Mercedes-Benz W123. Sucesso da casa Daimler-Benz
Produzido entre 1976 e 1985, a classe W123 foi um sucesso de vendas com 2.696.915 unidades com motores de quatro, seis e cinco cilindros diesel, versões D. Em 1980 a versão a diesel era exclusiva para os modelos perua. Suas carrocerias tinham opções de quatro portas, duas, com entre-eixos 8,5 centímetros menor e perua. O primeiro foi apresentado em janeiro de 1976 e era o modelo quatro portas. Além da versão comum havia a Lang com entre-eixos maior e comprimento de 5,35 metros. O sedã tinha 4,72 metros de comprimento, 1,78 de largura, 1,44 de altura e entre-eixos de 2,79 metros. Seus peso era de 1.360 quilos. As belas rodas em liga com o logo da casa Benz ao centro eram opcionais.
Em março de 1977 veio o belo cupê que tinha a designação “C” de cupê. Detalhe muito bonito e interessante que não tinha a coluna “B” o que tornava mais moderno e a mais atraente das três versões.
O cupê também poderia receber rodas em liga ou calotas na cor da carroceria como no modelo acima. Tinha pneus 195/70 HR 14 para as versões 230 CE que também eram diferenciadas pelos faróis retangulares. Os sedãs com esta motorização ou acima também com o mesmo tipo de faróis.
E em setembro de 1977 a versão perua de quatro portas recebia a designação e T( Turismo e transporte). A carroceria de todos era monobloco em aço estampado. Um opcional interessante era o limpador de faróis como este abaixo. Tinha a mesma dimensão do sedã, mas era 3,2 centímetros maior. O banco traseiro era rebatível e a capacidade de carga aumentava bastante.
Era um carro confortável para cinco pessoas, acabamento muito bom e seu desenho era obra do italiano Bruno Sacco. Ele foi responsável pelo desenho do carro experimental Mercedes-Benz C111, do Mercedes-Benz W123, do Mercedes-Benz SL-Class (R129), do Mercedes-Benz S-Class (W220) e do Mercedes-Benz SL-Class (R230). Este novo modelo teria a grande tarefa de suceder a classe W144/W115 (abaixo) que também um grande sucesso
Os motores eram dianteiros, em posição longitudinal, arrefecido a água e tração traseira. Já em 1980 partia de um quatro cilindros em linha, com comando de válvulas no cabeçote, 1.997 cm³ e potência de 109 cavalos a 5.200 rpm. Tinha um carburador e seu tanque tinha de gasolina tinha capacidade para 63 litros. Ideal para grandes viagens. Sua caixa de marchas manual tinha quatro ou cinco velocidades dependendo da versão, mas tinha a opção de automática. Tinha direção assistida como opcional. A manutenção era facilitada, pois o capô do motor tinha abertura de 90 graus.
Acima deste havia o 230 com 2.299 cm³ e 136 cavalos a 5.100 rpm. Seu torque máximo era de 20,9 m.kg a 3.500 rpm e era alimentado por injeção eletrônica mecânica Bosch K-Jetronic. Nesta recebia pneus na medida 195/170 SR 14 e sua velocidade máxima era de 180 km/h.
Também tinha como opção caixa automática com as opções P (Parking) na parte superior e R (Ré) ,N (Neutro) ,D (Drive) e S (Sport) e L (Low) . Seus freios eram a disco nas quatro rodas. Na versão CE com injeção o E indicava Einspritzung.
O 250 tinha 2.525 cm³, taxa de compressão de 9:1 e carburador de corpo duplo em posição invertida. Pneus na medida 195 70 HR 14 eram necessários para a velocidade final de 185 km/h.
Mais interessante em termos de performance era a 280 para as versões cupê e sedã como motor com seis cilindros em linha, 2.746 cm³, carburador de corpo duplo e potência de 156 cavalos a 5.500 rpm. Tinha torque de 22,7 m.kg a 4.000 rpm, duplo comando de válvulas no cabeçote em liga leve e tinha direção hidráulica de série, muito precisa, 0 a 100 km/h em 9,8 segundos e velocidade final de 190 km/h. Seu tanque de gasolina passava a ter 80 litros e o peso do veículo nesta configuração era de 1.450 quilos.
A mais possante era a verão 280 E com injeção eletrônica mecânica Bosch K-Jetronic. Era um pouco mais potente que a versão 280. Tinha a mesma cilindrada de 2.746 cm³ e potência de 185 cavalos a 5.800 rpm. Tinha torque de 24,5 m.kg a 4.400 rpm. Fazia de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos e velocidade final era de 200 km/h. Seu peso subia para 1.540 quilos.
Os motores a diesel começava com um quatro cilindros denominado 200 D com 1.997 cm³ e 60 cavalos alimentado por um uma bomba de injeção Bosch. Após a 240 D com 2.399 cm³, taxa de compressão de 21:1 e 72 cavalos. Sua velocidade máxima era de 145 km/h. Recebia as carrocerias sedã e perua. Agradou muito aos taxistas de toda a Europa. Podia também receber caixa automática.
Acima havia a 300 D com motor de cinco cilindros em linha, 2.998 cm³ e potência de 88 cavalos a 4.400 rpm com torque de 17,5 m.kg a 2.400 rpm. Sua velocidade final era de 148 km/h. As versões a gasolina 230, 250 e 280 TE também tiveram sua versão a gasolina.
Em 1980 a versão diesel mais desejada só estava disponível na versão perua. Também com motor motor de cinco cilindros em linha, 2.998 cm³ e potência de 125 cavalos a 4.350 rpm com torque de 25,5 m.kg a 2.400 rpm. Estava equipado com um turbocompressor da marca Garret, tinha direção assistida de série, seu peso era de 1.600 quilos e velocidade final de honestos e bons 165 km/h. Atraiu grande público.
Seu painel era muito requintado. Havia a esquerda marcador de nível do combustível, temperatura do motor, nível do óleo e um interessante indicador de economia de combustível. Ao centro velocímetro graduado a 200 km/h ou 220 km/h como odometro parcial e total e relógio de horas. Para as versões mais potentes conta-giros com graduação a 7.000 rpm com zona vermelha começando aos 6.500 rpm.
Para versões de topo havia teto solar com acionamento elétrico, ar condicionado com ajuste manual ou automático, vidros com acionamento elétrico, controle de velocidade, aquecimento dos bancos em couro ou vinil de ótima qualidade e detalhes em madeira de alta qualidade.
Era muito bem acabado e muito confortável
Sua suspensão era independente nas quatro rodas. Tanto na frente quanto atrás recebia molas helicoidais e amortecedores telescópicos. Na frente triângulos superpostos e braços arrastados. Nos modelos Mercedes-Benz 280E/CE/TE, em 1978, tinha amortecedores hidropneumáticos com nivelamento automático na frente.
Foi sucesso na Europa, América do Norte, Ásia, Oceania, Oriente Médio… Milhões de modelos ainda em circulação. Foi substituído pela geração W124.
Mercedes-Benz 300 E Touring classe W124. Quem teve uma quase idêntica foi Ayrton Senna.Só que esta é uma AMG. A sigla vem do sobrenome dos sócios da empresa Hans Werner Aufrecht, Erhard Melcher e da cidade natal de Melcher, Grosspach
Este modelo foi introduzido em 1984, e foi a partir dela que a gama intermediária da Mercedes começou a se chamar Classe E, mas só foi oficializada a partir de 1993. Havia sete modelos: 190 D, 200 TD, 250 TD, e 300 TD, equipados com motor a diesel; e 200 T, 230 TE e 300 TE, um seis cilindros em linha de 188 cavalos. Atualizações visuais e mecânicas (que incluíam motores mais potentes) aconteceram em 1989 e 1992.
Texto, Fotos e montagem Francis Castaings. Demais fotos Daimler AG Heritage
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