Bricklin SV-1: Asas Canadenses

Os mais famosos carros com portas tipo “Asas de Gaivota” foram o Mercedes-Benz 300 SL que fez 70 anos em 2024, depois o experimental, da mesma empresa Mercedes C-111 em 1970, o Bricklin SV-1 que teve uma produção pequena. O Lamborghini Countach nascido em 1974 tinha abertura inspirada como o Alfa Romeo Carabo, outro experimental de 1968. Entre 1981 e 1982 o famoso DMC DeLorean também usou o mesmo recurso.

Neste século foi o italiano Pagani Huayra lançado em 2011, também com Asas de Gaivota. E um ano antes o alemão Mercedes-Benz SLS AMG em 2010. A sigla SV-1 significava Safety Vehicle One e seus para-choques já atendiam as severas normas americanas, eram retrateis. Sua visibilidade para frente e para os lados era ótima. para trás nem tanto.

O Bricklin foi ideia de um milionário americano chamado Malcolm Bricklin e foi desenhado por Marshall Hobart e Herb Grasse que ficou mundialmente conhecido por ter participado do desenho do Batmóvel. O canadense, foi fabricado em Saint John estado de New Brunswick.

O acesso para entrar ou sair, no Bricklin, não necessitava de muita ginastica. Em termos de mecânica em era inovador: motor dianteiro e tração traseira.

O primeiro propulsor foi um AMC, American Motors, com 5.899 cm³ e 245 cavalos a 4.800 rpm. Neste o torque saltava para 43,5 mkgf a 3.100 rpm. Era alimentado por um carburador de corpo duplo, mas com a mesma cilindrada havia um com carburador de corpo quádruplo e potencia entre 177 e 233 cavalos. Sua velocidade final ficava entre 190 e 200 km/h.

De série podia vir com: Três marchas automático, quatro manual BorgWarner T-10 e três FMX automatic. Se a cavalaria não era alta, pois a crise do petróleo, de 1973, já havia afetado toda a produção mundial. Seus freios dianteiros eram a disco e os traseiros tinham tambor. Os pneus eram na medida 235/60R 15 montados em rodas de 15 polegadas. Um motor Ford Windsor V8 foi utilizado entre 1975 e 76.

Por dentro, no centro, velocímetro graduado a 120 milhas por hora, 198 km/h e conta-giros graduado a 8.000 rpm. No centro mais quatro mostradores. Nível do tanque, temperatura do radiador em Graus Fahrenheit (°F), amperímetro e marcador de pressão do óleo. Tinha volante esportivo de três raios, bancos confortáveis, um carro para dois ocupantes, mas tinha um porta malas bom para um esportivo.

Foi um carro muito interessante que não passa despercebido. Suas medidas eram 2,438 metros de entre-eixos, comprimento de 4,536 metros, largura 1,7 e altura de 1,226 metros.

Pesava 1,597 quilos. Sua carroceria era em plástico reforçado com fibra de vidro apoiado num chassi com tubos reforçados

Foi apresentado no Riviera Hotel Las Vegas, no estado de Nevasca em 1974 As unidades fabricadas durante o ano 1975 tinham um motor V8 Ford 351 Windsor de 5,7 litros. Entre 1974 e 1976, apenas 2.854 carros produzidos. Custava 15% a mais que um Chevrolet Corvette C3, ou terceira geração. Os faróis escamoteáveis chamavam atenção tal qual os para-choques parrudos. O preço previsto foi de 3.500 dólares, mas chegou as ruas por 10.000 dólares.

É um carro muito raro em bom estado. Segundo o proprietário deste modelo, existem três em bom estado na Europa. Nos Estados Unidos, Canadá, Japão… cerca de 500 no máximo!

Texto, Fotos e montagem Francis Castaings. Demais fotos de divulgação no site são de Richard Roggero
As fotos com a marca Retroauto são gravadas com um software que permite a identificação. A detecção é fácil!
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