Mercedes-Benz Classe W124: O começo da classe E
Com motores com quatro, cinco, seis ou oito cilindros e carrocerias cupê, quatro portas, perua (Touring, abaixo) e um conversível, a gama W124 foi fabricada entre 1984 e 1995.Sucedeu a classe W123 e primeiramente foi chamada de classe média (nada haver com classe social) e sim com o tamanho intermediário do carro. Foi apresentada em Sevilha na Espanha sobre o título o progresso faz a diferença. A grade inclinada para a frente já apresentava uma tendência da casa Daimler-Benz em modelos de vários segmentos.
Em 1985 começou a comercialização do modelo sedã 200 E com motor quatro cilindros, arrefecido a água, dianteiro em posição longitudinal. Tinha 1.997 cm³ e potência de 112 cavalos a 5.100 rpm. Tinha um comando de válvulas no cabeçote, alimentação por uma injeção mecânica com regulagem eletrônica multiponto marca Bosch KE-Jetrocinic. Sua tração era traseira com cambio no assoalho com cinco marchas. também tinha caixa automática de quatro velocidades. Tinha diferencial autoblocante com controle eletrônico. Usava pneus 195/65 R15. Sua carroceria era monobloco e tinha 4,74 metros de comprimento, 1,74 de largura, 1,41 de altura e pesava 1.320 quilos no caso do sedã e 1.440 quilos na perua. Nas versões mais luxuosas, abaixo da metade da lateral da porta, havia, uma decoração mais escura da mesma cor do resto da carroceria.
Abaixo uma versão apimentada AMG. Mercedes-Benz 300 E Touring classe W124. Quem teve uma quase idêntica foi Ayrton Senna. A sigla vem do sobrenome dos sócios da empresa Hans Werner Aufrecht, Erhard Melcher e da cidade natal de Melcher, Grosspach. Nos modelos AMG tanto cupê, quanto quatro portas ou perua tinham spoiler dianteiro integrado ao para-choque assim como faróis auxiliares.
A velocidade máxima do sedã 200 E com cambio mecânico era de 196 km/h, ( 182 km/h versão Touring) e aceleração de de 0 a 100 km/h em 11,4 segundos para o sedã. Detalhe na perua que tinha fechamento automático da tampa traseira.
Acima deste havia o 230 com 2.299 cm³ e 132 cavalos a 5.100 rpm. Seu torque máximo era de 20,9 m.kg a 3.500 rpm e era alimentado por injeção eletrônica mecânica Bosch K-Jetronic. Nesta recebia pneus na medida 195/65R 15 e sua velocidade máxima era de 195 km/h. Também tinha como opção caixa automática com as opções P (Parking) na parte superior e R (Ré) ,N (Neutro) ,D (Drive) e S (Sport) e L (Low) . Seus freios eram a disco nas quatro rodas! O belo cupê e o conversível com quatro lugares (capota com acionamento elétrico) podiam receber as mesmas motorizações, mas eram mais interessantes com as mais potentes. Todos os modelos com motores mais potentes recebiam rodas de liga leve.
Para os m mais abastados e menos discretos havia a opção limousine 260 E (seis portas) com motor de seis cilindros em linha , 2.599 cm³ e 160 cavalos a 5.800 rpm. O virabrequim tinha sete mancais e tinha a mesma injeção Bosch. Media 5,44 metros, 3,6 metros de entre-eixos) e seu peso era de 1.655 quilos. Tinha três portas laterais e não era nem um pouco discretas. Abaixo o belo cupê que foi lançado no no Salão de Genebra na Suíça em 1987.
A mais possante era a verão 280 E com injeção eletrônica mecânica Bosch K-Jetronic. Era um pouco mais potente que a versão 280. Tinha a mesma cilindrada de 2.799 cm³, seis cilindros e potência de 193 cavalos a 5.500 rpm. Com duplo comando de válvulas tinha torque de 27,0 mkgf a 4.400 rpm. Fazia de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos e velocidade final era de 230 km/h. Seu peso era de 1.500 quilos.
Ainda havia a opção do motor E 300 4 Matic com performance um pouco inferior por causa do cambio automático, mas mesmo assim era satisfatória. Sua final era de 217 km/h e fazia de 0 a 100 em 9,0 segundos.
Muito melhor era a E420 com seu motor com oito cilindros em “V” a 90º, duplo comando de válvulas com quatro válvulas por cilindro, torque de 279 cavalos a 5.700 rpm, caixa automática, quatro discos ventilados para frear a velocidade máxima de 250 km/h e 0 a 100 km/h em 7,4 segundos. Usava pneus 215/55 ZR16.
Para todos os carros o acesso ao motor era ótimo. A partir de 1987 recebiam, alguns modelos transmissão 4-Matic com tração integral e todos os motores tinha quarto válvulas por cilindro.
A versão 500 E fabricada entre 1990 e 1995, teve apoio da Porsche. Seu motor V8 com 4.973 cm³, duplo comando de válvulas no cabeçote, tinha 326 cavalos a 5.600 rpm, fazia de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos e sua velocidade final era de 250 km/h (limitado). Havia ainda, só para os alemães com 4,9 litros também e 279 cavalos. Usava também caixa automática e pneus 225/50 ZR 16 e todos os freios eram a disco ventilados. Um carro para executivos apressados! Abaixo um cupê 300 CE
Os motores Diesel (fase 1 et 2) eram: 200 D (1 997 cm³) 72 cavalos, quatro cilindros (1985-1989), 200 D (1 997 cm³) 75 cavalos (1989-1993),250 D (2 497 cm³) 90 cavalos, cinco cilindros (1985-1989), 250 D (2 497 cm³) 94 cavalos (1989-1993), 250 D Turbo (2 497 cm³) 126 cavalos (1988-1993). A partir de 1994 todos os 300 D todos tinham seis cilindros linha, 2.5 Turbo (2 497 cm³) 122 cavalos (1990-1993) (Estados Unidos e Canadá), 300 D (2 996 cm³) 109 cavalos (1985-1989), 300 D (2 996 cm³) 113 cavalos (1989-1993), 300 D Turbo (2 996 cm³) 143 cavalos (1986-1989), 300 D Turbo (2.996 cm³) 147 cavalos (1989-1993). Os da fase 3 eram diesel, E 200 Diesel (1 997 cm³) 75 cavalos (1993-1995), E 250 Diesel (2 497 cm³) 113 cavalos (1993-1995), E 250 Turbo diesel (2 497 cm³) 126 cavalos (1993-1995), E 300 Diesel (2 996 cm³) 136 cavalos (1993-1995) e E 300 Turbo diesel (2 996 cm³) 147 cavalos (1993-1995). A velocidade máxima deste último era de 202 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos. Honorável para um carro a diesel. O consumo dos mais mansos era de 18 km/l e dos mais fortes entre 8 e 10 km/l. Como sempre agradou aos taxistas do mundo inteiro e aqueles que queriam luxo e economia.
Todos os modelos recebiam duplo airbag dianteiro, ABS, retrovisores com comandos elétricos com comando central, aquecimento e ar condicionado atrás e na frente, rádio toca-fitas e apoio para cabeça com rebatimento. que chegaram em 1994. Detalhe: O limpador de para-brisa tinha um só braço, mas usava um sistema pantográfico que fazia a palheta descrever arco mais amplo, varrendo melhor as extremidades superiores do vidro do que um sistema convencional. Recursos convenientes, opcionais, eram o ajuste elétrico em distância do volante.
Por dentro era impecável no que se refere a acabamento. Muito couro e madeira de alta qualidade. No painel, ao centro velocímetro, com graduação a 250 km/h e logo após conta-giros a 7.000 rpm com zona vermelha começando a 6.200 rpm. Na esquerda voltímetro, marcador de temperatura e nível do tanque de combustível. Inserido no conta-giros um relógio de horas analógico.
Ao todo 2.724.381 vendidos nos quatro continentes. E trouxe muita satisfação para os clientes. Foi mais um vencedor da marca, reunindo muita segurança (atrás trazia um triângulos preso a parte interna do porta-malas (520 litros), pneu estepe e chave de rodas protegido por uma tampa , conforto, beleza e com ótimas opções de motores.
O Sucessor
Mercedes-Benz Classe E.W210. Abaixo é um da segunda geração fabricada entre 1996 e 2002. Grande sucesso mundial da fabrica que oferecia modelos com motores com seis cilindros em linha e vários V8. O modelo abaixo é um E420
Texto, Fotos e montagem Francis Castaings. Foto conversível Mercedes Magazine
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