Lancia Fulvia Coupe GT: Lançado em 1965: Há 60 anos
Em março de 1965 chegava a estrela da linha Fulvia era lançado no Salão de Paris. Um cupê com linhas muito harmônicas. O Lancia Fulvia cupê era uma versão mais jovial, mesmo assim com ótimas prestações. Tinha o mesmo V4 com 1.216 cm³, 80 cavalos à 6.000 rpm, alimentado por um carburador de corpo duplo da marca Weber. Velocidade máxima de 160 km/h.

Em 1966 era comercializado o modelo HF (High Fidelity) Squadra Corse que tinha 8 cavalos a mais, porém tinha partes da carroceria em alumínio e vidros em plexiglass (acrílico).

Em 1968 o Fulvia Rallye 1.6 HF (acima) era o carro a ser enfrentado nos ralis da Europa. O primeiro Fulvia esportivo foi o 1200 HF, preparado para as competições, foi lançado em 1966. A sigla HF Squadra Corse era da equipe de competição da Lancia há três anos antes.

A potência era de 88 cavalos, 1.216 cm³ e suas portas e capôs eram em alumínio, janelas laterais em plástico e era desprovido de para-choques. Aliviava o peso e também ficava mais agressivo.

Com mais preparação passou a ter 108 cavalos 7.000 rpm. Em 1967 o V4 com bloco e cabeçote em alumínio estava com 1.584 cm³ tinha 114 cavalos a 6.000 rpm e pesava apenas 825 para a versão de pista e 970 quilos para as ruas. Ganhava grandes faróis que os italianos chamaram de “Fanalone” da marca Carello. Sua velocidade máxima era de 182 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 10 segundos

Não demorou para receber uma versão com Rallye com 1.298 cm³ sendo chamada de 1,3 S. Este media 3.,93 metros de comprimento, 1,57 de largura e 1,33 metros de altura. Pesava 900 quilos. Tinha rodas de liga leve nas medidas 175 SR 14.A suspensão dianteira era independente com triângulos superpostos, amortecedores telescópicos e barra estabilizadora. Atrás eixo rígido tubular, feixes de molas, amortecedores telescópicos, barra Panhard e barra estabilizadora. A direção era por pinhão e cremalheira e não tinha assistência. Seu tanque era de apenas 38 litros.

Em 1967 havia vencido a Volta da Córsega nas mãos do italiano competente Sandro Munari.
Em 1968 continuava o sucesso em vendas e nas pistas de rali.

Em 1969 a Lancia era absorvida pela Fiat. No ano seguinte era encerrada a produção do 1600 HF após 1.278 unidades

Em 1971 a segunda geração do Fulvia Coupé estreou no Salão de Turim de 1970. O Série II perdia os faróis Carello e era chamada de Lusso (Luxo). Estava mais civilizada

Ganhava novo painel mais refinado

A Monte Carlo trazia pintura em vermelho com capô e porta-malas em preto, faróis de neblina, volante revestido em couro e câmbio de relações mais curtas.

Em dezembro de 1973 nascia o terceiro Fulvia, cujas versões básica, Monte Carlo e Safari somaram 28.700 unidades.

O Fulvia Zagato Sport

E o belo Fulvia Zagato Sport que tinha a mesma mecânica do Fulvia Cupê

O famoso estúdio Zagato construiu versões especiais do Fulvia, o modelo Sport Zagato, vendidas para uso urbano e também utilizadas com sucesso nas pistas, tanto de asfalto quanto dos ralis.

O desenho era de Ercole Espada e Elio Zagato. Foi lançado no Salão de Genebra de 1963 na Suíça.

O Fulvia Zagato também brilhou em circuitos de asfalto, na versão com carroceria Zagato, que obteve sucesso em Daytona, décimo primeiro na classificação geral, em 1968 e 1969 e Sebring (1969), nos Estados Unidos. E competiu com carros muito mais potentes como o Ferrari GTB/4, Chevrolet Camaro, Corvette, etc.

A versão mais potente do carro, porém, foi um protótipo que correu na famosa Targa Florio de 1969, vencendo em sua categoria: 158 cavalos a 7.200 rpm com um torque de 16 m.kgf a 5.000 rpm e velocidade máxima de 190 km/h.

O Fulvia cupê venceu o campeonato mundial de rali em 1972 inclusive a primeira prova que foi em Monte Carlo. A carreira deste já estava no fim e ameaçada por concorrentes fortes como o Porsche 911 e o Alpine A110
Em 1973 era lançada a série III com novos bancos, novo volante e novo painel. Um ano depois era lançado o modelo Safari sem os para-choques , exclusivamente na cor amarela e com rodas cm aço estampado na cor preta. Fora vendidas 900 exemplares.
A família Fulvia se despediu em 1976. No lugar do sedã foi lançado o modelo 2000 e para substituir o modelo Fulvia cupê entrava em linha o Stratos.

“O que é escrito sem esforço é lido sem prazer”

Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Representante/embaixador no Brasil do Club Vincennes en Anciennes
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