Longchamp: O cupê de Alejandro de Tomaso
As listras azuis e brancas do fundo do logotipo são as cores da bandeira nacional da Argentina. O símbolo em primeiro plano que se parece com a letra “T” é o símbolo da marca de gado da propriedade em Rio Ceballos (província de Córdoba, na Argentina), onde Alejandro De Tomaso cresceu. A empresa de De Tomaso em Modena na Itália desenvolveu e produziu carros esportivos e veículos de luxo. Na década de 60 haviam sido lançados os esportivos Vallelunga, o Mangusta, o Pantera, o sedã Deauville. Mas faltava um cupê de luxo.
Seu novo cupê 2+2 foi lançado em 1972 no Salão de Torino, na Itália. Usava a mesma plataforma, chassi, suspensão, motor e transmissão do sedã familiar esportivo Longchamp. Tinha desenho de Tom Tjaarda que trabalhava no estúdio Ghia na época. E sua carroceria era muito parecida com o Maserati Kyalami. Suas medidas eram 4,52 metros de comprimento, largura de 1,84, altura de 1,30 e entre-eixos de 2,60 metros.
O cupê de De Tomaso tinha um mecânica de produção em série pouco sofisticada, mas muito eficiente e robusta. Tratava-se de um Ford Cleveland com oito cilindros em “V” arrefecido á água que também era montado no esportivo Pantera. Este motor tinha potência de 300 cavalos a 5.400 rpm. Sobrava torque e este era de 45 m.kgf a 3.400 rpm. Era alimentado por um carburador de corpo quádruplo da marca Motorcraft e seu deslocamento volumétrico era de 5.763 cm³. A taxa de compressão era de 8,5:1. Sua velocidade máxima era de 240 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos. Nada mal para um carro de 1.600 quilos.
Sua tração era traseira e sua caixa era a Ford Cruise-o-Matic. Era o segundo De Tomaso com motor dianteiro e com caixa automática. Também tinha a opção de cambio manual de cinco marchas. Ambos com alavanca no console. A suspensão era independente nas quatro rodas. Na frente molas helicoidais, amortecedores telescópicos e barra estabilizadora. Atrás tinha quatro molas helicoidais e quatro amortecedores telescópicos. Usava rodas de liga leve com pneus 215 VR70 15 e tinha freios a disco nas quatro rodas.
O volante tinha três raios e junto com a posição da alavanca automática, o desenho era bem ao estilo americano. No painel velocímetro, graduado a 300 km/h e conta-giros graduado a 8.000 rpm com a zona vermelha começando aos 6.500 rpm ficavam ao centro. Ladeando estes, mais cinco mostradores. Os pequenos eram amperímetro, pressão e óleo, marcador de temperatura do motor, nível de combustível e relógio de horas. De série vinha radio toca-fitas, ar condicionado, vidros elétricos e também controle elétrico dos espelhos.
Foram 409 produzidos entre 1972 e 1989. Foram 395 cupês e 14 conversíveis . Um belíssimo cupê, fabricado na Itália, motor americanos, desenhado por um americano, num estúdio italiano e com têmpera e batuta de um argentino.
Texto, fotos e montagem Francis Castaings.
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