Ferrari 512 Testarossa: Mais uma obra de arte produzida em Maranello

Ferrari 512 Testarossa: Mais uma obra de arte produzida em Maranello

O Ferrari 512 Testarossa foi produzida entre 1984 e 1996. Um super carro com motor 12 cilindros opostos e 5,0 litros (512). Com desenho da casa de Pininfarina, teve duas versões após 1996 que também eram muito interessantes. Seu nome vinha de cabeçote vermelho baseado num carro de corridas da década de 50. Abaixo o modelo Ferrari 250 Testa Rossa 58 (chassis #0728) vitoriosa em Le Mans em 1958 nas mãos do belga Olivier Gendebien e do americano Phil Hill.

Muito bonito, o Testarossa sucedeu o modelo o Berlinetta Boxer (BB) abaixo, que havia sido lançado em em 1973 e teve sua produção encerrada em 1984.

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O novo carro era mais veloz, mais aerodinâmico e fez grande sucesso. Uma de suas características muito interessantes eram as grandes entradas de ar nas laterais, em posição vertical onde ficavam os radiadores e grandes retrovisores na coluna A. Sua grade dianteira era falsa.

Este nome era em homenagem ao Ferrari 250 TR que foi fabricado entre 1956 a 1961, para competições e que tinha a tampa do cabeçote na cor vermelha (Testa Rossa). Na versão abaixo nota-se novo posicionamento dos retrovisores externos mais baixos. A estética melhorava assim como a segurança do piloto/motorista. A cor preferida era o vermelho Ferrari, mas viam também na cor branca, prata, amarelo… Seu desenho era obra de Leonardo Fioravanti da casa Pininfarina.

O modelo de 1988 tinha 4.9 litros (4.942 cm³) de cilindradas, 12 cilindros opostos, arrefecido a água, 48 Válvulas DOHC (Double Overhead Camshaft) , ou seja, duplo Comando de Válvulas no Cabeçote), taxa de compressão de 9,2:1 e potência de 390 cavalos a 6.300 rpm. Era alimentado por uma injeção mecânica multiponto marca Marelli e depois passou para a Bosh K-Jetronic. Tinha tração traseira, cambio de cinco marchas com embreagem com dois discos e diferencial autoblocante. Usava pneus 225/50 VR na frente e 255/50 VR (Marca Michelin TRX) na traseira em belas rodas de liga. Media 4,48 metros de comprimento, 1,97 de largura e 1,13 de altura. Seu peso era de 1.506 quilos. Fazia de o a 100 km/h em 5,2 segundos, atingia os 1.000 metros em 24,8 segundos e velocidade final de 290 km/h. Entre 1984 e 1992 já contava com freios ABS e discos ventilados na dianteira e traseira. Abaixo visto de traseira cujo desenho era simples e muito bonito. E quatro canos de descarga com um som maravilhoso do V12. Apesar de toda potência era um carro agradável de dirigir mesmo em baixas velocidades. Em altas sua digirigibilidade era muito apreciada. Seu consumo médio era de 20 a 25 litros a cada 100 quilômetros. Em seu tanque cabiam 115 litros de gasolina de ótima qualidade que era necessário. O motor era oriundo da Fórmula Um e o engenheiro Nicola Materazzi desenvolveu os cabeçotes com quatro válvulas por cilindro e tampas vermelhas que justificavam o nome Testarossa (cabeça vermelha). Nas laterais e na traseira o dístico Testarossa para identificação do super esportivo.

Luxo por dentro também. O lugar para as malas de alta qualidade assim como o couro dos bancos,, painel e revestimento das portas. E carpete era de veludo. Seu porta-bagagens dianteiro era mínimo. Só pequenos objetos. Era oferecido aos clientes um jogo de seis malas da marca famosa e luxuosa Schedoni, dimensionadas para caber no compartimento dianteiro e no espaço atrás dos bancos. Bateria e pneu estepe ficavam na dianteira.

Seu interior era muito luxuoso e feito com esmero. O volante de três raios, marca Momo, tinha ótimo tamanho e boa pega. A alavanca de marchas (Cinco) era bem posicionada. Ao centro de seu painel, velocímetro graduado a 320 km/h, ao centro marcador de temperatura e nível do tanque de combustível. Nos dois maiores mostrador havia várias luzes de advertência. No console ainda havia amperímetro e marcador de pressão do óleo. E também vários botões para controles diversos.

Sua carroceria monobloco era em alumínio, portas e teto em aço e tinha chassi tubular. Sua suspensão dianteira era independente, com triângulos sobrepostos. Atrás quatro triângulos sobrepostos. Na frente e atrás contava com amortecedores telescópicos, molas helicoidais e barras estabilizadoras. Sua direção não tinha assistência.

Em 1991 chegava a versão 512 TR (abaixo) e em 1994 a 512 M. Ambas tinham a mesma cilindrada e a versão TR tinha 422 cavalos a 6.750 rpm. A versão M (Modificata) era um pouco mais potente com 434 cavalos a 6.750 rpm. Apenas que teve apenas 501 unidades produzidas entre 1994 e 1996.Por fora sua grade era diferente assim como as luzes de sinalização. A 512 M não tinha faróis escamoteáveis. Era mais potente e veloz e potente: Fazia de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos, 10,2 até 100 milhas por hora (161 km/h) e os primeiros 1.000 metros eram vencidos em 22,7 segundos. Sua velocidade fina era de 315 km/h! Por dentro pouca coisa mudava, mas era bem vindo o ar condicionado.

Até 1996 foram produzidas cerca de 7.177 modelos. E era mais agressiva com os “olhos abertos”.


Texto, Fotos e montagem Francis Castaings. Demais fotos sem logo Retroauto: Club Alfa Romeo Argentina, Organizações Peter Auto publicadas neste site e fotos de divulgação

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