Ford Maverick OHC: Lançado em 1975. Há 50 anos.

Em 1975, uma boa surpresa chegava. Era novo motor de quatro cilindros em linha OHC com comando de válvulas no cabeçote, 2.300 cm³, taxa de compressão de 7,9:1 e 99 cavalos a 5.400 rpm. Seu torque máximo era de 19,9 mkgf a 3.200 rpm. Tinha quatro marchas a frente e tração traseira. Moderno, este motor equipava neste ano o Ford Mustang II e o Ford Pinto, e era fabricado em Taubaté no interior de São Paulo numa fábrica nova.

Passou a equipar também o Jeep, a picape F-75, a F-100 e a Rural.
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A opção de cambio automático Ford-O-Matic de três velocidades estava também prevista para este, mas era mais adequada ao V8.

Na frente sua suspensão tinha molas helicoidais, barras tensoras e estabilizadoras e amortecedores telescópicos de dupla ação. Atrás eixo rígido com molas semi-elípticas e também amortecedores telescópicos de dupla ação. Os freios tinham sistema hidráulico sendo a disco na frente e tambor atrás. Suas rodas tinham 14 polegadas e calçava pneus 6,45 x 14 diagonais. Econômico para sua classe, fazia até 11 km/l na estrada e seu tanque tinha capacidade para 61 litros.
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Em 1977 recebia pequenas, mas importantes mudanças. A grade do radiador estava com frisos verticais no lugar dos quadriculados e atrás recebia novas lanternas, maiores e bem mais visíveis, novas calotas envolventes e novos frisos. Novas cores estreavam assim como a versão luxo LDO (Luxury Decor Optional) que se distinguia por meio teto de vinil. Tinha novo desenho nos bancos e também novo acabamento em tecido. Agora podia optar por direção hidráulica e pneus radiais.
Ela não era pesada, mas o fato de ter seis voltas de batente a batente exigia um certo esforço. E os pneus com novos desenho deu ao carro uma estabilidade muito melhor. Novas calotas para os modelos de base, Super e Super Luxo estavam presentes.
Havia também a opção GT com quatro cilindros 2.300 OHC. Neste o OHC e o V8 ganhavam novo desenho no capô com novas entradas de ar e o farol de longo alcance passava a ser de série.

A faixa lateral também tinha novo desenho. Nos para-choques novos borrachões para proteção contra pequenos choques.

Nos Estados Unidos foram fabricados até 1979 cerca de dois milhões de Mavericks. Aqui no Brasil, terminada a produção, afetada pela crise do petróleo, também em 1979 após quase 110.000 unidades. O Corcel II já estava fazendo muito sucesso e a caminho, em 1982, chegaria o Del Rey.

Muitos ainda rodam com o Ford Maverick e são muito admirados.

Infelizmente foi um carro que durou pouco no Brasil, mas se tivesse, uma reestilização seria delicada principalmente no cupê.

No México, onde também foi produzido, chegou a ter uma versão Shelby Stalion, que tinha spoiler e aerofólio mais destacados. Mas o melhor estava debaixo do capô. Um motor V8 com 302 polegadas cúbicas que gerava 350 cavalos. Foram fabricadas poucas unidades, fez muito sucesso e hoje são muito raras. E também na Venezuela na cidade de Valência montados (CKD) Completely Knock-Down ou Complete Knock-Down, em inglês).
Nas pistas

Para promover o novo Ford Maverick com motor 2,3 OHC houve o Campeonato Torneio Sul Americano com duas provas e duas baterias. Uma em Brasília e outra em Interlagos. Moco, José Carlos Pace, simplesmente deu um show com seu carro azul número 10. Este pequeno desafio contou com o mineiro Alex Dias Ribeiro, a simpática presença do italiano Vittorio Brambilla e dos argentinos Luiz Ralph Di Palma e Jorge Recalde que comeram muita poeira. Os carros foram sorteados e eram idênticos. Valeu o braço do nosso Moco. Para fechar o ano com chave de ouro no Turismo venceu as 25 Horas de Interlagos ao lado de nomes muito prestigiados do automobilismo nacional
“O que é escrito sem esforço é lido sem prazer”

Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Representante/embaixador no Brasil do Club Vincennes en Anciennes
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