Lotus Seven: Leve, rápido e eficaz
O Lotus Seven é carro esportivo, simples e leve, de dois lugares produzido pelo fabricante Inglês Lotus Cars entre 1957 e 1972.
Ele foi projetado pelo fundador da Lotus, Colin Chapman, e é considerado a personificação da filosofia de desempenho da Lotus por meio de baixo peso, bom motor e simplicidade. O modelo original foi muito bem sucedido com mais de 2.500 carros vendidos, devido à sua atração como um carro de estrada divertido que poderia ser usado para corridas
Depois que a Lotus terminou a produção do Seven, a Caterham comprou os direitos e hoje a Caterham fabrica os kits e os carros totalmente montados baseados no design original conhecido como Caterham 7. Abaixo o Mark VI.
Era um Kit Car, ou seja, um carro para se montar em casa, com chassi tubular, poucas peças de carroceria, motor, chassi e suspensão simples. Mas andava bem e já mostrava bons dotes. O sucesso veio rápido e isso fez com que a empresa se consolidasse e em 1952 era fundada por Colin Chapman e Hazel Willians (esposa) a Lotus Enginering Co. Colin já era casado e resolvera não mais trabalhar na British Aluminium para se dedicar em tempo integral a sua empresa. A esposa ia se dedicar à administração e ele junto com Mike Costin, engenheiro aeronáutico que se tornaria muito famoso mais tarde junto com Keith Duckworth iriam fabricar esportivos velozes e produziram cerca de 110 unidades até 1955. A carroceria era de alumínio e o motor Ford tinha inicialmente 1.172 cm³ e depois passou a 1.498. Tinha radiador de óleo de série, cintos de segurança mais adequados e pintura metálica
O Lotus Seven foi lançado em 1957 para substituir o Mark VI como o modelo ‘básico’ da Lotus. O nome The Seven foi o que sobrou de um modelo que foi abandonado pela Lotus, que teria sido um monoposto com motor Riley que o Lotus pretendia entrar na Fórmula 2 em 1952 .
Externamente era semelhante ao Lotus Mark VI, mas com uma estrutura tubular diferente semelhante ao Lotus Eleven, o Seven S1 (geração de 1957 a 1960) era movido por um motor Ford de válvulas laterais com 1.172 cm³ e quatro cilindros em linha, dianteiro em posição longitudinal com 40 cavalos de potência . Foi usado tanto na estrada como em corridas de clubes (O Motor Club no Reino Unido). Também era oferecido um motor BMC com 948 cm³ 43 cavalos e um Climax com 1.098 cm³ e 75 cavalos. Podia-se optar por caixa com três ou quatro velocidades. Seus quatro freios era a tambor e a velocidade máxima final ficava entre 130 a 165 km/h conforme a motorização. Seu peso era de 450 quilos
O Lotus Seven S2 foi apresentado em 1960 e foi até 1968. O Seven S2 inicialmente utilizou o motor mais potente Cosworth modificado. Era um Ford que equipava modelos da linha de produção com 1.340 cm³. Exemplares posteriores foram equipados com motores de 1.498 cm³. O Super Seven 1.498 cm³ de 1967 tinha quatro cilindros em linha, longitudinal, motor e cabeçote em ferro fundido, 1.498 cm³ e 96 cavalos a 6.000 rpm. Tinha um carburador Weber de corpo duplo e válvulas no cabeçote. Tinha uma caixa de quatro marchas e sua tração era traseira. Seu chassi era tubular e sua suspensão dianteira tinha braços triangulares transversais, molas helicoidais e amortecedores telescópicos. Atrás tinha eixo rígido, molas helicoidais e amortecedores telescópicos. Seus freios eram a disco na dianteira e atrás tambores.Suas medidas eram: 3,28 metros de comprimento, 1,55 de largura, 0,94 de altura e 2,61 de entre-eixos. Tinha direção por pinhão e cremalheira e seus pneus eram na medida 5,20 x 13.O tanque de gasolina tinha capacidade para 36 litros. Sua velocidade máxima era de 168 km/h. Ótima para um carro de 470 quilos! .
A série 3 foi apresentada em 1968 e foram até 1970. Tinha quatro opções de motores e a mais interessante era a Lotus Twin Cam (Duplo comando de válvulas) , 1.599 cm³ com potência que variavam de 115 a 125 cavalos. Já era disponível desde a Série dois freios a disco traseiros. Sua carroceria tinha partes em alumínio, mas os para-lamas e o nariz eram em plástico reforçado em fibra de vidro. Suas rodas eram na medida 165 x 13 ou como opção 185/10 x 13. Fazia de 0 a 100 km/h em 8,8 segundos e sua máxima era de 175 km/h na versão mais afinada.
Como nos outros modelos não tinha portas. No caso do modelo acima tinha esta opção interessante, mas o conforto, ou a falta dele, eram limitados. Pessoas com altura de até 1,80 precisavam de fazer certo contorcionismo. A capota de lona, opcional, era muito útil com o inverno europeu e o clima inglês.
Seu painel desde as primeiras versões era muito completo, mas com acabamento simples, assim como todo seu interior
Em 1970, a Lotus mudou radicalmente a forma do carro, Era a Série 4 (S4), com uma carroceria de plástico reforçado com fibra de vidro substituindo a maior parte da carroceria de alumínio. Suas linhas estavam mais retas e mais moderna.
Também tinha o mesmo motor Lotus Twin Cam (Duplo comando de válvulas), 1.599 cm³ com potência que variavam de 115 a 125 cavalos. Os arcos de proteção, o aquecedor interno, as rodas em liga leve e o teto Hard Top eram opcionais interessantes. Sua carroceria era soldada ao novo chassi. A suspensão não ficava mais a vista e tinham vários componentes do Lotus Europa
A Caterham continuou sua produção com vários modelo em opção. Entrou o século XXI com muito charme, potência e elegância.
Nota: Todos os modelo apresentados aqui pertencem a Série 3 e eram de fabricação argentina
Os clubes ingleses sempre presentes nos bons eventos
Os 60 anos dos Lotus Seven em 2017
O Lotus Seven é mais uma obra de Anthony Colin Bruce Chapman, grande nome do automobilismo mundial que teve grandes criações em várias categorias esportivas das pistas. Seus carros de rua também fizeram muito sucesso e fazem até hoje em corridas de Veículos Clássicos de Competição. Na Argentina empresários obtiveram licença para fabricá-lo desde 1971 com motor Fiat 1500 de 80 cavalos e ótimas prestações. O próprio Colin Chapman visitou a fábrica e gostou muito do que viu. A empresa se chamava Lotus Argentina S.A e infelizmente encerrou suas atividades por problemas entre sócios. Abaixo um modelo premiado!
Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Fotos de publicação do site
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