Jaguar XJ/Daimler: O Sedã dos Lordes. Os Carros do país da Rainha Elizabeth II
A história de um dos automóveis mais longevos da famosa marca britânica Jaguar começou em 1962. O novo sedã foi projetado por Sir Willian Lyons e exigiu um grande investimento da empresa. As primeiras fotos foram flagradas em testes de pista em 1967.
Em 26 setembro de1968 foi apresentado o Jaguar XJ6 no British Motor Show. A tradicional empresa britânica havia investido uma soma astronômica no novo automóvel. Foi a vedete também um mês depois no Salão de Paris. Era um sedã de quatro portas que misturava linhas modernas e clássicas. E era muito atraente, talvez o sedã mais bonito da década de 60. A carroceria, bem equilibrada, tinha três volumes. O monobloco era todo em aço. E este foi um dos primeiros modelos que tinha sua estrutura com deformação progressiva em caso de impacto. Tinha um alto grau de proteção para seus ocupantes.
O carro pesava cerca de 1.630 quilos e tinha 4,81 metros de comprimento. A área envidraçada era muito boa e na frente se destacava uma bela grade cromada com frisos horizontais, o símbolo do “gato” selvagem sobre, e quatro faróis redondos. Abaixo do para-choque cromado dianteiro, mais uma grade retangular para ajudar na refrigeração. A identificação com a marca era óbvia apesar de romper com o desenho de seus antecessores, modelos como o MK X 420, MK II e S type.
Usava os mesmos motores da linha XK. Tratava-se de um seis cilindros em linha, dianteiro longitudinal com virabrequim de sete mancais. Era refrigerado a água e tinha cabeçote em alumínio. Com deslocamento volumétrico de 2.792 cm³ desenvolvia 149 cavalos DIN (182 SAE) a 6.000 rpm. Tinha duplo comando e as válvulas eram no cabeçote. Era alimentado por dois carburadores horizontais da marca SU. A velocidade máxima do belo quatro portas era de 185 km/h e atingia os 100 km/h em 11 segundos. Também estava disponível o motor com 4.235 cm³, também de seis cilindros que desenvolvia 186 cavalos DIN. Este motor, herdado do modelo MK X 420, tinha uma arquitetura antiga, mas garantia robustez e confiabilidade. A velocidade final deste mais potente era de 204 km/h. A caixa de marchas era mecânica de quatro marchas, com alavanca no assoalho, e opcionalmente, havia também a com overdrive Laycock de Normanville. Sua tração era traseira. A suspensão dianteira tinha triângulos superpostos, molas helicoidais e amortecedores telescópicos. Interessante que esta tinha um sistema que não deixava o veículo “mergulhar” em caso de freadas pânicas. A traseira trazia amortecedores coaxiais e molas duplas helicoidais mas tinha rodas independentes. A estabilidade direcional em retas e curvas era muito boa. O carro era calçado por pneus E 70 VR 15. Seus freios eram a disco nas quatro rodas com duplo circuito e servo-freio. Por dentro era muito bem acabado com era tradição da fábrica. Misturava esportividade e elegância. A madeira nobre era abundante.
Tanto os bancos dianteiros quanto os traseiros eram muito confortáveis e tinham um belo desenho. Apesar do túnel central da transmissão, acomodava bem cinco adultos. Um automóvel para pessoas exigentes que gostavam de frequentar a primeira classe. O painel nada devia, em números de instrumentos, aos aviões mais modernos da época tamanha era a quantidade de relógios. Atrás do volante de dois raios, de belo desenho, com um arco metálico para o acionamento da buzina, ficava conta-giros e o velocímetro. Ao centro, mais cinco relógios. A posição de dirigir era boa, porém o assento era um pouco baixo se comparado a modelos concorrentes. Um detalhe que era muito interessante e charmoso: – O felino tinha dois tanques, cuja capacidade total era de 105 litros. Os bocais de abastecimento ficavam sobre os para-lamas traseiros, como pode-se ver abaixo, pouco atrás da coluna “C”. Inédito!
As vendas começaram a decolar. Agradou pela sofisticação externa e interna. Conquistou os mais abastados tanto na Europa quanto nos EUA. Não era um carro barato e seus concorrentes, na época de seu lançamento, eram o Rover 3.500, o BMW 2.800, o Opel Diplomat 5.4 e o Mercedes 300 SEL. Em 1969 era lançada a versão Daimler do XJ. Mais luxuosa, chamava-se Sovereign (soberano), trazia para-lamas mais largos e melhor aeração interna além da grade que os diferenciava. Um ano depois, opção de uma caixa automática Borg-Warner também era oferecida para o motor de 4,2 litros.
Em julho de 1972 era lançado o modelo XJ12. O motor era o mesmo do esportivo Jaguar E-type e trazia doze cilindros em V a 60º, com bloco em alumínio e camisas úmidas em ferro fundido. Tinha 5.343 cm³ e 250 cavalos a 6.000 rpm. Sua taxa de compressão era de 9,0:1. Como o compartimento do motor era muito grande, não foi difícil colocar lá dentro o novo potente coração felino. Mas agora, para futuras manutenções, os mecânicos iriam ter certo trabalho. Era alimentado por quatro carburadores, sua velocidade final era de 225 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos. Aceleração respeitável para um sedã da época podendo enfrentar vários esportivos. E era o único sedã do mundo com doze “canecos”. O câmbio automático, da marca Borg-Warner, passava a ser de série. Para dar boa sustentação e estabilidade, ele estava calçado com pneus mais esportivos 205-70 VR 15. A versão Daimler era conhecida como “Double Six” e mantinha poucas diferenças externas, sendo a mais notável a grade com desenho mais caprichado.
Por fora era notável um ressalto sobre o capô e, ao centro da grade do radiador, a indicação de um grande “V” que tinha a palavra Twelve abaixo indicando o número de cilindros. Era oferecido na versão normal ou com um chassi mais longo em 10 centímetros sendo que a distância entre-eixos aumentava para 2,86 metros. Mais conforto para quem ia atrás. Com este automóvel, a Jaguar estava definitivamente no patamar dos melhores e mais sofisticados sedãs do mundo. Pesava 1.737 quilos e o comportamento dinâmico, se comparado a versão mais curta, era quase idêntico. Mas problemas de estrutura de carroceria, principalmente a baixa resistência a corrosão, pouca durabilidade de componentes mecânicos e elétricos e deficiência de acabamento estavam manchando a carreira do carro.
No segundo semestre de 1973 é lançada a série II do XJ. A carroceria tinha os para-choques mais altos (atendendo as novas regras dos Estados Unidos para onde eram exportados em quantidade respeitável ) , a grade tinha ângulos mais retos, frisos horizontais, era mais proeminente e mais estreita. O comprimento total passava a ser de 4,94 metros. As rodas também tinham novo desenho.
Por dentro o painel ganhava novo desenho e a instrumentação agora estava quase toda a frente do motorista. Dois grandes mostradores no meio (velocímetro e conta-giros) e mais dois de cada lado deles. As grades de aeração do ar condicionado passava para o centro do painel. O volante, tinha o raio central mais largo e era acolchoado. O conforto aumentava com o descansa braço central. As portas perdiam a forração de madeira, mas ganhava mais couro, Connolly, de ótima qualidade e tapetes de lã. A fábrica estava muito disposta a corrigir os problemas da primeira série e se empenhava para isso.
Poucos meses depois, em setembro de 1973 é apresentado o modelo cupê do XJ no Salão de Frankfurt. Com entre-eixos de 2,76 metros, o duas portas era simplesmente lindo. A ausência da coluna central o deixava mais bonito ainda. O teto de vinil era de série. Porém, só alguns meses mais tarde ele foi para as ruas por problemas de acertos estruturais, principalmente na versão de 12 cilindros. Na mira estavam o BMW 6.30 CS, o Mercedes-Benz 280 SLC, e Fiat 130 cupê e o Maserati Kyalami.
Dois anos depois, em 1975, o motor de 2,8 litros não estava mais a disposição. No lugar dele chegava um novo seis cilindros com 3.442 cm³ e 163 cavalos a 5.000 rpm. O torque máximo de 26 kgfm era atingido a 2.800 rpm. A velocidade final passava a ser de 187 km/h. Esta versão trazia um acabamento mais simples, porém, em compensação, a Daimler Sovereign Vanden Plas estava muito mais luxuosa. Para o doze cilindros a novidade era a injeção Lucas que tomava o lugar dos carburadores. A potência máxima passava a ser de 285 cavalos a 5.750 rpm. A velocidade final pouco se alterava, mas a aceleração de 0 a 100 km/h estava mais rápida passando a ser de 7,6 segundos. Para a tristeza de muitos em 1977 o cupê deixava de ser produzido. Não havia atingido as metas de produção, não fez o sucesso esperado, pois os admiradores da marca não viam nele um sucessor digno do E-type. Também, infelizmente, nasceu em plena crise do petróleo.
Em 1978 a caixa de cinco velocidades passava a ser disponível somente para os britânicos. Para os americanos a injeção eletrônica era de série e para todos os compradores do mundo havia a nova caixa automática GM 400 que era mais robusta.
Um ano depois a linha XJ chegava a terceira geração. Só os mais atentos podiam notar as diferenças. O para-brisas estava mais inclinado e por consequência a capota estava remodelada. As linhas estavam mais retilíneas e planas.
A área envidraçada estava ligeiramente maior. Os para-choques estavam mais seguros e também, para ajudar, receberam uma faixa de borracha capaz de resistir a choques, sem se deformar, de até 5 milhas por hora ( 8 km/h). Novas rodas de liga leve estavam a disposição e os quebra-ventos eram eliminados. A parte elétrica estava mais rica. Contavam agora com controle de velocidade, ajuste elétrico para bancos e retrovisores, limpadores de faróis, etc. Por dentro tinha tapetes mais grossos e mais madeira nobre sobre o painel requintado. O carro continuava muito charmoso e bonito. As mudanças o modernizavam e não tiravam o requinte e o caráter original.
Em 1981 a versão de doze cilindros recebia um novo cabeçote, apelidado de HE (High Eficiency). Graças a ele a taxa de compressão passava a 12:1, a potência a 300 cavalos e o torque máximo a 44 kgfm. Atingia a velocidade final de 235 km/h e os 100 km/h chegavam em 8,6 segundos.
Em 1985, a empresa criada por Sir Williams Lyons, em 1922, é privatizada pela dama de ferro da Grã-Bretanha, a poderosa Margareth Thatcher. A Jaguar não ia bem de finanças e estava a beira da ruína. Por este motivo não estava mais vinculada a British Leyland. A partir de então estava sobre a batuta de John Egam, um industrial inglês de sucesso. E este deu uma boa sacudida na produção do XJ e demais modelos da marca. Este responsabilizava cada funcionário por seu trabalho. O controle de qualidade tornou-se bem mais rígido.
Em 1986 nascia a nova série XJ batizada de XJ40. Por foram eram evidentes as alterações na carroceria. Não tinha nada de revolucionário, mas suas linhas estavam modernas. Abaixo um Daimler Six Soverign .
E conservava o classicismo. A versão básica trazia o motor de 2.919 cm³ de seis cilindros em linha. A potência era de 165 cavalos a 5.600 rpm. Sua taxa de compressão era de 12,6:1 e era alimentado por injeção eletrônica. A caixa de marchas poderia ser manual de 5 velocidades mecânica ou 4 automática. Sua velocidade final era de 193 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 10 segundos. Por fora era reconhecida pelos quatro faróis quadrados com cantos arredondados. A grade estava um pouco mais larga em comprimento e estreita em altura. Na versão superior, a XJ40, a grande novidade era o novo motor de 3.980 cm³ cuja potência era de 264 cavalos a 5.250 rpm.Tinha duplo comando e quatro válvulas por cilindro. Também era alimentado por injeção eletrônica, sua velocidade final era de 225 km/h e o 0 a 100 km/h em 7,7 segundos.
Números muito bons para enfrentar uma concorrência que se tornava séria a cada dia. Seus novos opositores eram o Lancia Thema 8.32, leia-se motor Ferrari, o Volvo 780 e o Mercedes 300 SE. Por fora se diferenciava pelos faróis retangulares e bonitas rodas de liga leve. O resultado veio logo pois as vendas aumentaram tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. Este modelo tinha uma tecnologia de ponta invejável. Por causa da nova carroceria, em que o motor V12 não tinha espaço, a versão Daimler continuou sendo oferecida com a carroceria da versão MK III. E também a da Jaguar! Isso porque, quando a firma pertencia a British Leyland, os engenheiros desta pensaram em colocar um V8 Rover no lugar do V12 Jaguar no projeto da série XJ40. E os técnicos da casa de Coventry, por oposição e raiva, elaboraram a carroceria para não abrigar um motor em “V” !
Em 1989, para o desespero dos britânicos, a Ford americana passava a ter o controle da Jaguar. Porém esta empresa passava a dar três anos de garantia para peças e também incluía a manutenção. Em 1990 os XJ ganhavam freios ABS de série. No caso da versão com motor de 12 cilindros, por causa do espaço por este ocupado, a bateria teve que ser deslocada para o porta-malas pois não havia mais espaço na frente.
Em 1993, para alegria dos amantes da marca, houve uma reestruturação na dianteira do XJ de última geração e este, junto com a versão Daimler, ganharam um novo motor V12 com 5.993 cm3 e 312 cavalos a 5.400 rpm. Só a caixa ZF automática de quatro velocidades estava disponível. Sua velocidade máxima agora era de 250 km/h e os primeiros 100 km/h eram atingidos em 7,2 segundos. Os pneus, mais modernos, eram os 225/55 ZR 16.
Um ano depois, nova maquiagem na carroceria e volta a ter os bonitos faróis redondos contrariando o modismo. A traseira também sofria uma remodelação e também estava sóbria e bonita. A versão seis e doze cilindros não estavam mais disponíveis. No lugar deles, uma nova geração de potentes V8 tomavam o lugar. Todos com 32 válvulas, o mais “manso” tinha 3.248 cm³ e 243 cavalos. Chegava aos 100 km/h em 8,2 segundos e tinha final de 218 km/h.
A intermediaria oferecia uma cilindrada de 3.996 cm³ e 294 cavalos. Cravava 240 km/h. Com a mesma cilindrada, a mais nobre e potente, cuja denominação era XJR, tinha 375 cavalos e alcançava os 250 km/h. Os primeiros 1.000 metros eram atingidos em 26 segundos e os 100 km/h em 6,1 segundos. Era equipado com um compressor volumétrico e seu torque era de 53 kgfm. Ótimos números para um automóvel que já estava com 1.811 quilos e 5,02 metros de comprimento. Todos estavam equipados de série com transmissão automática, freios ABS e airbags. Estava agora enfrentando bem os Audi A8, BMW série 7 e Mercedes classe S.
Em 2003, foram outra vez reestilizados. A carroceria toda em alumínio mantinha mesmo caráter. A solda não era mais usada na junção das partes da carroceria. No lugar, eram empregados 3.204 rebites auto perfurantes e 102 metros de um cordão de cola especial. Ainda há o trabalho manual na montagem mas a linha dispõe de 88 robôs. Ele era mais leve 140 quilos que seu antecessor. Ao volante, ele ficou mais ágil e preciso.
A suspensão era pneumática traz muito conforto e ótimo comportamento em curvas e retas. Na versão XJR, o V8 a 90º estava com 4.196 cm³, compressor Eaton refrigerado por dois trocadores ar/água e 406 cavalos a 6.100 rpm. A velocidade máxima autolimitada a 250 km/h não se alterou, mas o 0 a 100 km/h baixou para apenas 5,3 segundos. A caixa automática tinha seis velocidades. Por dentro mantinha o luxo característico e conta com GPS com comandos tácteis diretamente na tela. Por fora ele se distinguia das outras versões pelos poucos cromados e belas rodas raiadas de 20 polegadas. Ate hoje foram oito gerações, quase 700 mil exemplares produzidos desde 1968 e muito sucesso num sedã que reúne bastante luxo e esportividade. Um autêntico Jaguar !
O Daimler 2,9 Soverign, ano 1988, de Minas Gerais. A Daimler é uma das empresas mais antigas do mundo sobre rodas. Sua fundação data de 1896 e sempre fizeram carros de prestígio. E por muito tempo seus carros serviram a coroa britânica. O nome do modelo com seis cilindros é Soverign (Soberano), 2.919 cm³, 165 cavalos a 5.600 rpm e alimentado por injeção eletrônica. Tem câmbio com quatro marchas automático ou cinco mecânico. Freios a disco nas quatro rodas sendo os dianteiros ventilados. Sua velocidade máxima é de 193 km/h e faz de 0 a 100 km/h em 10 segundos.
O modelo apresentado se distingue pela grade com frisos verticais até as bordas e sobre esta o símbolo da casa Daimler no lugar do felino e faróis retangulares. Também por seus frisos na lateral e rodas específicas.
Raríssimo Jaguar Daimler, com apenas 73 mil quilômetros rodados, um carro sensacional e surpreendente em conforto e detalhes de acabamento.
Este modelo tem bancos e revestimento das portas e painel em couro Connoly, couro de alta durabilidade, toque macio, as cores sóbrias e o odor suave de suas peças deram características de suas peças que imortalizaram pelo mercado de automóveis de luxo, sobretudo fabricados na terra da Rainha Elizabeth.
Detalhamento interno em Madeira Rádica(As lâminas de rádica são lâminas de madeiras naturais normalmente retiradas da raiz de suas árvores), que possuem um desenho único e refinado, teto solar com abertura automática, carpete de lã de carneiro, painel digital, cambio automático com speed control, bancos com regulagens elétricas e aquecedor, cortinas no vidro traseiro, luzes internas direcionais para leituras de mapas por exemplo e e muito mais coisas que faz do Daimler um carro de extremo luxo.
Detalhes
Fotos cedidas gentilmente por seu proprietário
O Carro da Rainha Elizabeth II e do Príncipe Philip, Duque de Edimburgo. É um Majestic Daimler V8 Super Saloon LWB ( Entre-eixos longo). Dentro do carro está o casal nobre.
Elizabeth II, nascida Elizabeth Alexandra Mary
Nascimento: 21 de abril de 1926 em Mayfair, Londres, Reino Unido – Morte: 8 de setembro de 2022 (96 anos)
O novo XJ
O novo Jaguar XJ tem disponíveis motor V6 3.0 com compressor, 2.995 cm³ e potência de 340 cavalos à 6.500 rpm. Faz de 0 a 100,00 km/h em 6,4 segundos e sua final é de 250 km/h. Com motor V8, e chamado como XJR, tem também com duplo comando de válvulas no cabeçote, duplo turbo compressor e a potência sobe para 550 cavalos a 6.500 rpm. Faz de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos e tem final de 280 km/h. Versões com 5,13 e 5,26 metros de comprimento. A versão diesel V6 não fica nada a dever com relação a desempenho da versão a gasolina V6. Alta tecnologia por dentro e por fora. Continua muito atraente.
Nas telas
Numa da primeiras grandes cenas de James Bond em Casino Royale (2006) é quando chega ao Ocean Hotel, em Nassau, no Caribe, o confundem com um manobrista por estar trajado com roupas simples, um motorista arrogante pede de forma pouco delicada que ele estacione seu Range Rover. Bond o faz bruscamente, manobra e acerta em cheio a frente de um XJ que estava estacionado. Numa das cenas finais está as margens do Lago Como na Itália com um modelo XJ8. O modelo Daimler está no filme Quantum of Solace (2008) O vilão Dominic Greene está a bordo de um Daimler X308 Super V8 quando desembarca de seu jato particular na Áustria. Ótimos filmes!
No filme Quando setembro chegar (Until September)…
No filme Quando setembro chegar (Until September) de 1984 com Thierry Lhermitte e Karen Allen, o Jaguar XJ pertence a um banqueiro que junto com a turista americana viaja e passeia pela França. O felino aparece várias vezes neste belo filme. A atriz Karen Allen foi a primeira namorada de Indiana Jones no primeiro filme e também no último.
Também no filme Formula 51 (The 51st State – AKA Formula 51) de 2002, com os atores Samuel L. Jackson e Robert Carlyle, que também foi um vilão em James Bond no filme 007 – O Mundo Não é o Bastante. Lá temos um exemplar vermelho. Há um ótimo racha pelas ruas de Liverpool, cidade famosa da Inglaterra.
Nas pistas
Em março de 1976 foi apresentado pela Jaguar um modelo muito interessante para participar do Campeonato Europeu de Carros de Turismo. Tratava-se de um cupê XJ chamado de XJ12 C/Broadspeed. Porém só estreou na penúltima prova do campeonato, no afamado Tourist Trophy em Silverstone. Logo foi apelidado de Big Cat, pesava 1.330 quilos mas tinha 600 cavalos para puxar a carga. Pilotado por David Hobbs e Derek Bell fez a pole position, quase 2 segundos na frente dos BMW CSL que já haviam garantido o campeonato. Na corrida, quando disputava o primeiro lugar, teve que abandonar por causa de um problema mecânico. Nesta estavam também potentes Ford Capri, Alfetta e até um Chevrolet Camaro com 450 cavalos campeão do ano anterior.
Infelizmente, no ano seguinte, em 1977, o campeonato teve as regras mudadas para carros de 1,6 litros, 2,5 e 3,5 litros. O monstro felino ficou de fora…. O cupê era rebaixado e tinha os para-lamas mais largos para abrigar pneus muito largos. A pintura era muito bonita. Tinha fundo branco e grossas faixas azuis com contorno vermelho. Na lateral, vários destaques: – o número 1 na porta e na frente, o desenho símbolo da marca, um grande jaguar dando um salto. Também quatro belas saídas de canos de descarga para amedrontar a concorrência.
Em escala
Em 1973, a Corgi Junior fez um exemplar do XJ6 4,2. Na cor bordeaux, tinha interior amarelo, abria o porta-malas e tinha guincho para reboque. Bem feita, era na escala 1/60. A Damburymint também os fez na escala 1/43. Só que em prata ! Belíssimo. Longe de ser um brinquedo. Para ser exposto. Foi a versão cupê.
A famosa fundição de brinquedos ingleses, a Corgi Toys, também fez modelos com esmero. Tem um cupê XJ12 dourado com capota preta. O mesmo com as cores da “Coast Guard” do Reino Unido. Branco com sirenes e faróis sobre a capota. Usou-se o mesmo também para a polícia.
A francesa Provence Moulage fez, na escala 1/43 o famoso modelo de corridas Jaguar XJR 12 Coupe Big Cat. Idêntico ao modelo de corridas, o cupê é branco com faixas laterais azuis e vermelha. Os para-lamas alargados e não faltam os 4 canos de descarga laterais. Limitado a 300 unidades é uma peça bonita para colecionadores exigentes.
Texto, Fotos e montagem Francis Castaings. Foto do carro de corrida de divulgação
© Copyright – Site https://site.retroauto.com.br – Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução de conteúdo do site sem autorização seja de fotos ou textos.