Lincoln Continental Quarta Geração (1961 – 1969) O mais bonito de toda linhagem

Lincoln Continental Quarta Geração (1961 – 1969) O mais bonito de toda linhagem

Em 1961 o Lincoln Continental voltava às linhas de montagem. Até hoje é um dos modelos mais belos da indústria norte americana. Pode-se desfilar em 2013 a bordo em Nova York, Paris, Roma ou Rio de Janeiro que o modelo vai chamar muita atenção. Era obra do designer Elwood Engel.

Havia a configuração quatro ou duas portas com teto rígido ou conversível. Na carroceria com quatro portas, as traseiras eram tipo suicida para facilitar a saída dos privilegiados ocupantes. O sedã era muito bonito. Contava com quatro faróis circulares na extremidade da grade prateada com frisos horizontais. Tanto o cupê quanto o modelo de quatro portas mostrava elegância em seu perfil. Tinha 6,61 metros de comprimento, 3,20 de entre-eixos, 2,02 metros de largura e 1,40 de altura. Era uma carro baixo em relação à concorrência o que o deixava mais atraente. O sedã pesava 2.395 quilos, o cupê 2.360 e o conversível 2.560. A carroceria tinha estrutura monobloco. A suspensão dianteira era independente, com desenho trapezoidal, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos. Atrás contava com eixo rígido, molas semi-elípticas e amortecedores hidráulicos telescópicos

O Instituto de Design Industrial Americano condecorou as linhas do novo automóvel com um uma medalha de bronze. A mensagem foi: “fantástica contribuição de simplicidade e elegância de desenho”.

Ainda contava com vidros com acionamento elétrico, travamento de portas automático, direção hidráulica e painel com linhas limpas e sofisticadas. A alavanca de marchas era na coluna e o cambio Twin Range Turbo Drive contava com três velocidades. Sua tração era traseira.

O grande motor V8 tinha deslocamento volumétrico de 368 polegadas cúbicas, 6.030 cm³ e potência de 285 cavalos. Com este propulsor chegava à ótimos 187 km/h e acelerava de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos. Outra opção era o motor com 7,0 litros de cilindrada e 320 cavalos de potência à 4.600 rpm. 

Em 20 de janeiro de 1961 era eleito o 35º presidente dos Estados Unidos. O democrata John Fitzgerald Kennedy ganhava a eleição contra Richard Nixon. Era casado com Jacqueline Lee Bouvier desde 1953 e sua família tinha muita tradição política na América. E, infelizmente, quase três anos após ter tomado posse, em 22 de novembro de 1963 aos 46 anos de idade, era assassinado numa parada na cidade de Dallas no estado do Texas. Estava junto à esposa no banco de trás de um Lincoln Continental conversível quatro portas. O carro cujas vendas não eram muito boas devido ao alto preço, custava o mesmo de um Cadillac Fleetwood Eldorado e ¼ de um Rolls-Royce Phantom V, ficou muito famoso devido à este fato que chocou o mundo.  

Ia em comboio e havia muita gente nas ruas, praças e nos prédios na hora. Várias televisões do mundo mostraram quando sua Jacqueline deu a mão a um dos seguranças que vinha logo atrás à pé correndo, para que subisse pelo porta-malas na tentativa de amparar  o presidente. Apesar deste evento lamentável a limusine presidencial Continental conversível, placa GX-200, ainda iria servir muito à Casa Branca. Transportou os presidentes Lyndon Johnson e Richard Nixon. Atualmente está num local especial no Henry Ford Museum em Detroit.

Em 1965 tinha a frente e traseira modificados. A grade mais moderna incorporava para-lamas e era mais saliente. Novos ornamentos e símbolos laterais e novas calotas. Por dentro o couro dos bancos brilhava e o cheiro era agradável. O carro continuava a merecer prêmios.

No ano seguinte em 1966, nova mudança na grade dianteira e o mascote não estava mais sobre o capô e sim inserido neste. O motor estava mais potente com 462 polegadas cúbicas, ou seja, modestos 7.570 cm³. Despejava 345 cavalos à 4.600 rpm. O torque máximo era de 66,9 mkg.f à 2.800 rpm. Fazia de 0 a 100 km/h em 11 segundos e sua velocidade máxima era de 193 km/h. Era alimentado por um carburador quádruplo em posição invertida da marca Carter. Seus concorrentes dentro dos EUA eram o Cadillac Brougham, o próprio irmão Ford Thunderbird, o Oldsmobile Toronado, o Buick Riviera e o Chrysler Imperial. Chegavam da Europa o Mercedes-Benz 600, o Jaguar MK-X, o Rolls-Royce Silver Shadow e o Maserati Quattro Porte. 

No final de 1966 já como versão 1967 o mascote voltava para cima do capô e o logo Continental, como na versão Mark II, identificava o grande carro na parte frontal mais alta do capô. Os distintivos octogonais com uma cruz no meio estavam agora nas laterais superiores dos para-lamas dianteiros. Faróis de longo alcance eram inseridos no para-choque dianteiro. Mudanças pequenas, mas sutis. Continuava elegante.


Na História

O Lincoln Continental 1961 do presidente Kennedy está atualmente no Henry Ford Museum em Dearborn, Michigan. O Serviço Secreto adquiriu duas versões do Lincoln Continental de quarta geração para uso como Carro de Estado Presidencial, servindo de 1961 a 1977. Tinha as “portas do suicídio” que se abriam para trás. O modelo presidencial estava equipado com um V8 de maior cilindrada e tinha uma velocidade máxima de cerca de 190 km/h e um conjunto de elementos de teto em plexiglass ou em vinil. O SS-100-X é uma limusine Lincoln Continental 1961 modificada por Hess & Eisenhardt de Cincinnati, Ohio. Projetado como um carro aberto com uma série de tetos para o mau tempo. As principais alterações introduzidas são uma extensão da carroceria aumentada para 6,75 metros, a instalação de dois bancos rebatíveis (que eleva o número de lugares para 8 passageiros) e a possibilidade de elevar o banco traseiro para que os passageiros oficiais sejam melhor vistos. Estribos também foram adicionados aos para-choques traseiros, com alças no porta-malas para guarda-costas. Por fim, há faróis panorâmicos nos pilares do para-brisa e duas luzes giratórias de sirene no para-choque dianteiro.

Quando John F. Kennedy foi assassinado em Dallas, em 22 de novembro de 1963, o carro estava completamente desprovido de qualquer um dos itens em questão. Os responsáveis ​​de segurança do presidente, Kinney, Godfrey, Kellerman e Lawson testemunharam posteriormente, perante a segunda comissão parlamentar de inquérito aos assassinatos políticos de Kennedy e Martin Luther King Jr.Em 1978, foi solicitado que a remoção do topo da bolha (o invólucro de plexiglass transparente à prova de balas). No entanto, Philp Shenon, em Anatomia de um Assassinato, revela que a bolha de Plexiglas não oferecia proteção contra tiros e que o Serviço Secreto vinha tentando, sem sucesso, há 3 anos, encontrar um fabricante capaz de fornecer um telhado de Plexiglas à prova de balas. O carro foi reconstruído com teto permanente, blindagem e vidro à prova de balas depois de 1963. Posteriormente, todas as limusines presidenciais dos Estados Unidos foram construídas como veículos blindados.

O Serviço Secreto adquiriu uma limusine Lincoln Continental 1969 para Richard Nixon embora fosse um veículo blindado, o teto da limusine foi projetado com uma abertura para permitir que o presidente Nixon ficasse no veículo para cumprimentar a multidão durante um desfile.


Em escala

A miniatura do carro do filme Goldfinger em escala 1/43.

Este cupê modificado com bom gosto é Maisto na escala 1/24.


Texto, Fotos e montagem Francis Castaings. Demais fotos de divulgação no site

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