Opel GT: O Corvette Europeu
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A fábrica de Adam Opel, em Russelhein, na Alemanha fabricava na década de 60, automóveis robustos, bonitos e acessíveis. Os mais famosos eram o pequeno Kadett e o médio Rekord.
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Este ultimo daria origem ao nosso Chevrolet Opala. Ambos, desde 1965, tinham versões esportivas, mas não eram automóveis Gran-Turismo. Eram modelos cupês derivados de sedãs com motores apimentados.
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Em 1929 a General Motors passou a controlar a Opel e a influência americana no designer e concepção dos automóveis produzidos na Europa era bem evidente. Em 1965, no Salão de Frankfurt, foi exposto o protótipo “Experimental Rekord GT”. A reação do publico foi muito boa. Era um carro de estudo, um protótipo que provavelmente não seria produzido e tinha um motor 1900 do Rekord mais sofisticado.
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Em outubro de 1968, no Salão de Paris, foi apresentado o primeiro esportivo moderno da empresa germânica: – O Opel GT. Também causou entusiasmo e ótima recepção. O publico visado eram jovens executivos bem sucedidos e universitários recém-formados. Com linhas curvas, muito angulosas chamou muita atenção o pequeno esportivo de 4,11 metros de comprimento. Tinha duas portas, dois lugares e atrás destes, o local para as malas de pequenas dimensões. O carro não tinha tampa de porta-malas!
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Lá trás, no centro, o bocal cromado do tanque de gasolina chamava a atenção. O acesso ao pneu estepe também era complicado. Ficava abaixo do porta-malas de capacidade limitada. A área envidraçada era muito boa, a frente muito inclinada e a traseira truncada com quatro faroletes redondos. Na parte da frente os faróis eram escamoteáveis, giravam em volta de um eixo longitudinal e, abaixo dos para-choques, mais dois também redondos auxiliares. A entrada de ar dupla no principio do capô e a bolha mais atrás a direita, lhe dava agressividade.
O modelo básico era o GT 1100 SR. Tinha motor dianteiro de quatro cilindros em linha, refrigerado a água e estava posicionado atrás do eixo dianteiro. Este projeto estava objetivando uma boa distribuição de peso. Bloco e cabeçote eram em ferro fundido. Tinha 1.078 cm³ e 60 cavalos a 4.400 rpm. O comando de válvulas era lateral e era alimentado por dois carburadores da marca Solex francesa. Sua velocidade final era de 155 km/h, o peso de 860 quilos e usava pneus 155 SR 13.
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O motor topo de linha, mais interessante, tinha 1.867 cm³, 90 cavalos e torque máximo de 14,9 mkg a 2500 rpm. O comando de válvulas era no cabeçote e tinha um carburador Solex de corpo simples. Houve um desenvolvimento de um duplo, mas não saiu do papel. Neste pacote havia mais uma preparação que o deixava com interessantes 110 cavalos. Sua velocidade final era de 185 km/h e fazia de 0 a 100 em 10,9 segundos. O quilometro inicial era vencido em 33 segundos. São números apreciáveis até hoje. O peso era de 960 quilos e seu desempenho era bom devido a ótima aerodinâmica do automóvel. Pelo seu estilo e semelhança não demorou a ganhar o apelido de “Corvette dos Pobres” ou “Corvette Europeu” sendo que este era bem mais adequado.
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Por dentro sua instrumentação era muito boa. Atrás do volante esportivo de três raios, de boa empunhadura, tinha o velocímetro e o conta-giros com a faixa vermelha começando a 5.500 rpm. A esquerda deste, no centro do painel, tinha manômetro de óleo e amperímetro juntos no mesmo mostrador. Após, nível do tanque de combustível e temperatura do motor e na extremidade o relógio de horas. Os bancos tinham o encosto mais alto e características esportivas. Era muito bem equipado. Um detalhe interessante chamava a atenção: – O desenho do volante e das várias teclas para acender as luzes e acionar limpadores de para-brisas eram praticamente os mesmos que foram usados nos Opalas aqui até 1973.
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A abertura dos faróis dianteiros, que pareciam olhos de sapos quando abertos, era feita por uma alavanca no bonito console imitando madeira, logo a frente do cambio de quatro marchas. Como todos Opel na época sua tração era traseira. Podia ter como opcional cambio automático de três velocidade mais destinado a exportação para o continente norte-americano, pois na Europa ainda não era muito apreciado. O comportamento em curvas era muito bom e nas retas também. Mas não gostava muito de asfalto irregular ou molhado. Nesta motorização, usava pneus 165 HR 13 adequados a velocidades mais altas.
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Concorriam na mesma faixa de preços o Porsche 914, o Alfa GTA e o Lancia Fulvia. Fazia frente e não decepcionava no quesito robustez, preço e prestação de serviço. Com a opção do cambio automático, foi exportado para os EUA. Lá era comercializado pela rede Buick. Vendeu bem e agradou muito por lá. Na publicidade posava na frente de um Buick Riviera, da mesma cor, e destacava o “aparecimento do farol” dianteiro, da mesma forma.
Em 1971 surgia a versão GT/J. Por fora, na versão mais simples Junior, era notável a ausência de cromados nas molduras de vidros, para-choques e bocal do tanque. As rodas ficaram nuas, sem calotas e com desenho mais simples. Por dentro perdia dois mostradores laterais. Só o relógio ficou. Na parte mecânica não houve alteração e o peso total do carro emagreceu em cinco quilos.
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Na Alemanha foram fabricados modelos conversíveis de forma artesanal. O resultado era muito bom. Ganhava spoiler mais saliente na frente e faróis duplos abaixo nos para-choques. Em cores berrantes era bem invocado. Em agosto de 1973, depois de 102.000 unidades produzidas, o Opel GT deixou de ser fabricado. Na década de 80, o preparador alemão Irmscher, especialista em modificações extravagantes e bem sucedidas em Porsche, BMW, Citroën e outros, fabricava peças de reposição. Há muitos modelos rodando ainda e fazendo sucesso. Não deixa de ser um “Corvette Made in Germany”. Hoje a Opel pertence ao Grupo PSA, Peugeot Citroën S.A. francês.
No Forte de Copacabana, Rio de Janeiro
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Raro no Brasil
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Nas Pistas
No Rali Histórico de Monte Carlo
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No Rali ida Córsega e a dupla era brasileira
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Muito bom vê-lo em ação
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Nas Telas
O Hilário e inesquecível Agente 86 Maxwell Smart utilizou uma Ferrari 250 GT Califórnia 1961, um Sunbeam Tiger, um Karmann-Ghia e Também um Opel GT.Clique na foto para ver.
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Nota: Em 2017 a Opel foi adquirida pelo grupo francês PSA Peugeot Citroën. E hoje pertence ao grupo Stellantis, desde 2021, que reúne as marcas Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati, Peugeot, Ram e Vauxhall
Texto, Fotos e montagem Francis Castaings. Demais fotos de Divulgação
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