Mercedes-Benz SEC: O Cupê Classe S sem Rugas
Com um belo desenho, acabamento interno e externo de muito bom gosto, além de força aliada a muito segurança, eram alguns dos atributos do modelo alemão SEC derivado da linha classe S lançada em setembro de 1979. Desde o modelo limousine 600 a casa Benz não tinha modelos de alto luxo na linha.
A série W116 que foi produzida entre 1972 e 1980 (acima) foi o começo de uma linhagem. O modelo com motor V8 e 6,9 litros era um canhão! Uma revista europeia famosa, publicou, em 1973 um teste em que um Mercedes 6,9 confrontava um Porsche 911 Carrera. Não eram da mesma categoria, mas tinha valor próximo e números de aceleração e velocidade final também! Vale lembrar que a Mercedes-Benz faz 120 anos em 2018. Em setembro de 1979 chegava a nova Classe S (abaixo) com o código de fábrica W126.
Era um sedã de quatro portas com 5,20 metros, na sua carroceria curta e 1,82 de largura e altura de 1,43 de altura.
Mas havia a necessidade de renovar, ter um cupê novo para substituir o longevo Mercedes-Benz SL da classe R107. Em 1981, no Salão de Frankfurt, Alemanha, foi lançado o cupê SEC com linhas muito elegantes e bonitas. E exclusivamente com motores com oito cilindros em “V”. A carroceria era obra de Bruno Sacco, chefe de designer da casa há mais de 20 anos. Ele foi um designer de automóveis italiano que atuou como chefe de estilo na gigante alemã de carros Daimler-Benz entre 1975 e 1999.
A sigla SEC significa (Cupê de classe superior com injeção de combustível/elektronische Einspritzung) . E tinha o código C126.
Usava os mesmos para-lamas do sedã. No resto tinha um desenho muito distinto principalmente a grade dianteira horizontal como nos modelo esportivos da linha SL R 107.
Media 4,95 metros, 1.83 de largura1, 1,41 de altura e entre-eixos de 2,85.Seu coeficiente aerodinâmico (CX) era de 0,34. Salvo exceções a parte inferior da carroceria era preta para contrastar com a parte superior. Em outras, de cores escuras, a parte inferior era na cor prata. Ficava muito bonito.
Seu peso era de 1.620 na motorização mais simples. Este cupê de duas portas tinha capacidade para transportar cinco passageiros. Não havia versão conversível.O motor básico da linha era o 420 com oito cilindros em “V” a 90 graus, 4.196 cm³, 218 cavalos a 5.200 rpm. Apenas 3.680 modelos foram produzidos desta série de 1985 a 1991.
Acima vinha o modelo 500. Seu motor dianteiro V8 tinha 4.973 cm³, taxa de compressão de 10:1, duplo comando de válvulas, cabeçote em liga de alumínio e 252 cavalos a 5.200 rpm. Tinha injeção eletrônica, caixa de quatro ou cinco marchas automática e tração traseira. Seus freios era a disco nas quatro rodas e pneus na medida 205/65 VR 15. Sua velocidade máxima era de 230 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 7,5 segundos.
A versão mais apimentada era a 560 SEC. Tinha 5.547 cm³, 279 cavalos a 5.200 rpm, também com duplo comando de válvulas e torque de 43 mkg.f a 3.750 rpm.
ua velocidade final era de 240 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos. Também tinha injeção eletrônica Bosch, freios a disco ventilados na dianteira e simples na traseira. Rodas com desenho exclusivo como o modelo abaixo junto com saias e spoilers eram fornecidos pela empresa AMG .
A AMG, empresa alemã fundada em 1967, especializada em anabolizar Mercedes. A sigla vem do sobrenome dos sócios da empresa Hans Werner Aufrecht, Erhard Melcher e da cidade natal de Melcher, Grosspach
Sua suspensão era independente nas quatro rodas, na dianteira tinha esquema MacPherson, barras estabilizadoras, amortecedores telescópicos e molas helicoidais. Para o 560 os pneus eram na medida 215/65 VR 15.A direção com assistência hidráulica era de série para todos os modelos. Seu peso era de 1.720 quilos e o tanque de gasolina comportava 90 litros.
Todos os modelos eram equipados com feios ABS ( Anti-lock Braking System) é um sistema de frenagem que evita que a roda bloqueie e entre em derrapagem quando o pedal do freio é pisado fortemente) e ASR. O sistema ASR (Anti Slip-Regulation, também conhecido por TCS – Traction Control System) é um sistema de controle de tração, também conhecido como sistema de controle antipatinagem.
Sua principal função é permitir que o veículo arranque ou acelere em pisos escorregadios ou molhados sem que as rodas patinem. Também, de série no 560 era os airbag. São bolsas infláveis colocadas no centro do volante, entre os bancos da frente e o painel ou nas laterais. Ela infla rapidamente quando ocorre uma desaceleração violenta. Também cintos com controle eletrônico que eram acionados em frenagens panicas.
Detalhe acima de um item muito comum nos modelos S eram os limpadores de faróis. Tinha um belo painel muito bem equipado. Tinha madeira nobre de alta qualidade. No centro havia o velocímetro graduado a 240 km/h, conta-giros com graduação a 7.000 rpm coma zona vermelha começando aos 6.000 giros. Ainda, marcador de nível de combustível, temperatura do motor e pressão do óleo. Tudo com muito conforto e luxo!
Por dentro tinha alto luxo. Seus bancos podiam ser em veludo, amaretta (tecido especial muito sofisticado) e também em couro. Vidros com controles elétricos nos quatro laterais, regulagem dos bancos idem. Descansa braço na frente e atrás compunham o luxo.
Em 1985 recebeu um leve “Facelift” alterando um pouco sua frente sem tirar sua identidade. A bela linhagem foi fabricada entre 1980 (ano modelo 1981) a 1991 num total de 74.000 exemplares. Um dos mais belos Mercedes-Benz do século passado. E os da primeira série são os mais valiosos.
A nove série S foi lançada em março de 1991. Abaixo modelos da AMG
Tinha motores com seis cilindros em linha com 3,2 litros, um V8 e um poderoso V12. A linha SEC foi substituída em janeiro de 1992 e estava equipado também com motores V8 e V12.Mais potentes e mais rápidos tinham velocidade máxima limitada a 250 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos para o motor V12.
Texto, fotos e montagem Francis Castaings.
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