Fiat Panda: Robustez e Versatilidade
Tinha motor com dois cilindros em linha longitudinal ou quatro em linha transversal. A versão 4 X 4 enfrentava facilmente os grandes!
Um carro com dimensões reduzidas, compacto e funcional. Assim nasceu o Fiat Panda lançado no salão de Genebra, na Suíça em março de 1980. Havia um razoável conforto interno , era muito econômico e de manutenção reduzida. Estas características definem bem a proposta do Fiat Panda. Nesta década a família era composta do 127 (nosso 147), do sedã Fiat 128, do esportivo Fiat X1/9, do Ritmo lançado em 1978, do médio 131 e do utilitário Campagnolo um tanto antiquado
Estava nos objetivos da fábrica de Turin um carro pequeno, robusto e econômico daria origem a um novo projeto coordenado pelo presidente da Fiat, que convocou para o projeto o famoso projetista Giorgetto Giugiaro, da empresa de designer Italdesign,
O Fiat Panda com carroceria monobloco tinha 3,38 metros de comprimento, 1,46 de largura, 2,16 de entre-eixos, 1,44 de altura e pesava apenas 650 quilos. A versão Panda 30 tinha motor com dois cilindros em linha, arrefecido a ar, 652 cm³ e 30 cavalos a 5.500 rpm. Sua caixa de marchas tinha quatro velocidades e sua tração era dianteira. Sua velocidade final era de 115 km/h. Outra opção era o o modelo 45 com 903 cm³, 45 cavalos a 5.600 rpm e velocidade máxima de 140 km/h. Ambos tinham freios a disco na dianteira e tambor na traseira. A suspensão era independente nas quatro rodas, na frente com molas helicoidais e amortecedores telescópicos. Seu sistema era o afamado Mcpherson. Atrás molas semi-elípticas com três lâminas, amortecedores telescópicos e eixo rígido.Usava pneus 135 SR 13. Podia fazer até 16 km/l e seu tanque tinha capacidade de 40 litros
Por dentro era muito simples e adotava bancos com revestimento simples, mas muito práticos. Não era uma solução nova, mas bastante eficaz!
Em 1981 podia receber teto solar e motor quatro cilindros transversal de sua subsidiária SEAT espanhola.Abaixo o painel simples, com com o necessário
Em 1983 a Fiat lançava o sucesso Fiat Uno. E chegava ao mercado a esperada versão 4×4 do Panda. Com 740 kg, o carrinho recebia reforços estruturais, nova frente (Tinha a mesma identidade visual do Uno, do modelo médio Regata e grande sedã Croma)
E um sistema de tração desenvolvido pela empresa austríaca Steyr-Puch situada em Graz associado ao motor de quatro cilindros em linha, em posição transversal, cabeçote em alumínio, e a primeira opção de motor tinha 999 cm³ ( o mesmo do Autobianchi A122) de 48 cavalos com câmbio cinco marchas. Este motor se tornou muito conhecido aqui também. Era o Fire (Fully Integrated Robotized Engine)
A versão 4×4 logo se tornou um grande sucesso e a mais vendida na carreira do Panda . Na versão com 1.108 cm³ tinha potência de 50 cavalos a 5.500 rpm, era alimentado por um carburador de corpo duplo da marca Weber . Sua velocidade máxima era de 130 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 17,5 segundos. Tinha transmissão integral (acionado por uma pequena alavanca no console) era acoplada por um eixo de transmissão para acionar as rodas de trás. E não era aconselhável passar do 60 km/h. Também no painel um “inclinômetro” para ajudar os mais aventureiros. Podia ser ver o desenho do carro de frente e de lado.
E não se intimidava frente a concorrentes maiores que não eram poucos. Era bom de barro e neve! Tinha para-choques assim como a parte debaixo mais reforçada, rodas em aço estampado mais robustas e pneus especiais 135 SR 13+S. Também 145 SR 13 ou 155/65 SR 13. O aventureiro era produzido na Sicília. E era o 4×4 mais barato do mercado. O snorkel do modelo abaixo era um acessório muito útil para os mais audaciosos
Entrava a década de 90 com três versões. A 750 C/Cl, a 1000 CL/Super e a 4×4 com poucas modificações estéticas. E o Panda já era vendido com sucesso em toda a Europa. Tinha inclusive uma versão elétrica. Ganhou também os motores de 900 cm³ e 39 cavalos e a 1.100 cm³ com 51 cavalos com tração dianteira ou 4×4.
O Panda Elettra tinha apenas dois lugares. Foi lançado em 1990 e tinha baterias que ficavam no lugar dos assentos traseiros. Na frente motor DC de 19 cavalos (14 kW) impulsionado por embreagem e caixa de câmbio normais. O peso do carro era de 1.150 quilos. Por isso necessitava de suspensão mais rígida e freios aprimorados. Novas versões em 1992 aumentaram a potência para 23,8 cavalos e o peso foi reduzido, embora o Elettra permanecesse mais pesado do que o padrão Panda. Seu preço era exorbitante na Itália, três vezes o preço do Panda 750 Young e fizeram com que fosse um fracasso comercial. O Elettra foi descontinuado em 1998.
Também adotou uma versão diesel que também tinha quatro cilindros em linha, 1.307 cm³ e 37 cavalos a 4.000 rpm.seu peso era de 820 quilos e sua velocidade final de 130 km/h.
Em 1999 havia a versão Panda Young mais simples, sem grandes mudanças estéticas ou mecânicas e a Trekking 4×4 com 1.108 cm³ e 54 cavalos.
Em 2003 esta carroceria era descontinuada e foi um verdadeiro sucesso com cerca de 4,5 milhões de unidades vendidas. Em 2003 entrava em cena uma versão bem mais moderna que foi até 2012. A terceira geração começou em 2013 e é muito parecido com nosso UNO atual . Ao todo incluída todas gerações foram mais de 7,5 milhões de unidades. É um grande sucesso da casa italiana até hoje.
Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Fotos de divulgação e já publicadas no site
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