de 30 mkg.f a 5.000 rpm. Sua velocidade máxima era de 250 km/h, 0 a 100 km/h em 6,7 segundos, cobria os primeiros 400 metros em 13,8 segundos e os 1.000 metros em 24,8 segundos. Excelente performance para a época.
Sua caixa de marchas tinha cinco velocidades e junto com o transmissão ficavam sobre o eixo traseiro. Formavam um só bloco, ligados a embreagem no motor via um eixo rígido. Seu diferencial era autoblocante.
A carroceira do GTB era em chapas de aço estampado, mas capô, portas e porta-malas em alumínio.Media 4,33 metros de comprimento, largura de 1,72, altura de 1,24 e entre-eixos de 2,4 metros. Seu peso era de 1.100 quilos.
Seu painel muito rico era em borracha e madeira de ótima qualidade. O Volante com três raios era da marca italiana Nardi. Todos os instrumentos da famosa marca Veglia. Seu velocímetro era graduado a 300 km/h e o conta-giros, também em formato circular era graduado a 8.000 rpm com a faixa vermelha começando ao 7.500 rpm. Entre eles, ao centro, ficava o marcador de pressão e temperatura do óleo.No centro sobre a madeira mais três mostradores. Temperatura da água, nível do tanque, amperímetro e relógio de horas.
Tinha chassi tubular com tubos de seção oval. As rodas dianteiras tinham suspensão independente, molas helicoidais e triângulos superposto. Atrás também independente, com molas helicoidais e triângulos superposto e barra estabilizadora. Tinha amortecedores hidráulicos na frente e atrás.A direção não era assistida. mas muito precisa em alta ou baixa velocidade. Encarava muito bem auto estradas assim como estradas sinuosas de pista simples. Calçava pneus 205 HR 14.Era equipado com rodas da marca Campagnolo e a partir de 1966 com rodas da marca Borrani. Nota-se abaixo os quatro canos de descarga do bólido. As luzes freio foram sempre circulares e não tiveram alteração durante a produção.
Durante sua produção de 1964 a 1968 houve poucas mudanças estéticas. A frente maior chamada de Long Nose (como o modelo amarelo de Pininfarina) , ou seja, nariz grande e grade frontal com pequenas diferenças ligeiramente retangular. A maioria era oblonga antes.
No início da produção em 1964 os faróis não eram carenados. Em 1965 ganhou uma calha sobre o vidro lateral para escoamento de água.As entradas de ar nos para-lamas eram necessárias e conferiam um charme a parte no bólido.
Entre 1967 e 1968 sua denominação era GTB/4 por conta dos quatro comandos de válvulas adicionado ao motor e seis carburadores. Seu capô dianteiro era diferenciado por um ressalto central. Foram produzidos ao todo 2.176 unidades.
Os conversíveis: Era o modelo 275 GTS que foi produzido entre 1964 e 1966. Os modelos tinham potência entre 260 e 280 cavalos. Foram desenhados e fabricados pela Pininfarina.Alguns tinham capota rígida removível e a empresa americana NART (North American Racing Team) também fez um spider.
Nas pistas
Se classificou no terceiro lugar geral em 1965 nas 24 horas de Le Mans pilotado por Willy Mairesse e Jean Blaton (conhecido por “Beurlys”) pela escudeira E também ganhou em1965 o Nassau Tourist Trophy.É presença constante nas corridas de veículos históricos de competição.
O sucessor
Ferrari 365 GTB/4 produzida entre 1968 e 1976.
Conhecida como Daytona, mas o Comendador detestava essa alcunha. Tinha motor V12 dianteiro também
Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Fotos de publicação do site
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