Em 2022 os filmes 007 completaram 60 anos nas grandes telas. O Checker Marathon esteve em Viva e Deixe Morrer (Live and Let Die).

Em 2022 os filmes 007 completaram 60 anos nas grandes telas. O Checker Marathon esteve em Viva e Deixe Morrer (Live and Let Die).

 Uma das imagens mais marcantes de Nova York, junto com seus altos prédios, a Estátua da Liberdade, o Central Park e a miscigenação de raças, são seus táxis amarelos. Imortalizados nos filmes e seriados de várias décadas, não são esquecidos nos postais e  nas fotografias também das revistas de todo o mundo, sejam em reportagens ou propagandas.

Tudo começou em 1922, na cidade de Kalamazoo no estado de Michigan, no norte dos EUA. Desde início da fábrica, sua produção foi destinada quase que exclusivamente aos táxis. O mais interessante, seu fundador e acionista principal, Morris Markin era originário da Rússia. A razão social da empresa era Checker Cab Manufacturing Company. Anos depois mudou para Checker Motors Corporation

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O modelo Checker Marathon, lançado em 1955, permaneceu quase imutável durante quatro décadas. E por ser mais o mais famoso, o mais presente nas ruas, é o que está mais na lembrança de todos.

O sedã, três volumes, quatro portas, três vidros laterais, mais famoso na cor amarela e com a faixa lateral com quadradinhos em preto e branco. As portas de trás se abriam num ângulo de quase 90 graus. Fácil acesso para os usuários, o banco traseiro acomodava muito bem três passageiros. Não havia briga de joelhos batendo uns nos outros. Seu motor dianteiro de seis cilindros em linha, de origem Chevrolet,  de comando de válvulas lateral, tinha 142 cavalos. Sua cilindrada era de 3.769 cm³ e a taxa de compressão de 8,5:1.

Era alimentado por um carburador Rochester. Tinha opção de cambio de três marchas mecânico ou automático. Em ambos a alavanca ficava na coluna de direção. Seu tanque tinha capacidade para 87 litros de gasolina e seu consumo urbano era de 6,0 quilômetros por litro. Típico dos automóveis daquele país naquela época.

Sua rodas de aro 15 polegadas tinha pneus na medida 8.20 x 15. Sua suspensão dianteira tinha molas helicoidais e traseira com eixo rígido e molas semi-elípticas. Trazia muito conforto aos ocupantes com o tradicional molejo americano. Os freios eram a disco na frente e tambor atrás.  A outra opção era um oito cilindros em “V” de 198 cavalos e 5.733 cm³. Este era alimentado por um carburador de corpo duplo, também da marca Rochester e chegava a 160 km/h. Mas estes carros não eram para correr e sim para “taxiar” com conforto apreciando a metrópole americana. Circulavam em Manhattan com enormes painéis de propaganda perpendiculares na capota. A árvore de natal (a luzinha com a inscrição Táxi) em cima, também chamava a atenção. O mais famoso “Yellow Cab” de todos os tempos, media  5,43 metros de comprimento e pesava 1.650 quilos.

Seu estilo seguia a tendência da década de 50 e suas linhas eram bastante tradicionais. Em toda a carroceria se via muito cromado. Para-choques, calotas, na imponente grade dianteira com frisos horizontais, emblemas, nas molduras dos faróis duplos redondos na dianteira, calhas das portas e contornos do quebra-vento.Detalhe interessante era que frente e para-lamas faziam uma só peça. Muito importante numa linha de montagem também sem muitos avanços tecnológicos. Em 1959 foi produzida a primeira versão a paisana. A única e mais notável diferença, eram as cores não amarelas e as vezes, a capota numa cor, o resto noutra. Mas pouquíssimas unidades foram produzidas.

Na década de 60  apareceu uma aberração desta empresa  que fez sucesso nos aeroportos, hotéis e na polícia. Tratava-se do modelo Aerobus, uma versão muito alongada do Marathon. Podia transportar doze passageiros, não contando o banco da frente. Pesava quase 2,5 toneladas e chegava a medir 7,2 metros na configuração mais longa. Apesar do V8 dianteiro de 5.210 cc e 218 cavalos não passava dos 135 km/h. O  cliente podia optar pela versão de 6 ou 8 portas! A versão “Station” era mais extravagante ainda. Podia vir equipada com um bagageiro na capota que mais parecia um super varal. Teve sua produção interrompida e 1974 e foi relançada em abril de 1976.

Em 1974 já contava com os nada discretos para-choques de alumínio impostos por uma nova legislação americana que atingia todos os modelos de todas as fábricas e também impunha as mesmas condições aos importados. Se no Checker ficou desajeitado, nos outros então… O original, com batentes também cromados, era mais esbelto e curvo. Mais adequado ao estilo original. Os limpadores de para-brisas, que originalmente tinham sentido opostos de varredura,  passaram a ter convencionais. A produção anual nunca chegou a ser volumosa. Neste ano foram fabricados cerca de 5.200 unidades e no ano seguinte baixou para 3.000.

Em 1982 terminou a produção do sedã imponente, rústico mas muito robusto. Quase nada mudou na carroceria de estilo marcante. Nem seus belos retrovisores cromados receberam alteração de estilo. Era um modelo autêntico dos anos 50. Mais interessante pois era raro não haver mudança de estilo na linhas de montagem americana. E pelo fato de aumentar o interesse por réplicas este automóvel desperta muito interesse de aficionados. Ele foi deixando aos poucos ruas da “Big Apple”. O último que circulava deu adeus em 1998. A austera vistoria da prefeitura da megalópole exigia mais segurança e reformas que eram de alto custo e não compensavam.

Modelos mais modernos, como o Chevrolet Caprice e o Ford Crown Victoria já o vinham substituindo. Mas estão a milhas de ter o mesmo charme e elegância. Os mais antigos motoristas lembram dele com muita saudade.


Nas Telas com 007

Em Viva e Deixe Morrer (Live and Let Die) é o primeiro filme em que o inglês Roger Moore interpreta o papel do agente 007. Produzido em 1973 se passa quase todo nos Estados Unidos e numa ilha fictícia do Caribe. Dando continuidade foi produzido por Albert Broccoli e Harry Saltzman e é baseado no romance homônimo de Ian Fleming.

James Bond vai aos Estados Unidos, chega à Nova York, para tentar deter um grande traficante de drogas, denominado Mister Big que é muito poderoso. James se envolve num perigoso e delicado meio gangsters e de feiticeiros. Tem como atores também Jane Seymour (Solitaire), Yaphet Kotto (Kananga e Mr. Big), Clifton James ( Xerife J.W. Pepper que também participa de O homem da Pistola de Ouro, Gloria Hendry (Rosie Carver), Bernard Lee – M, Lois Maxwell  a inesquecível  Miss Moneypenny e David Hedison (Felix Leiter) que apareceu duas vezes. A primeira neste e depois em 1989 em 007 – Permissão para Matar.  O carro Checker aparece em cena quando Bond sai de uma loja de produtos místicos no Harlem. Passam pelo Cental Park  perseguindo um Cadillac Fleetwood 60 Special Brougham 1971. Aparecem nas ótimas cenas deste filme vários Chevrolet Impala, Bel Air, Nova, Malibu… E a cena de perseguição de lanchas é ótima. Não esquecendo da trilha sonora de Paul McCartney.


Roger George Moore foi um ator britânico, célebre por interpretar o agente secreto britânico James Bond por sete vezes no cinema. Foi, desde 1991 até à sua morte em 23 de maio de 2017, embaixador do UNICEF, e por suas ações humanitárias, foi condecorado, em 1999, como Cavaleiro do Império Britânico.


Nas Telas 2

No seriado humorístico, de nome Táxi, dos anos 70, que há até dois anos atrás ainda passava  num canal de TV a cabo, estrelado por Danny Devito, que era o chefe dos motoristas , podemos ver vários exemplares do modelo. Mas nas telas dos cinemas,  ele ficou ainda mais famoso e eternizado no longa metragem Táxi Driver estrelado por Robert De Niro e Jodie Foster sobre a direção de Martin Scorsese. O filme fez muito sucesso em 1976 na estreia e depois também.


Em Escala

A miniatura do filme. Na escala 1/43 é muito bem feita, vem numa caixa plástica rígida e com o cenário em papelão.


Texto e montagem Francis Castaings. Fotos de divulgação.                                                                                     

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