Lendas de Le Mans: Ferrari 250 LM
Com um belo desenho de Pininfarina, este modelo com motor V12 foi o responsável pela nona vitória da marca na prova de 24 horas. Desde 1960, a Ferrari havia vencido todas! Foi em 1965 nas mãos do americano Masten Gregory e do austríaco Jochen Rindt.
Ficou ainda com o segundo e sexto lugares. O ganhador era da equipe privada North American Racing Team (NART). A sigla LM era de Le Mans. O modelo era uma evolução do 250/275/330 P Spider que correu em 1963 e 1964.
Sua carroceria era muito aerodinâmica, foi produzido entre 1964 e 1966, apenas 32 exemplares , era construída por Scaglietti e tinha peso de 850 quilos.
Seu entre eixos era de 2,40 metros, 4,09 metros de comprimento, largura de 1,7 metros e altura de 1,11. Foi apresentado no Salão de Paris, França, em 1963. Seu motor em posição central traseira, tinha 12 cilindros em “V” a 60 graus, 3.286 cm³, um comando de válvulas para cada cabeçote e dois distribuidores. Era alimentado por seis carburadores da marca Weber, taxa de compressão de 9,8:1 e potência de 320 cavalos a 7.500 rpm. E a beleza das doze cornetas de aspiração.
Os mecânicos tinham fácil e confortável acesso para trabalhar na mecânica. A abertura da tampa traseira era de 90 graus. O pneu estepe era obrigatório, ficava sobre a bateria, assim como o banco ao lado do piloto.
Nas laterais acima tinha dois tanques de 65 litros cada, bom para equilibrar o peso e dar conta de longas provas. As provas mais importantes e longas eram as 12 Horas de Sebring nos Estados Unidos, 2000 Quilômetros de Daytona, também na América, 1000 Quilômetros de Monza, na Itália, 1000 Quilômetros Nürburgring na Alemanha, 24 Horas de Le Mans, 12 Horas de Reims, também na França… ao todo 20 provas na categoria GT (até 1.300 cm³, 2.000 e mais de 2.000 cm³) e Categoria P – Troféu Internacional de Protótipos.
Sua velocidade máxima era de 295 km/h (dependendo das relações de marcha), fazia de 0 a 100 km/h em seis segundos e de 0 a 160 km/h em doze segundos. Sua caixa de marchas tinha cinco velocidades e era ligada diretamente ao diferencial. No painel do 250 LM havia ao centro conta-giros graduado a 10.000 rpm e ladeando este marcador de temperatura da água e temperatura do óleo.
Foi homologada para correr na categoria de esporte protótipos, mas o comendador Enzo Ferrari queria que fosse na categoria GT. A versão Stradale, para as ruas, só um exemplar, foi construído na Pininfarina e os outros pelo encarroçadora Scaglietti. Era na cor branca e tinha listras azuis no centro cobrindo capô, capota e tampa do motor. A versão Stradale possuía bancos em couro vermelho, carpetes idem, painel civilizado com mais instrumentos, vidros com acionamento elétrico, a porta encobria parte da capota para melhorar o acesso interno e por fora um grande vidro traseiro que melhorava muito a visibilidade.
Sua grade dianteira era cromada e tinha, também cromado, um belo “Cavalino Rampante” . Suas rodas raiadas cromadas tinham com cubo rápido também. Também protetores de borracha contra impactos no lugar onde ficava a entrada de ar ao lado da grande principal do LM de corridas. ladeando a grade dianteira. Este modelo ganhou vários prêmios de concurso de elegância na Europa e nos Estados Unidos.
Sua suspensão dianteira era independente, com triângulos duplos superpostos, amortecedores telescópicos e molas helicoidais. Atrás seguia o mesmo esquema da dianteira. Tinha freios a disco nas quatro rodas da marca Dunlop com assistência e rodas da marca Borrani com cubo rápido central. Os pneus, também da marca Dunlop, tinha medidas 5.50×15 na dianteira e 7.00×15 na traseira.
O protótipo correu nas pistas até 1968. Seu chassi tubular era em aço reforçado e a carroceria em alumínio. Atrás quatro belos canos de descarga para ouvir o belo som do motor V12 Ferrari.
Mauro Forghieri era o chefe do departamento técnico da Ferrari desde 1961 e permaneceu no cargo durante 20 anos obtendo vários sucessos tanto no mundial de Construtores/marcas, Endurance, Fórmula Um durante as décadas de 60,70 e 80. Em 1987 ele saiu da Ferrari deixando grande legado. Depois de Enzo Ferrari era o homem mais importante da empresa de Maranello, na região da Emilia-Romagna, na Itália. Ele foi o responsável pelo projeto do 250 LM.
Visto de qualquer ângulo era um carro muito bonito. Em 1965 conquistou vitórias em Spa-Francorchamps na Bélgica, Mugello, na Itália, em Le Mans e também em Enna-Pergusa, ao sul de Palermo na Sicília nas mãos de Mike Parkes, John Surtees e Ludovico Scarfiotti. A Ferrari foi campeã em 1965 do mundial. E ganhou o título de construtores em 1953, 1954, 1956, 1957, 1958, 1960, 1961, 1962, 1963, 1965, 1967 e 1972. A Ferrari fez 74 anos em 2021. Bela marca!
Ainda tem vários na ativa correndo em provas de Veículos Históricos de competição. Corre na categoria Nastro Rosso. Abaixo um modelo 1964 que ganhou o primeiro prêmio no Concurso de Elegância em Chantilly, França, em 2018 na categoria As Ferrari das 24 Horas de Le Mans: Protótipos e carros fechados.
O anterior
Esta Ferrari 275P chassi #0816 venceu as 24 Horas de Le Mans em 1964 e pertence à coleção Pierre Bardinon. O bólido está em ótimo estado! Ganhou com a dupla de pilotos Jean Guichet (França) e Nino Vaccarella (Itália). Percorreu em 24 horas 4.695 quilômetros e chegou à 196,638 Km/h. Preço estimado entre: 32.075 200 M€ / 24.693.782 M£ / 35.711 359 M$.
Texto e montagem Francis Castaings. Fotos das Organizações Peter Auto publicadas no site. Foto motor site Hemmings
© Copyright – Site https://site.retroauto.com.br – Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução de conteúdo do site sem autorização seja de fotos ou textos.