Chevrolet Veraneio – Linha C-14 – Renovação com novo desenho.
![Chevrolet Veraneio – Linha C-14 – Renovação com novo desenho.](https://retroauto.com.br/wp-content/uploads/2021/10/Veraneio-Chevrolet-site-2021-2.jpg)
Em 1964 começou a renovação da linha Chevrolet de utilitários. Eram a C-1404 (picape), C-1414 (cabine dupla) , C-1504 picape com caçamba longa e C-1410 ambulância. A C-1416 se tornou a Veraneio em 1967. Foi desenhada pelo americano radicado no Brasil Luther Whitmore Stier e foi inspirada no Chevrolet Suburban americana. E tinha linhas mais modernas que a quinta geração de 1960 e 1966 lá dos Estados Unidos.
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Tanto as picapes quanto a Veraneio estavam com linhas mais modernas e mais agradáveis. E eram tão modernas quanto as produzidas pela matriz nos Estados Unidos. A C-1414 com cabine dupla tinha apenas duas portas e a C-1416 quatro com ótimo acesso interno com as quatro portas. Era a primeira perua de porte maior a ter quatro portas. Dentro iam seis adultos com conforto relativo, pois na frente o túnel da transmissão incomodava quem ia ao centro. E tinha ótimo, com muito bom acesso, porta malas para alojar muitas bagagens! Eram 1.603 cm³ ou 3.548 cm³ com os bancos traseiros rebaixados.
Tinha 5,16 metros, 1,97 de largura, altura de 1,73 e peso de 1.870 quilos. E como os modelos 3100 (anterior a linha C), não era nada fácil estacionar uma Veraneio. Se fosse numa vaga de garagem de uma casa ou apartamento, a mesma tinha que ser larga!
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As diferenças básicas entre a picape lançada em 1964 e os modelos da década de 70 estavam nos quatro faróis circulares e nervuras no capô nos modelos anos 60. Havia a picape C-14, a C-1416, mas em 1965 já era conhecida como Veraneio.
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O motor da Veraneio quanto das picapes tinha seis cilindros em linha, longitudinal, 4.278 cm³, arrefecido à água, 149 cavalos, torque máximo de 32 m.kg a 2.400 rpm, alimentado por um carburador de corpo simples, três marchas com alavanca na coluna, tração traseira e herdava a tração positiva dos utilitários anteriores. Concorria com a Willys Rural,mas era bem mais cara.
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Era anunciada como o primeiro carro brasileiro a ter suspensão dianteira independente. Tinha molas helicoidais,braços inferiores triangulares, superiores simples e amortecedores telescópicos. Atrás molas helicoidais, amortecedores telescópicos, eixo rígido e braços tensores longitudinais. Fazia de 0 a 100 km/h em 18 segundos e sua máxima era de 144 km/h. Ótimos números para época ainda mais se tratando de um utilitário! Não era um carro econômico: O consumo médio era de 5,6 km/l de gasolina comum. Seu tanque tinha capacidade para 70,5 litros de gasolina o que não permitia grande autonomia numa viagem pelo nosso grande país. Como opcionais podia receber rádio, cinto de segurança pélvico e limpador elétrico de para-brisa com duas velocidades. O esguicho para levar o para-brisa era de série.
Em 1971 a Veraneio ganhava nova frente, com muitos cromados, e tinha um par de faróis circulares dentro de molduras quadradas. Também: Novo capô sem ranhuras. Calotas e pneus com faixa branca eram opcionais.
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E as cores metálicas começavam a fazer parte da linha Chevrolet. No interior de Minas Gerais e de outros estados há ótimos exemplares bem conservados!
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Apesar de ser um modelo imponente, trazia também o luxo e espaço para se rodar na cidade grande. Era um carro muito confortável na cidade e no campo. Na frente os bancos tinham divisão 1/3 e 2/3 para com regulagem de encosto e assento. E em 1973 aparecia a ótima opção da direção hidráulica muito bem vinda!
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Novo painel com dois mostradores circulares ao centro. Velocímetro graduado até 160 km/h, marcador do nível de tanque de combustível e temperatura do motor. Luzes espia ajudavam e orientavam o motorista.
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Em 1976, ela passou a ser oferecida com o motor 2.5 de quatro cilindros do Opala, com 87 cavalos a 4.800 rpm e 17 m.kg a 2.600 rpm e câmbio M20 de quatro marchas com alavanca no assoalho e um diferencial com a relação de 4,78:1
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Na versão Luxo ganhava teto de vinil e faixa lateral. Também assoalho acarpetado, revestimento de bancos e portas diferenciado. Os bancos dianteiros avançados e reclinados se juntavam aos de trás tornando uma cama de casal com certo conforto. No painel havia uma parte, de fundo, com plástico imitando madeira.
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Dois anos depois, em 1978, chegava a opção com motor diesel Perkins quatro cilindros com 3.867 cm³ com 82 cavalos à 25,6 m.kg. Sua velocidade máxima era de 125 km/h, mas era muito econômica. Seu consumo na cidade era de 8,1 km/l e na estrada 11,2 km/l. Razoável para o peso do carro.
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Por dentro volante de grande diâmetro, alavanca na coluna com três marchas, painel simples com velocímetro, marcador de temperatura da água, nível do tanque de combustível de 70 litros e luzes espia. Levava bem três passageiros na frente. No início da década de 70, tinha apenas dois faróis circulares na frente e para-choques cromados com garras na versão luxo.
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A grade das picapes era mais simples se comparada à Chevrolet Veraneio. A concorrência com a Ford F-1000 era grande e a General Motors tinha que renovar. A vantagem para a GM era que sua linha tinha muito mais versões de carroceria e motores que a Ford.
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Fez muito sucesso na polícia também. Conforto para os policiais e nem tanto para os presos que iam atrás com alguma ventilação. E sentados na “chapa”. A versão ambulância também fez sucesso igualmente a fúnebre para aqueles que partiam.
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Linha 1979 e o novo motor em 1981
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Novo capô e nova grade em plástico com dez retângulos melhora o visual já antigo. E o motor do Opala seis cilindros substituía o velho motor de 1964. Estava mais rápida nas acelerações quanto na velocidade máxima. Já havia versões movidas a álcool tanto para o motor com quatro cilindros quanto para o seis cilindros identificados pela cor amarela. As versões a diesel e a gasolina continuavam. Eram a A-10, C-10 e D-10.
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Tinha melhor acabamento interno. Com motor seis cilindros tinha 4.093 cm³, 122 cavalos na medida ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) enfrentava melhor os obstáculos. Era equipada com pneus 6,5 x 16 com seis lonas. A capacidade do tanque era de 88 litros!
Em 1983 a empresa ENGESA (Engenheiros Especializados S.A.), muito capacitada em vários setores civis e militares fez uma versão da picape D-10 e da Veraneio com tração 4 x 4. Usava rodas de 14 polegadas, quebra-mato na frente da grade dianteira, tubos Santo Antônio atrás do vidro traseiro e sobre eles faróis de longo alcance. Era equipada com pneus Off-Road com rodas de liga, suspensão mais firme e sua altura do solo era de 75 mm a mais que os 320 mm das picapes de série. Se destacava por faixas exclusivas. Observe o esquema abaixo do eixo cardã dianteiro e traseiro e a caixa de transferência entre eles. A mais procurada era a versão diesel, mas tinha a opção com motor quatro ou seis cilindros do Opala à álcool. Enfrentava lama e areia com tranquilidade!
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Desde o surgimento do motor quatro cilindros do Opala quanto do seis cilindros, o cambio manual de quatro marchas com alavanca no assoalho estavam disponíveis. A opção de caixa automática não foi proposta e ia agradar bastante a este veículo de porte avantajado. As relações de cambio, transmissão e diferencial eram diferentes do Opala. Com este propulsor de seis canecos aproveitava melhor a potência e a picape ficava muito agradável para dirigir !
Teve sua carreira encerrada em 1993. Veja também a história das picapes da linha C/K e Cheyenne
A sucessora série 10 e 20
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A carroceria original foi produzida até 1989, quando foi reestilizada para acompanhar as caminhonetes da Série 10/20. Porém, alguns anos antes, veículos similares à nova geração da Veraneio eram oferecidos no mercado de transformação de picapes, como a Brasinca Mangalarga. Esta geração era muito semelhante a americana fabricada entre 1973 e 1991. A área envidraçada era ótima. E a capacidade do compartimento de bagagens também! Eram 1.240 litros até a altura dos vidros e 2.340 até o teto. A capacidade de carga era de 870 quilos. A Brasinca foi contratada para fazer as novas carrocerias da Veraneio e da Bonanza. A semelhança com a picape americana Cheyenne Super 20 (abaixo) era evidente.
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A série 10 era com motor quatro cilindros (motor amarelo) e a 20 com o poderoso seis cilindros do Chevrolet Opala (motor pintado na cor azul. E tinha o motor Perkins diesel com quatro cilindros, 3.871 cm³ e 90 cavalos de potência.
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Foi disponibilizada com motores de quatro e seis cilindros em linha, movidos à gasolina, diesel (4 cilindros) ou álcool. Havia as versões Veraneio Custom S e Custom De Luxe que também eram grandes: Tinha 5,34 metros, 1,99 de largura, altura de 1,73 e peso de 2.230 quilos. E como os modelos anteriores, não era nada fácil estacionar! Era mais confortável, seis pessoas a bordo iam bem e tinham como opcionais trava elétrica nas quatro portas, vidros com acionamento elétrico, rádio AM-FM estéreo e um ótimo ar condicionado.
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No painel, com desenho e volante bem mais moderno e anatômico, ganhava o útil voltímetro e relógio de horas analógico. Tinha velocímetro graduado a 180 km/h, conta-giros a 6.000 rpm com a faixa vermelha começando em 5.500 rpm, nível do tanque de combustível e temperatura do motor. O volante de três raios com diâmetro mais adequado e pedal para o freio de estacionamento ao lado do pedal da embreagem. Na versão anterior exigia bons músculos no braço esquerdo para puxar a alavanca ! Na parte mecânica como novidade era o diferencial autoblocante Positraction. Abaixo um exemplar da Bonanza.
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E a picape derivada também com quatro portas.
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Em 1994, diante de modernos utilitários esportivos (SUV’s) importados como Jeep Cherokee, Ford Explorer, Nissan, Toyota entre outros, a Veraneio já se mostrava obsoleta, saindo de linha e tendo como substituto, o Chevrolet Blazer, muito semelhante a Suburban americana (abaixo), que também substituiu a Bonanza.
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Em Escala
As duas na escala 1/43 vendidas em bancas. Coleção Carros de Serviço e Carros Brasileiros
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Especiais
Um Veraneio com motor bravo e rebaixada.
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Outra com modificações
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Texto, Fotos e montagem Francis Castaings. Foto Veraneio linha 1989 de publicidade. Foto motor revista Quatro Rodas. Foto do carro de polícia é de autoria de Wellington Pereira companheiro dos encontros de miniaturas. Muito obrigado!
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