Ferrari 250 GT SWB: Chassi Curto para Grandes Provas

Ferrari 250 GT SWB: Chassi Curto para Grandes Provas

A família 250 da Ferrari nas décadas de 50 e 60 era grande. Algumas destinadas a corridas e outras para desfilar nas ruas. As de competição eram as 250 TR, 250 GT TDF, 250 GT Berlinetta, 250GT Europa, 250 GT Breadvan , 250 LM e a famosa 250 GTO. Abaixo uma 250 GT Lusso.

E foi com o modelo de entre-eixos curto derivado do 250 Lusso que ganhou várias provas na Europa. Fez grande carreira. Era chamada e conhecida como Passo Corto em italiano ou SWB (Short Wheel Base) em inglês. Sua carroceria era em alumínio. Seu desenvolvimento se deu pelas mãos de Giotto Bizzarrini, Carlo Chiti e do então jovem  Mauro Forghieri que chegou a ser chefe e equipe no Mundial de Marcas.

Abaixo o ator americano Steve McQueen num  Ferrari 250 GT Lusso 1963 de sua propriedade. A versão Lusso usava pneus 185VR15 Pirelli Cinturato. Steve gostava da marca e possuiu também um Ferrari 275 GTB.

Seu motor dianteiro, longitudinal, arrefecido a água, tinha doze cilindros em “V” a 60 graus. Bloco e cabeçote em alumínio sendo que o comando de válvulas ficava neste. Era um motor concebido pelo engenheiro Gioacchino Colombo que construiu vários motores muito potentes para a casa de Maranello. Muito moderno para a época que fez carreira até nos anos 60 e 70 sempre sendo aperfeiçoado. Tinha 2.953 cm³ e potência de 220 a 240 cavalos para a versão de rua e 260 a 275 cavalos a 7.000 rpm para a versão de corrida. Era alimentado por três carburadores da marca Weber com modelos/tipos diferentes para a versão civil e para a versão de pista. Tinha caixa de quatro marchas com diferencial autoblocante. Sua tração era traseira.

Sua suspensão dianteira era independente, com triângulos superpostos, molas helicoidais e amortecedores telescópicos. Atrás tinha eixo rígido com molas semi-elípticas e amortecedores hidráulicos da marca Houdialle. Tinha freios a disco nas quatro rodas e servo-freio da marca Bendix. Sua direção  não tinha assistência. Usava rodas nas medidas 185 x 400.

Uma versão chamada de Interim foi apresentada, sete exemplares em 1959. Já mostrava as linhas da futura 250 SWB. E ganhou o 1959 Tour de France neste ano também.

Suas medidas eram 4,40 metros de comprimento, largura de 1,69, altura de 1, 26 metros e entre-eixos 2, 60 metros. Seu peso era de 1.090 quilos para a versão de competição e 1.200 quilos para a versão de estrada. Sua carroceria era monobloco e apoiada em chassis de tubos de aço. Sua carroceria tinha desenho de Pininfarina e fabricada pela Scaglietti 

Sua aceleração de 0 a 100 km/h era feita em 5,4 segundos, vencia 1/4 milha (402 metros) em 13, 6 segundos e sua velocidade máxima conforme acerto de relações de transmissão ficava entre 230 e 270 km/h. O tanque de combustível tinha capacidade para 120 litros para a versão de corrida e 90 litros para a versão de estrada.

A versão Short Wheel Base contou com 167 exemplares com 280 cavalos e 270km/h de velocidade final. É hoje um Ferrari muito raro. E graças a seus sucessos impressionantes em pistas a 250 GT é uma da Ferraris mais desejadas e uma SWB se negocia entre Quatro e Seis Milhões de Euros.

Foi produzida entre 1959 e 1962 em diversas versões. Cerca de 200 exemplares foram produzidos sendo que 120 eram de competição. Um de seus rivais era o Mercedes-Benz 300 SL

Abaixo em Le Mans numa corrida de clássicos. O modelo SWB Berlinetta ganhou pela Ferrari a classe GT em 1961 o campeonato de Mundial de Construtores . E em 1960, 1961 e 1962 a corrida Tour de France que percorria 2.100 quilômetros em estradas e pistas, circuitos de corrida em uma semana.

Só vitórias para estes esportivo. Vitórias também na Copa Copa Intereuropa, na Inglaterra no Tourist Trophy; várias vitórias de classe nas 24 Horas de Le Mans, nos 1.000 Quilômetros de Monthlery na França e na Targa Florio na Sicília. Eram pilotos profissionais e também contou com a participação de amadores nas provas.

Três belas Ferrari 250 GT Berlinetta nos boxes. Participam sempre em corridas de Veículos Históricos de Competição (VHC)

Correm na VHC (Veículos Históricos de Competição). Nesta categoria são carros raros, de pequena produção, mas originais! Também chamada de The Greatest’s Trophy, carros do Mundial de Marcas dos anos 50 e 60. Sempre há bólidos como: Alfa Romeo TZ (1963), Aston Martin DB2 Vantage (1952), Bizzarrini 5300 GT (1965), Ferrari 250 Belinetta (1960), 250 GT Breadvan (1961), 250 LM (1964), Maserati 300 S (1957), Porsche 718 RSK (1960) e 904 GTS (1964)…


Texto, fotos e Montagem Francis Castaings.                                                                              

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