Chevrolet Opala Safra 1975 a 1979. Muitas novidades para este campeão Chevrolet

Outras melhorias chegaram como duplo circuito de freio, suspensões recalibradas e cambio de quatro marchas no assoalho inclusive para o Especial. Já havia também ar condicionado e direção hidráulica para a versão Gran Luxo e vidros verdes eram de série nesta e no SS. Novas cores estavam disponíveis e várias em tons metálicos.

Outra boa novidade em 1975, garantindo mais segurança, eram os freios a disco dianteiros. O Opala estava mais seguro e neste ano as vendas aumentaram mais ainda.

Também a GM do Brasil completava 50 anos de Brasil com sucesso. E a Caravan chegava para uma carreira de sucesso.

Encerrava 1975 com a produção de quase 70.000 unidades e já havia quase 370.000 Opalas nas ruas do Brasil. Foi especulada na imprensa uma picape baseada no cupê que provavelmente faria sucesso. Talvez por afetar as vendas da C-10, não a produziram.

Também neste ganhava grade com todos os frisos cromados e o teto de vinil era de série. Já para o cupê o meio teto de vinil era chamado de Las Vegas.

As lanternas de pisca eram na cor âmbar e havia ainda faróis de Neblina retangulares. Já era um automóvel adulto com uma boa gama de opcionais e também bonito. Deixava de ser rústico.

No SS a decoração lateral não estava nada bonita. Na parte superior do para-lama havia quatro faixas pretas em forma de asa.

Podia receber faróis de longo alcance circulares e/ou também de neblina retangulares. O capô de ambos, SS-6 ou SS-4 eram em preto fosco. Por dentro aumentava a segurança contra os amigos do alheio. O tambor das chaves passava para a coluna de direção e o travamento do volante estava mais seguro.

Quanto à parte mecânica recebia radiador selado e novo alternador de 32 amperes. Havia a bateria convencional e a sem manutenção.Podia receber três medidas de pneus: 6,45 x 14 e 6,45 x 14 s e 7,35 S sendo esta de série no Comodoro. E continuava com o tanque de gasolina de 54 litros. A capacidade do cárter do quatro cilindros era de 3,5 litros com filtro e o do seis cilindros de 5,0 litros com filtro. A primeira troca era aconselhada com 5.000 quilômetros e depois a cada 10.000. O carro media 4, 702 metros de comprimento, 2,66 de entre-eixos, 1,75 de largura e 1,35 de altura. Pesava 1.150 quilos.

Em 1976 era eleito novamente o carro do ano. E a concorrência já estava bem maior. Na Volkswagen havia o VW Passat lançado em 1974, bem mais moderno e com bons argumentos. Também neste ano havia o belo Alfa Romeo 2300 apesar de ser muito mais caro. Na Ford havia o Maverick lançado em 1973 e já com carrocerias de duas e quatro portas e o novo motor 2,3 OHC de quatro cilindros, mais moderno para tentar concorrer com o Chevrolet com o mesmo número de cilindros.

Até uma concessionária em São Paulo fez uma versão perua do Maverick, mas como se tratava de um carro especial tinha preço muito elevado. Quanto a Chrysler os modelos mais simples esbarravam no preço dos Opalas mais luxuosos, mas o consumo dos Dodge era muito maior.

No começo da década de 70 já havia fabricantes sérios de acessórios que faziam produtos de boa qualidade de bom gosto tais como carburadores duplos, triplos, coletores especiais, cabeçotes, escapamentos idem, grades com dois faróis circulares, rodas de liga leve com desenhos bonitos, volantes, bancos, spoiler, aerofólio, teto solar, antena elétrica, etc. Mas nesta época começaram a colocar rodas de aro de 13 polegadas no lugar das de 14 polegadas originais. Ficava no mínimo bizarro. E estragava a suspensão e componentes ligados a ela.

O modelo SS estava mais discreto com duas faixas pretas no capô, com bordas brancas e a parte inferior lateral pintada de preto. Mas alguém teve a ideia infeliz de inserir o nome do carro escrito em branco sobre fundo preto colado no vidro traseiro. A visibilidade traseira do cupê nunca mereceu aplausos e ficou mais prejudicada ainda. De gosto muito duvidoso a própria fábrica tirou. Na frente das portas havia a inscrição SS-6 ou SS-4 com o numero na parte superior. As rodas deste tinham desenho mais simples e a do SS-6 com fundo preto era mais harmoniosa.Em 1977 as grandes novidades eram o cambio com a sobremarcha (overdrive) que fazia com que a última, no caso a quarta com alavanca no assoalho, ou terceira na coluna, engatada, o motor girasse menos, mantendo menor o consumo. As anteriores eram bem mais fortes. Não agradou. Outra foi o econômetro que na verdade era um vacuômetro que indicava de forma analógica se o motorista estava ou não economizando gasolina. Na faixa vermelha era melhor aliviar o pé. Nos modelos SS não havia mais distinção, só a faixa inferior preta com a descrição esportiva. Estava mais discreto.

Em 1978 a grade mudava pouco com quatro retângulos pretos. Novas cores eram oferecidas e a coluna de direção retrátil fazia parte da segurança ativa. Ponto para o Opala. A grande novidade era a Caravan SS com todos os acessórios do cupê que deixava de ter as feias faixas brancas de contorno.

Elas davam lugar à cor do restante do carro. Bem mais razoável. Esta perua esportiva da GM não tinha concorrentes como a Belina GT, Variant SR ou Kombi Spider!

Em 1979 mais uma tentativa para se contornar a crise de combustível. O tanque de 54 litros passava a ter 66 litros. Na época os postos de abastecimento nas estradas ou cidade, graças à brilhante ideia de alguém, começaram, eram obrigados a encerrar o expediente às 20:00 horas.

Se ficasse no meio da rua ou estrada depois… a venda de galões e saquinhos mais robustos especiais para o transporte da nafta aumentou. E muito, era proibido, mas a maioria tinha no porta-malas. Melhorava as forrações internas, os tecidos dos bancos e o apoio para cabeça dos dianteiros estavam com novo desenho deixando o motorista mais seguro quando precisava olhar para trás.

Para limpar o para-brisa agora havia uma bomba elétrica e para acionar o botão ficava mal posicionado à esquerda do volante. Uma ótima novidade era a mudança de alavanca do freio de estacionamento para o centro do assoalho entre os bancos dianteiros no caso dos bancos individuais. Herdou o espelho retrovisor do Chevette em formato retangular. Quanto ao SS, não tinha mudança, apenas o dístico 4100 havia sido extinguido.

“O que é escrito sem esforço é lido sem prazer”

Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Representante/embaixador no Brasil do Club Vincennes en Anciennes
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