Pacer: O compacto que a American Motors fez há 50 anos

Em 1971 nascia o projeto “Amigo”. Seria um carro compacto com tração dianteira e motor rotativo Wankel. Mas com a chegada da crise do petróleo em 1973, as primeiras e principais ideias do no projeto mudaram. Ia seguir a tradição clássica americana com motor dianteiro e tração traseira.

O motor com seis cilindros, longitudinal, tinha versões de 232 pol³ (3,8 litros) e 258 pol³ (4,2 litros), ambas com comando de válvulas no bloco, carburação simples e ignição eletrônica. Em busca de economia e baixas emissões, o primeiro tinha potência de 90 cavalos e torque máximo de 22,5 m.kgf, e o segundo, 95 cavalos e 27 m.kgf. Largo e excelente áreas envidraçada, o Pacer tinha versões Standard, DL e X. Pesava 1.360 quilos. Faria concorrência ao Chevrolet Vega e ao Ford Pinto. Suas medidas era 4,34 metros de comprimento e 2,54 metros de entre eixos, 1,34 de altura e 1,96 de largura.

Também concorreu com os europeus, Volkswagen na mira, dos poucos europeus que os americanos gostavam, e principalmente os japoneses (Toyota, Honda, Mazda…) que chegavam e agradavam os americanos

O que mais chamava a atenção era a porta esquerda maior que a do motorista, para facilitar o acesso aos bancos traseiros e os imensos vidros. Cobriam 37% da área do novo automóvel e era 16% a mais que um sedã americano comum. Chamava a atenção e ótima visibilidade

O desenho era obra do vice-presidente do departamento de estilo da empresa Richard A. Teague, que também foi o autor do AMC Matador e do Hornet. A terceira porta, tinha ótima abertura. Mas o porta malas era pequeno. Fato interessante o desenhista do Porsche 928, Anatole Lapine, disse que se inspirou nele para fazer o esportivo de Stuttgart, Alemanha, sede da empresa Porsche

Por conta do pequeno porta malas, em 1976, chegava a versão Wagon dotada de um V8, com 4 981 cm³ de cilindrada e potência de 130 cavalos. Não fez dele um dragster. Com o seis cilindros a velocidade final era de 150 km/h e com o V8, beirava os 180 km/h. Era facilmente reconhecido pela grade dianteira mas proeminente. Podia receber um bagageiro no teto

O painel era simples. A alavanca de câmbio ficava na coluna, três ou quatro marchas no assoalho. Havia instrumentos básicos e também conta-giros e manômetro de óleo. Também, ar-condicionado, direção hidráulica, rádio e controle elétrico dos vidros e travas. E o câmbio manual podia ter sistema overdrive (sobremarcha), mas a maioria dos compradores optava por um automático de três marchas.

Como todos os carros da American Motors na década de 70, seu estilo não era nada convencional. O fim da produção foi em 1978 após 281.940 exemplares. Chama a atenção nos encontros de antigos.


Texto, Fotos e montagem Francis Castaings. Demais fotos de divulgação no site
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