Volkswagen Sedã: O Fusca faz aniversário no Brasil em 20 de Janeiro e o dia mundial é em 22 de Junho.

Volkswagen Sedã: O Fusca faz aniversário no Brasil em 20 de Janeiro e o dia mundial é em 22 de Junho.

Em 22 de junho de 1934 nascia um dos mais geniais projetos automobilísticos da história. O país era a Alemanha e o engenheiro era Ferdinand Porsche. Um ano antes, em 1933, Adolf Hitler, político alemão que serviu como líder do Partido Nazista, Chanceler do Reich e Führer da Alemanha Nazista, fez um discurso, no Salão do Automóvel de Berlim, capital da Alemanha, convocando aos fabricantes de automóveis, Mercedes-Benz, NSU, Opel, DKW, Zundapp… a projetar um veículo popular que não tivesse preço superior a 990 Marcos Alemães. Deveria chegar aos 100 km/h, transportar dois adultos, três crianças, pesar cerca de 650 quilos e ter um consumo de oito litros de gasolina a cada 100 quilômetros.

As empresa NSU, Opel, DKW, Mercedes-Benz e Zündapp apresentaram projetos, mas por diversos motivos não deram continuidade. O Chanceler não via com bons olhos a participação da Opel que pertencia desde 1929, a General Motors americana. O austríaco Ferdinand Porsche fez um projeto que agradou muito a Adolf Hitler.

O primeiro protótipo, que foi testado com motor de dois tempos e dois cilindros, não apresentou a performance desejada e nem atendeu aos requisitos, passou a ter quatro cilindros opostos, era refrigerado a ar, tração traseira e cambio de quatro marchas. Simples e muito confiável! Por for era notável a ausência de para-choques, grandes faróis circulares, portas suicidas e, no lugar do vidro traseiro, tinha uma grande entrada de ar. Estava bem rústico ainda.

Em 1935 os primeiros protótipos WW3 estavam em testes. Em 1938 o Doutor Porsche apresentou o projeto W38 que já estava bem próximo ao modelo definitivo.

Detalhes do conjunto do KDF – Wagen – Kraft durch Freude (KdF, em português: Força pela Alegria)

A Mercedes-Benz chegou a fabricar 30 modelos do W130 em 1934

Tinha linhas muito aerodinâmicas para época. Seu motor traseiro era arrefecido a ar, quatro cilindros opostos, 1.200 cm³ e 25 cavalos de potência. A semelhança dos projetos era nítida!

A partir de 1938 uma nova cidade seria criada numa planície em Mittellandkanal perto de Hanover, norte da Alemanha, estava sendo construída várias unidades fabris. Adolf Hitler, em 28 de maio de 1938, apresentou o carro para um público de 70.000 pessoas

Era o começo da produção de carros que já haviam rodado mais de 2,5 milhões de quilômetros na fase de testes.


Doutor Porsche não gostou no nome KDF – Wagen lançado em 1939 e na época já estava sendo chamado de Volkswagen e Käfer (Besouro em alemão)

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Este modelo tinha 986 cm³ tinha 23,5 cavalos de potência a 3.000 rpm. Era alimentado por um carburador de corpo simples e sua taxa de compressão era de 5,6:1. Sua tração era traseira e tinha quatro marchas não sincronizadas. Sua carroceria era em chapa de aço estampada e seu chassi em longarinas estava sobre uma plataforma plana. Sua suspensão independente tinha barras de torção na frente e atrás. Seu peso era de 655 quilos. Media 4,05 metros de comprimento, 1,54 de largura, 1,5 de altura e entre-eixos de 2,4 metros. A carroceira em estrutura monobloco. Os pneus eram na medida 4,5 x 16.


Exército

Em 1939 o exército alemão invadia a Polônia e a antiga Checoslováquia. Começava já os primeiros conflitos para deflagrar a Segunda Grande Guerra Mundial. Apenas 200 modelos haviam sido produzidos!

E o alemão Swimmingwagen, carro anfíbio, com motor Volkswagen traseiro arrefecido a ar entrava em ação na neve, na lama e no deserto junto com o Volkswagen Kübelwagen (carro balde/banheira)

Os militares adiaram a produção do Kdf-Wagen para se dedicar a produção dos utilitários Kübelwagen (abaixo) e do anfíbio Schwimmwagen. Como curiosidade, um dos protótipos do Kübelwagen estava disfarçado com a carroceira do Kdf-Wagen. Era um Fusca, ainda do projeto W30, com motor de 704 cm³ e 984 cm³. E era bem alto com pneus largos e de bom diâmetro.


Na paz

Em 1948, o engenheiro Heinrich Nordhoff assumia a presidência da fábrica e a produção chegava a 19.214 unidades. Um ano depois a produção crescia para 46.154 e a exportação começava. Era o princípio do sucesso mundial

O nome da cidade de Fallersleben foi trocado pelos aliados (Estados Unidos, França, Inglaterra e União Soviética)  , vencedores da guerra, para Wolfsburg e em março de 1946 , cerca de 1.000 carros já haviam sido produzidos pelos operários que estavam aptos desde o final de 1945. Mas a produção do carro em série começou, em 1948. 

Em 1950 desembarcava no porto de Santos, São Paulo, o primeiro lote de 30 modelos Volkswagen que fizeram muito sucesso e foram vendidos rapidamente. Um ano depois, em 30 de janeiro, falecia Ferdinand Porsche em Stuttgart, Alemanha.

Também neste ano recebia teto solar de tecido, ganhava a versão Export, mais refinada e já atingia a marca de 100.000 unidades fabricadas. A versão conversível também já era fabricada

O modelo apresentado aqui de 1951 tinha a janela traseira conhecida como Brezel ou Split Window.O carro ficou conhecido como Brezel-Käfer. Na foto acima, do mesmo modelo, pode-se notar um “portinhola” pouco depois do para-lama dianteiro, que se abria para refrigerar o interior, o habitáculo do carro. No frio europeu era melhor não arriscar!

O motor com quatro cilindros opostos tinha 1.131 cm³ e 25 cavalos a 3.300 rpm. A taxa de compressão de 5,8:1. Foi substituído por um com 1.192 cm³, 30 cavalos e velocidade final de 100 km/h.As demais características eram as mesmas do modelo de 1939. Os pneus eram na medida 5,0 x 16. No painel o motorista tinha a frente um velocímetro graduado até 120km/h, como opcional um rádio marca Telefunken e um porta luvas sem tampa.Os bancos dianteiros eram individuais, alavanca de marchas e freio de mão entre eles e atrás banco inteiriço. Este ainda contava com dois rolos em tecido colocados no banco de trás para servirem de apoio para os braços. O ótimo teto solar em lona também era bem vindo!

Abaixo detalhe da caixa de ferramentas dentro do pneu estepe e a cobertura aberta

Volkswagen Hebmuller 1952. Hebmuller fez carrocerias após a Segunda Grande Guerra na cidade de Wuppertal na Alemanha. Os designer eram Joseph Hebmüller II e Charles Radcliffye. Menos de 700 unidades foram fabricadas. A fábrica fechou em 1952 por problemas financeiros. Seu interior também era distinto, com bom gosto e boa instrumentação.


Este ganhou o Prêmio FIVA (Fédération Internationale des Véhicules Anciens) para este Volkswagen sedã que está com a família desde 1952!

1953

Com peças importadas da Alemanha, inclusive o motor 1.200 de cm³, começava a ser montado em um  pequeno galpão alugado no bairro do Ipiranga, São Paulo.

Lá fora era chamado e ainda é de Carocha em Portugal, Escarabajo na Argentina, Cox ou Coccinelle na França, Magiolino na Itália e Beetle nos países de língua inglesa

Visto de fora. Destaque para a seta “bananinha” na coluna “B”

Em ação!

Muito simples por dentro, mas com bom acabamento

Visão interna

No final de 1953 já tinha a janela oval. Em 1954, já fazia parte da paisagem das ruas e estradas dos Estados Unidos. O pequeno fazia muito sucesso e ganhou o apelido de Beetle (besouro). O holandês Ben Pon, idealizador da Kombi, teve e ideia de levar dois exemplares para a América. Ele também foi responsável pela difusão no norte da Europa. Nos Estados Unidos só vendeu um exemplar! Mas conheceu Max Hoffman, que foi um especialista em vender carros europeus em terras americanas. Foi assim que o sucesso começou e aceitação do Beetle foi grande na Costa Oeste, principalmente na Califórnia que fez enorme sucesso dentre os jovens.

Os americanos se preocuparam e os projetos do Falcon da Ford, do Corvair da General Motors (também com motor de cilindros opostos arrefecidos a ar – seis) e o Valiant da Chrysler. Outro concorrente era o Nash Metropolitan que foi lançado em 1953, mas nenhum deles ameaçou o pequeno alemão

Um Volkswagen 1.200 sedã ano 1955 já com quebra-ventos incorporado.

E com o certificado do museu alemão da casa VW

Já com a janela oval. Um carro de muito valor. Não só monetário, mas histórico. Merecedor da placa preta.

E o motor simples e robusto

Em 1956 começavam as obras da primeira fábrica da Volkswagen no Brasil com 10.000 m² . Era a planta de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, às margens da Rodovia Anchieta. FriedrichWilhelm Schultz Wenk era o  presidente da Volkswagen no Brasil. Na Alemanha já atingia um milhão de unidade fabricadas. E as exportações para os Estados Unidos atingiam 50 mil unidades.


Conversíveis alemães

Belo Volkswagen conversível de origem alemã, ano 1954.

Ambos da década de 50

Premiado em Araxá, Minas Gerais em 2016

Este alemão legítimo, ano 1978, um dos últimos produzidos na Europa, com carroceria karmann, foi importado dos Estados Unidos. O motor com 1.584 cm³ e 50 cavalos à 4.000 rpm, já vinha com ignição e injeção eletrônica (para os Estados Unidos e Japão), suspensão dianteira tipo McPherson, para-brisa envolvente, bem maior que o nacional, painel bem mais equipado e mais espaço no porta malas devido ao capô dianteiro maior. Desde 1971 o modelo 1302 S já vinha com freios a disco dianteiros.

Outro modelo. Observe em ambos os para-choques parrudos dianteiros que eram obrigatórios nos Estados Unidos para todos os carros europeus desde o início da década de 70. Deveriam resistir a um impacto de até 8 km/h sem danificar. E tinha amortecimento em caso de atropelamentos

Por dentro bem mais moderno e confortável


Em 1957 o primeiro Volkswagen brasileiro chegava as ruas. Era o utilitário Kombi (Saiba mais)

Em 1957 a visibilidade estava melhor. Tanto o para-brisas quanto o vidro traseiro estavam maiores.

Em 1959, o Volkswagen sedã começava a ser produzido no princípio de janeiro, com um  índice de nacionalização de 54%. A primeira unidade foi adquirida pelo  famoso empresário paulista Eduardo Andrea Matarazzo. No dia 18 de  novembro do mesmo ano, a fábrica era inaugurada oficialmente. A Volkswagen Brasil encerrava o ano com 8.406 unidades vendidas. E já era vendido em mais de 80 países neste ano!  Na parte mecânica ganhava primeira marcha sincronizada. Em 1951, na África do Sul, o primeiro Fusca saia da fábrica (South African Motor Assemblers and Distributors (SAMAD).) com peças montadas vindas da Alemanha

Na Europa seus concorrentes eram o recém lançado Austin/Morris Mini inglês, o Citroën 2CV e o Renault 4CV da França, o Fiat Nuova 500 na Itália e o Trabant produzido pela VEB Sachsenring Automobilwerke, em Zwickau, na antiga Alemanha Oriental.

Em 1961 os freios ganhava comando hidráulico na Alemanha. Ficavam mais seguros e mais confortáveis que os antigos cabos

Em 1962 já era líder de vendas no Brasil, com 31.014  unidades vendidos. Já tinha as lanternas de sinalização de direção sobre as para-lamas. Um de seus concorrentes era o Dauphine que foi lançado em 1959 pela Willys Overland do Brasil, sob licença de fabricação da Régie Renault francesa (saiba mais)

A lanterna que iluminava a placa traseira era pequena. E cresceu assim como o tamanho das lanternas traseiras

Na década de 60 eram inúmeros, hoje estes acessórios são raros e alguns são novamente fabricados como bagageiros, faróis de milha, telas de vime que vão abaixo do painel, bisnagas de água para molhar o para-brisa, capa de botões no painel, etc. A forração lateral interna das portas combinava com a cor dos bancos. Além do branco havia também na cor marrom. Os cintos de segurança eram diagonais. Havia também uma entrada de ar quente por meio de uma pequena válvula acionada por uma tampa rosqueada. Um pouquinho de luxo para os dias frios!

Em 1964 atingia a produção de um milhão de exemplares na Alemanha

Um dos modelos, o pé-de-boi, muito simplificado, foi lançado em 1965, assim como o modelo com teto solar de fábrica. Ambos renegados na época, mas hoje são raros e cobiçados.

O “Pé de Boi” que custava 15% a menos e a ausência cromados era notável. O interior muito simples não sequer havia o apoio de mão acima da abertura do porta-luvas que recebeu um apelido na hora de uma freada brusca

Nada nas molduras dos vidros cromadas, sem frisos, aro de faróis, entradas de ar frontais, puxador do capô, calotas e para-choques. Nem lanternas pisca-pisca! Hoje é um VW raro!

Em 1967 o motor 1.300 (1.285 cm³) chegava e foi aplaudido por todos.

O Fusquinha estava mais potente com 34 cavalos.O Vasinho do painel era um acessório bonito tanto na Alemanha quanto no Brasil

E este tipo de para-choque tinha o apelido de “poleiro”. E era útil em alguns casos! Já que a frente era mais leve, dois ou três adultos podiam levantar e deslocar o carro para um lado e outro.

Em 1970 chegava o Fuscão com motor 1.493 cm³ e 44 cavalos. Tinha carburador de corpo único da marca Solex. Por dentro o painel podia ter revestimento imitando madeira.

Fazia de 0 a 100 km/h em 26,1 segundos e sua velocidade máxima era de 128,57 km/h. Mantinha o bom consumo:  7,1 na cidade e 9,8 km/l na estrada. A capacidade do tanque era de 40 litros para toda a linha. Continuava com dois canos de descarga cromados como o 1300.

Em 1972, no Brasil, chegava ao primeiro milhão de unidades! Era um recorde brasileiro! Nenhuma outra marca havia conseguido.

Por fora era notável as novas entradas de ar, novos para-choques para toda linha (chamados de pista na Alemanha) , bitola mais larga e novas entradas de ar após as tradicionais abaixo do vidro traseiro. Tinha câmbio manual com quatro marchas.

Sua suspensão independente com barras de torção transversais em feixe independente, semi-eixos oscilantes, barras de torção atrás.A estabilidade era delicada em curvas fechadas saindo de traseira com facilidade nos modelos anteriores também. Neste novo modelo melhorou um pouco. Tinha 55% de seu peso na traseira e com a camber positivo o motorista tinha que fazer malabarismos, pois as rodas se levantavam e se convergiam para dentro. No final da década de 60, boa parte de 80 a até hoje é comum serem vistos modelos rebaixados, rodas com aro de 13 polegadas e 14 mesmo antes destes serem adotados na linha de montagem. Até a década de 80 seus pneus eram na medida 5,6 x 15. Seus freios eram a tambor nas quatro rodas.

Tinha sistema de direção setor e rosca sem-fim, suas rodas eram em aço estampado, aro de 15 polegadas e tala de 4,5, pneus na medida 5,6 × 15. Mantinha as mesmas medidas externas: comprimento, 4,02 metros, altura de 1,5 e largura de 1,54 cm. Seu entre-eixos era de 2,40 metros e pesava 820 quilos. O porta malas e o compartimento atrás dos bancos era apenas satisfatório. O bagageiro no teto era um bom opcional.

Novas entradas de ar antes de sair de linha em 1977

O modelo básico continuava a fazer sucesso

O Super Fuscão 1600 S, também chamado de Besourão, foi lançado em 1974, tinha rodas de 14 polegadas, que davam mais estabilidade

O interior oferecia um requinte: forração interna com carpete e, para alegria dos jovens casais, bancos reclináveis. O volante de três raios da marca Walrod era bem vindo assim como alavanca encurtada tornando-o mais preciso. O 1.6 boxer de 65 cavalos vinha do Volkswagen Brasília (saiba mais) , mas com cinco cavalos a mais graças à dupla carburação.

No painel tinha conta-giros, relógio, amperímetro e termômetro de óleo, indispensável em motores a ar de alta performance. No painel o radio AM. Mas o som vindo de fora agradava muito; O ronco do escapamento esportivo de saída única, voltada para a esquerda. A escala final do velocímetro era otimista: A graduação era de 160 km/h. Mas não passava dos 136 km/h, 0 a 100 km/h em 16,5 segundos suficiente para assustar o Chevrolet Chevette (saiba mais) e o Dodge 1800 ambos lançados em 1973. E também era mais ágil na arrancada que seus irmão Brasília, Karman-Ghia e SP-2 (Conheça) e o Ford Corcel

Em 1976 o 1300 L adotava entradas de ar maiores na tampa do compartimento do motor. Em 1977 tinha coluna de direção retrátil, freios com duplo circuito hidráulico. O 1600 voltava a linha de produção, tinha freios a disco como opcionais. E o Fiat 147 bem mais moderno entrava na concorrência. Conheça

Em 1979, no segundo semestre, umas das novidades eram as novas e grandes lanternas traseiras. Por conta conta do tamanho, foi apelidado de “Fusca Fafá” devido a umas das características físicas da bela cantora!

Com algumas poucas inovações como caixa de câmbio que dispensava troca periódica de óleo lubrificante, ignição eletrônica nos modelos a álcool, bomba de combustível com proteção anti-corrosão, válvulas termo pneumáticas nas entradas dos filtros de ar (com a função de controlar a temperatura do ar aspirado para finalidade de melhorar a queima da mistura).

Em 1980 haviam as versões básicas, L e GL. E passava a ter uma versão com combustível álcool fazendo com que o motor com 1.285 cm³ chegar a potência de 49 cavalos a 4.600 rpm. E as vendas caiam a cada ano devido aos novos lançamentos de carros pequenos desde o início da década de 70. Em 1982 ganhava novo painel redesenhado e volante e desembaçador térmico no vidro traseiro

Em 1984, na tampa traseira, ao invés da indicação da cilindrada, recebia o nome Fusca. Em 1985 ganhava uma série especial com vários itens de segurança e conforto. Para-choques na cor da carroceria, vidros verdes, retrovisor do lado direito, volante espumado, buzina dupla, apoio de cabeça nos bancos dianteiros,bancos com tecido na cor cinza faróis de milha, aros de roda e carcaça das lanternas na cor do carro. As exportações cresciam e o Iraque que já havia importado o Passat, também queria o Fusca

Em 1985 o 1600 ganha a opção movida a álcool.  Este é um série Prata com modificações discretas.

Já tinha retrovisor do lado direito na cor preta

Em 1986 os passageiros da frente tinham direito a bancos reclináveis com apoio de cabeça. Há muito era um desejo. As janelas laterais voltam a ser basculantes algo que nunca deveria ter sido descontinuado, pois em nosso pais o calor é predominante e o Fusca era impedido de ter um ar condicionado nas configurações feitas aqui.  A produção era encerrada! Ao todo foram de 1938 à 2003: 21.529.464 produzidos sendo 15.444.858 na Alemanha (330.251 conversíveis ), 3.350.000 no Brasil cerca de 2,5 milhões no México (Vocho) e montados na Austrália, Bélgica, Finlândia, Indonésia, Irlanda, Malásia, Nova Zelândia, Nigéria, Filipinas, África do Sul e Venezuela


O retorno

Mas voltou, esta série foi fabricada entre 1993 e 1996 com boas modificações. Mais moderno! Entrava na competição dos carros “populares” . A Fiat com o Uno, a General Motors com o Chevette Júnior e a Ford com o Escort Hobby. A exceção  do Volkswagen, com motor 1.600, todos tinham cilindrada abaixo dos 1.000 cm³. Foram convocados antigos funcionários, já aposentados,  que faziam parte da antiga linha de montagem do Fusca e ainda existia todo o ferramental. O abastecimento de combustível se fazia pela lateral direita em uma tampa pouco acima do para-lama.

Por dentro tinha novo painel mais moderno, volante com novo desenho e menor diâmetro. Ainda: freios dianteiros a discos, vidros laminados, catalisador, barras estabilizadoras na frente e atrás, pneus radiais na medida 165 R15, reforços estruturais na carroceria e cintos de segurança de três pontos para os ocupantes da frente. Estava mais moderno e adequado aos novos tempos.

Um belo Fusca ano 1995. Estava mais moderno e seguro.

Um dos últimos. Neste período, 1993 à 1996, foram produzidos 47.000 exemplares em três anos.

A última série de fabricação, cerca de 1.500 modelos, recebeu o nome de Série Ouro e ganhou vários novos acessórios. Tinha faróis de longo alcance, vidros verdes, bancos dianteiros com novo desenho e fundo brancos nos mostradores do painel.  Foi uma grande despedida dourada!


Acessórios e equipamentos especiais

Desde a década de 60 eram inúmeros acessórios para o Fusca. Um dos fabricantes eram os irmãos Fittipaldi. Volantes com diâmetro menor, alavancas de marchas especiais,  persiana para o vidro traseiro, tampa para o “chiqueirinho”, moldura de farol, bagageiro com acabamento em madeira, rodas e pneus com aro de 13 e 14 polegadas, marcadores de temperatura de óleo, conta-giros, voltímetro… Atualmente o para-brisa Safari é moda! Também rodas e calotas estilo Porsche

Um com bom número de acessórios

Na parte mecânica recebia escapamentos especiais, alargadores de bitolas, dois carburadores de corpo simples, dois de corpo duplo, cabeçote rebaixado, relações de engrenagens de cambio diferentes, radiadores de óleo…

Há  décadas nos Estados Unidos são vendidos motores com 1600, 1.800, 2.000 e até 2.275 cm³ que são fabricados por especialistas da marca. Há um pouco de tudo. Distribuidores, carburadores, virabrequim, escapamentos, acessórios de ignição, cabeçotes, tampas cromadas para o mesmo,  amortecedores, turbocompressor, tuchos, discos de freios… vendidos separados  ou já montados como um motor com 2,8 litros!  Também todas as peças externas da carroceria, chassi e suspensão.


Na Alemanha

1972

Um modelo alemão 1303 com para-brisa maior, lanternas maiores e neste ano ultrapassa a produção do Ford T com mais de 15 milhões de unidades vendidas! Eram os Volkswagen Beetle 1302 e 1303 fabricados entre 1970 e 1975. Havia a versão 1200 L de entrada. O motor 1.584 cm³ e 50 cavalos à 4.000 rpm, já vinha com ignição e injeção eletrônica (para os Estados Unidos e Japão) fazia de 0 a 100 km/h em 18 segundos e sua velocidade máxima era de 130 km/h.

Já tinha suspensão McPherson com maior altura, molas helicoidais e amortecedores telescópicos. A estabilidade estava muito melhor. Pesava 890 quilos e media 4,11 metros. Podia ser equipado com pneus radiais 165 SR 15 da marca Michelin XZX.

E a versão alemã conversível com carroceria Karmann

E o motor com injeção eletrônica

Em fevereiro de 1972, os homens de Wolfsburg comemoraram 15.000.000 de modelos produzidos. E bateram o recorde que pertencia ao Ford T. Em julho de 1974 o último VW 1303 saiu da linha de montagem na Alemanha e em janeiro de 1978 terminou a produção do 1200 L, do 1300 e do 1302 S (1.584 cm³)  e conversíveis. O Volkswagen Golf assumia seu lugar!

Mas continuou no Brasil e no México até 2003.


No México

Em 1965, El Sedan ou Vocho, começou a ser montado em 1954 na fábrica de Puebla, ao sul da Cidade do México. Assim como aqui, lá fez a alegria de vários taxistas. Os carros eram facilmente reconhecidos  pelas cores verde com teto branco.

Em 1981, a edição Silver Bug, comemorava 20 milhões de unidades. A carroceria seguia a tendência alemã que infelizmente não esteve aqui nas linhas de montagem.

Em 1992 o governo mexicano lançava o programa de carros populares. A Volkswagen reduziu o preço do Vocho em 20%.

Em 1993 já tinha injeção eletrônica para atender principalmente as vendas para os Estados Unidos. O último mexicano saiu das linhas de montagem em 30 de julho de 2003 . Na despedida, na linha de montagem, um grupo de Mariachis (Mariachi é um gênero musical popular do México) tocou a música “La Diana”,que enaltece os triunfos. Após houve a execução de “Las Golondrinas”, uma canção para despedidas.

O Volkswagen Typ 1 foi e é venerado nos quatro cantos do planetas!

Na Califórnia, Estados Unidos o Typ 1


Os Especiais e personalizados

Esse tem um motor mais bravo

Um modelo personalizado com muito bom gosto, ano 1953 e motor com 1.200 cm³ em estado original

Pintura diferenciada e teto solar

Com o reboque

Outro muito bonito

Outro

Definitivamente não é um Fusca qualquer.

Simples, mas com bom gosto

Este foi modificado por uma empresa paulista especializada. Belo trabalho!

Este conversível foi feito no Brasil por uma empresa competente

Por dentro

O tomate

Se vir este Fusca pelo retrovisor, melhor dar passagem. Motor 2.300 e 180 cavalos!

Picape

Um Herbie

O Fusca delas


Histórias

O Fusca acima tem mais horas de estradas que muitos aviões de voo

E pertencem ao simpático casal Alfredo Martinez e Gilda. Exibindo seus troféus ele é de Araruama, Rio de Janeiro. Suas viagens vão além das fronteiras nacionais.


Nas Pistas

Todos os pilotos famosos do país, que chegaram a categorias nobres como o Campeonato Mundial de Marcas ou Fórmula Um, pilotaram os Fuscas nas décadas de 60 e 70. A receita era simples: Tiravam os para-choques, calotas, bancos, forração interna, canos de descarga aberta, escapamentos trabalhados, dupla carburação, partes da carroceria em plástico reforçado com fibra de vidro… Por dentro volantes com diâmetro menor, mais instrumentação com conta-giros, alavanca de marcha de curso curto e temperatura de óleo! Eram rebaixados e usavam pneus com talas maiores, radiais e aros 13 e 14 polegadas. No final da década de 50, um Fusca com motor 1500 com peças Porsche foi pilotado por Christian Heinz e Eugênio Martins chegou em segundo lugar nas 1000 Milhas Brasileiras.

Já na década de 70 corriam na Divisão 1 e 3. E vários protótipos utilizavam motores Volkswagen como o Patinho Feio de Alex Dias Ribeiro.

Usavam cabeçotes rebaixados, dois carburadores duplos, radiador de óleo frontal, bielas alteradas, coletores especiais, pistões forjados, comandos, caixa com relações alteradas e os motores mais comuns tinham 1.300, 1.600, 1.800, 2.000 chegando à 2.200 cm³. E atingiam fácil aos 180 cavalos. Eram os chamados venenos!

Nas corridas monomarcas, Copa Fusca, Speed 1600 eram chamados de “Pinico Atômico” !

No Circuito dos Cristais em Curvelo, Minas Gerais, em 2017

Este Volkswagen não arrancou na primeira prova devido à problemas na junta do cabeçote. Mas na segunda…saiu em último lugar e rapidamente já estava em primeiro. Lá trás está o bom e robusto motor boxer com 2.300 cm³, dois carburadores duplos Webber 52 e por volta de 150 cavalos. Relação peso potência! Só! O piloto também foi destaque e muito bom!

Nelson Piquet neste Fusca abaixo, muito bem preparado, veio em comboio com uma Kombi surrada de apoio e com pouco dinheiro. Viraram-se! Nelson e os mecânicos e tiraram o primeiro lugar na categoria e quarto na geral. No grid tinha Chevrolet Opala, Ford Corcel, Simca Esplanada e vários protótipos interessantes. A corrida foi num domingo e na segunda já estavam de volta a Brasília muito felizes.

Abaixo o Fusca com dois motores dos irmãos Fittipaldi

Em todo mundo, principalmente no Brasil, Estados Unidos e Europa fazem sucesso nas pistas e em ralis. Em corridas de arrancadas e na famosa Baja 1000.

A Baja 1000 era uma corrida rallye-raid para veículos fora de estrada (ou “off-road”) disputada na região da Baixa Califórnia no norte do México.

Na Corrida Baja 1000

Veja cenas de um filme de ralis europeus

Os Volkswagen de arrancada

Em pistas e em ralis


Na Arte

De perfil. Telas de óleo

Pinturas cedidas gentilmente por Beatriz Cavalcanti – https://www.facebook.com/annabeatrizribeiro


Outro de Humberto Inchausti é brasileiro, natural de Belo Horizonte, formado na Escola de Belas Artes da UFMG, pós graduado em Ensino de Artes Visuais e Tecnologias Contemporâneas, tem experiência com Fundição de Metais, Escultura, Modelagem de Corpo Humano, Manuseio e aplicação de Fiber Glass (Fibra de Vidro), Plataforma Moodle, Design Instrucional, Educação a Distância, Gestão em EAD, Formação Técnico-Pedagógica para Tutores em Educação a Distância, Ensino de Artes Visuais, Pintura, Gravura, Fotografia, Cerâmica, Desenho e ilustração.

As coloridas são técnicas de aquarela e as preto e branco são em nanquim. Os tamanhos variam um pouco indo de formatos de 10 x 15 cm até 80x120cm. 

A lápis

Pinturas cedidas gentilmente por Amaral  https://www.facebook.com/garagemdepapel/


Em Escala

Um Fusca de gesso que faz bonito em qualquer coleção

Um personalizado

Um Volkswagen famoso no cinema: O Herbie

Outros muito interessantes

Escolha a escala

Da década de 60 aos dias atuais


O Caso Tatra

A empresa Tatra, da antiga Checoslováquia, foi fundada em 1920. Sempre fez carros de vanguarda, muito aerodinâmicos e com motores traseiros arrefecidos a ar. Em 1934 apresentou o modelo T77 como motor arrefecido a ar, em posição traseira, linhas aerodinâmicas…a empresa moveu um processo contra o projeto KDF e a reposta veio com a invasão do exército de Hitler! O modelo V570 de 1931 tinha linhas bem próximas ao KDF-Wagen, com motor bicilíndrico, opostos, arrefecido a ar com 854 cm³ , quatro marchas e carroceria com 3,8 metros. Foi concebido dois anos antes do protótipo Volkswagen. 

E em 1961 a Volkswagen pagou uma multa por plágio de três milhões de Marcos.


Na Música

Abbey Road

Abbey Road foi o 12º álbum de estúdio da banda britânica The Beatles. Foi lançado em 26 de setembro de 1969, e leva o mesmo nome da rua de Londres onde situa-se o estúdio Abbey Road. Foi produzido e orquestrado por George Martin para a Apple Records. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame. E um Fusca aparece a esquerda da foto


Fuscão Preto

Em 1983, veio outro sucesso, em outro gênero que era Fuscão Preto cujo autor Almir Rogério homenageava o carro mais querido nacional.


Instituto Inhotim – Brumadinho – Minas Gerais

O Instituto Inhotim é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior museu a céu aberto do mundo.Está localizado em Brumadinho (Minas Gerais), uma cidade com 38 mil habitantes, a apenas 60 quilômetros de Belo Horizonte.

O Instituto Inhotim localiza-se dentro do domínio da Mata Atlântica, com enclaves de cerrado nos topos das serras. Situado a uma altitude que varia entre 700 metros e 1 300 metros acima do nível do mar, sua área total é de 786,06 hectares, tendo como área de preservação 440,16 hectares, que compreendem os fragmentos de mata e incluem uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), com 145,37 hectares.

A instituição surgiu em 2004 para abrigar a coleção de Bernardo Paz, empresário da área de mineração e siderurgia, que foi casado com a artista plástica carioca Adriana Varejão, e há 20 anos começou a se desfazer de sua valiosa coleção de arte modernista, que incluía trabalhos de Portinari, Guignard e Di Cavalcanti, para formar o acervo de arte contemporânea que agora está no Inhotim. Em 2014, o museu a céu aberto foi eleito, um dos 25 museus do mundo mais bem avaliados pelos usuários. E lá estão três Fuscas pitados por artistas. Visitar o museu e a cidade que há um ano foi vitima do desastre é um ótimo entretenimento cultural!


Selos


Nas propagandas foi Rei


Nas Telas

O famoso Herbie

Quem pode se esquecer do filme “Se meu fusca falasse” onde Herbie, um fusquinha 1963 branco com faixas vermelha, branca e azul, equipado com teto solar, número 53 no capô e nas portas, faz trapalhadas, bate adversários muito mais potentes em arrancadas de rua, pistas e estradas.

O filme de 1968, de Walt Disney, que se chamou em inglês “The Love Bug” teve seqüências menos aplaudidas mas válidas como “Herbie Rides Again” e “Herbie Goes To Monte Carlo”. Um Lamborghini 400 GT faz uma breve aparição. Jim compra um belo exemplar vermelho e o pequeno fusca branco morre de inveja e tenta suicídio na famosa Ponte Golden Gate  na cidade de São Francisco no Estados Unidos. 

Veja um trecho


Deu a Louca no Mundo

Também no engraçadíssimo, a comédia Deu a Louca no Mundo (It’s a Mad Mad Mad Mad World, 1963. Um conversível vermelho, conduzido por Mickey Rooney  por estradas sinuosas da Califórnia, fez sucesso também. Veja um trecho


Bullit

Bullit – Steve McQueen – filme de 1968, uma das mais fantásticas perseguições automobilísticas do cinema. Foram utilizados na perseguição dois Mustangs fastback 1968 GT 390 e dois Dodge charger RT 440. E um Volkswagen verde 1962 aparece duas vezes. Veja o Fusquinha verde


Busca Frenética

Durante uma conferência médica em Paris, a esposa (Betty Buckley) do Dr. Richard Walker (Harrison Ford) é sequestrada do quarto de um hotel. Usando o pouco que sabe do idioma e da cultura francesa, Dr. Walker encontra dificuldades em lidar com a burocracia das leis da França. Sem outras alternativas, ele acaba infiltrando-se no submundo dos crimes para tentar descobrir o que realmente aconteceu com sua esposa. E conta com a ajuda de Emmanuelle Seigner que faz o papel de Michelle e tem um Fusca conversível 1970


The House of the Spirits – A casa dos Espíritos

A história do Chile da década de 20 aos anos 70 é contada através da saga da família Trueba, que começa com a união de um homem simples (Jeremy Irons), que fica rico, com uma jovem (Meryl Streep) de poderes paranormais. A saga se desenvolve até esta família ser atingida pela revolução, que no início da década de 70 derrubou o presidente Salvador Allende. Um Volkswagen 1300 1966 é presença constante neste interessante drama


Cidade de Deus

Nas favelas do Rio de Janeiro dos anos 1970, dois rapazes seguem caminhos diferentes. Buscapé é um fotógrafo que registra o cotidiano violento do lugar, e Zé Pequeno é um ambicioso traficante que usa as fotos de Buscapé para provar como é durão. O Filme é de 2002 e um Volkswagen 1300 da policia faz presença.

Os descendentes

O Buggy ou Bugue foi um sucesso nos Estados Unidos e no Brasil no final da década de 60 e durante a década de 70. Nos Estados Unidos eram muito usados na corrida no deserto Baja 1000. Era uma corrida rallye-raid para veículos fora de estrada (ou “off-road”) disputada na região da Baixa Califórnia no norte do México.

Volkswagen Typ 3. Saiba mais

O Karmann-Ghia. Saiba mais

A Brasília. Conheça

Uma das mecânicas mais versáteis do mundo é do Volkswagen com motor quatro cilindros opostos (Boxer). Equipou o Bianco, quase todos os carros fabricados pela Gurgel, o MP Lafer, Bugues, o Adamo, o Lorena, o Squalo, L’Auto Phor, Ventura, os primeiros Miura (nacionais), o Renha, o Jipe Jeg da empresa Dacunha, réplicas de antigos Bugatti 35 B, Alfa Romeo 1931 Monza, Mercedes-Benz 1929 Gazelle e até a motocicleta marca Amazonas utilizaram o motor VW a ar. Todos baseados nos Porsche refrigerados a ar. Originais ou réplicas. E o Puma

Os carros da Gurgel. Conheça

O SP-2 Conheça

O Bianco. Conheça

Usando mecânica VW, o Shark 1971 com carroceria feita pela família Trivellato, foi premiado! Conheça

A família Gol. Saiba mais

O motor Boxer foi usado no Porsche 356. Veja

E também no Porsche 911. Conheça

E no 914. Saiba mais

Belos Volkswagen de várias épocas.

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E o adesivo

Com a marca Volkswagen!


Texto, fotos Retroauto e fotos de divulgação. Foto do painel do modelo 1995 foi cedida gentilmente pelo amigo José Silvio Abras . Montagem Francis Castaings

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