Galaxie: Os modelos do belo Ford que não chegaram aqui. O sedã cupê com coluna, o cupê fastback/Hardtop, o conversível e o sedã quatro portas sem coluna.

Galaxie: Os modelos do belo Ford que não chegaram aqui. O sedã cupê com coluna, o cupê fastback/Hardtop, o conversível e o sedã quatro portas sem coluna.

A geração do nosso Ford Galaxie correspondia aos anos 1965–1968 e era a terceira geração dos Estados Unidos. Mas modelos muito interessantes como o cupê fastback, o conversível, o sedã cupê com coluna e quatro portas sem coluna não chegaram aqui. E tinham uma gama de motores muito maior. O primeiro ser cogitado foi o Ford Fairlane (abaixo) a vir para o Brasil nos anos 50. Nosso modelo era o mesmo do sedã de 1966 americanos.

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O cupê sem coluna (fastback/hardTop) e o sedã sem coluna (hardTop) tinham 5,33 metros de comprimento, 2,0 metros de largura, 1,46 de altura e 3,032 de entre-eixos.

Sua carroceria monobloco era em aço estampado apoiada em chassi perimetral. Pesava cerca de 1.750 quilos. Seus faróis circulares, em número de quatro, ficavam em posição vertical, separados por uma grande grade cromada com frisos retangulares. Logo acima no grande capô as letras FORD separada e sobre este o mascote logo apelidado de “mira”. O desenho trazia três leões da família Ford. Alguns modelos como o que está baixo e noutros dessa matéria, ao invés do mascote havia um friso central mais pronunciado na frente.

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Outro modelo americano 1965. Tinha cinco opções de motores. Todos os modelos com motor dianteiro arrefecido a água, tração traseira e muito conforto ao rodar. O modelo base era um quatro portas, como o nosso, mas com motor longitudinal de seis cilindros em linha, que seria muito adequado ao Maverick, era chamado de Big-Six, com 3.933 cm³ e 157 cavalos a 4.200 rpm com uma taxa de compressão de 9,2:1, teria que usar gasolina azul aqui, era alimentado por um carburador de corpo simples Ford.

Tinha cambio de três marchas sendo que a primeira não era sincronizada. Havia também a opção Cruise-O-Matic automática com três velocidades e sua tração era traseira. Era o preferido dos taxistas por ser mais econômico Fazia 6,25 km/l em utilização urbana. Este Galaxie com este motor podia ter também a carroceria cupê fastback/hardtop ou não e também a conversível. Por conta de reforços na carroceria do cupê fastback e do conversível ganhavam peso. Era da ordem de 1.598 quilos para o cupê e 1.705 para o conversível. Logicamente os carros de polícia tinha motores mais potentes.

No caso do cupê fastback com acabamento XL recebia teto de vinil e calotas mais elaboradas com desenho esportivo. Os pneus eram na medida 7,35-15 e para as peruas eram 8.15-15.

A potência começava a aumentar com um V8 com de 4.736 cm³ e 203 cavalos. Para estes a velocidade ficava em torno dos 155 a 165 km/h. Era alimentado por um carburador de corpo duplo Ford, velas da marca Autolite e a capacidade do radiador era de 17 litros. Acima havia um como 5.768 cm³ e 254 cavalos. O tanque de gasolina tinha capacidade que variava conforme o modelo de 61 a 71 litros. O torque máximo era de 48,6 mkgf a 2.800 rpm. Era alimentado por um carburador de corpo quádruplo. As opções de acabamento eram a Galaxie 500, XL com acabamento e motor mais potente e também e LTD (Limited). Sua velocidade máxima era de 175 km/h. Para todos os modelos já citados levavam com conforto seis passageiros. O carro de polícia sedã cupê com coluna(acima) tinha acabamento interno e externo simples.

As peruas Ranch Wagon, Country sedan e Country Squire também podiam receber estes motores. Abaixo a mais luxuosa Country Squire com decoração de madeira na lateral. A capacidade de carga era ótima, abertura da porta traseira era ótima e poderia receber bagageiro. No modelo abaixo o mesmo mascote e calotas usadas em nossos modelos.

Abaixo um com 390 polegadas cúbicas (6.390 cm³). Tinha 269 cavalos a 4,400 rpm. Era alimentado também por um carburador de corpo quádruplo, velocidade máxima de 180 km/h e o consumo urbano de 5,4 km/l. Acima deste, com a mesma cilindrada havia o potente com 319 cavalos. Sua taxa de compressão de era de 10,5:1. Chegava aos 190 km/h e 58,9 mkgf de torque máximo a 4.600 rpm. Contava com duplo escapamento. Fazia 5 km/l numa época com gasolina com ótimo preço e qualidade. O modelo abaixo tinha capota com acionamento elétrico.

Para quem desejasse um pouco mais de potência havia o motor com 319 cavalos a 4.600 rpm, taxa de compressão de 10:1 e 58,9 mkgf de toque a 4.600 rpm para o Galaxie 500 X/L. Sua velocidade final era de 190 km/h. Mas fazia de 0 a 100 km/h em 9,0 segundos. A força bruta aumentava com os 6.997 cm³ e 415 cavalos. O carburador de corpo quádruplo era da marca Holley. Além do cambio de três marchas automático, tinha a opção de quatro mecânico com alavanca no assoalho. Chegava ao topo com 431 cavalos a 6.000 rpm, seu torque máximo era de 66,2 rpm a 3.700 rpm. Era alimentado por dois carburadores de corpo quádruplo e sua velocidade final era de 220 km/h. Fazia de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos. Tinha freios a disco na frente a atrás como os modelos com potência a partir de 345 cavalos.

Os mais luxuosos tinha ar condicionado, rádio AM-FM com toca fitas. Tinha bancos separado, reclináveis, controle de vidros com acionamento elétrico e alavanca de marchas no assoalho com quatro marchas manuais para os mais potentes ou automática de três velocidades. A capota de lona não comprometia a capacidade do porta malas de 400 litros. Cabiam muitas malas e apetrechos.

Era um carro grande mesmo para os padrões americanos. Muito confortável, silencioso e com ótimos bancos. Bom para passageiros e motorista. . Gostava de retas, não de curvas fechadas. Só as versões mais potentes que contavam com amortecedores e molas recalibradas. A suspensão dianteira era independente com molas helicoidais, barras estabilizadoras e amortecedores de dupla ação. Como é comum nos Estados Unidos o carro atrás tinha eixo rígido, molas helicoidais, barras estabilizadoras e amortecedores telescópicos também de dupla ação. Na parte interna das portas havia um bom acabamento e duas alavancas: Uma para subir e descer o vidro e outra para controle do retrovisor externo para as versões básicas. O descansa braço era de bom tamanho assim como a luz indicadora de porta aberta. Os pedais tinham ótimo tamanho e eram confortáveis. E o espaço para as pernas tanto para quem dirigia quanto para os passageiros era ótimo. Para destravar o freio de estacionamento havia um pequeno pedal muito prático e moderno. Para travar bastava usar um pequeno botão e dois toques. Abaixo um conversível premiado em Águas de Lindóia em 2013.                                                                                                   

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O modelo cupê fastback foi cogitado a ser produzido aqui. Faria sucesso! Logicamente todos com a opção de cambio seja automático ou mecânico tinham bancos separados e um belo console entre eles. O painel horizontal como o nosso era graduado até 120 milhas por hora. A direita havia um relógio de horas e o conta-giros sobre o console.

E tinha 30 opções de carpete para o assoalho e 23 cores diferentes para os bancos em várias tonalidades.

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Bonito em qualquer ângulo. A visibilidade traseira não era das melhoras, mas a beleza vence.

Outro do mesmo quilate.

Abaixo um modelo 500 1967. O ano modelo 1968,1969,1970, 1971, 1972 e 1973 já tinham outras carrocerias.

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A Station Wagon Country Squire de 1974.

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O imponente cupê. Como a perua acima pertence a quarta e última geração de 1969 a 1974. A versão LTD Brougham quatro portas era um supra sumo do luxo. E com para-choques parrudos conforme as leis rigorosas a partir de 1973.

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Os Diferentes e Especiais

Esta perua foi produzida pela Ford Brasil para circular dentro da fábrica. E não tinha nada haver com os modelos Ranch. Mas foi cogitada a ser produzida também.

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Era ideia da Ford fazer a linha completa. Sedã, cupês e peruas, mas a crise de petróleo em 1973 atrapalhou os planos segundo a imprensa na época. Uma pena, pois a General Motors com o Opala tinha uma linha quase completa. E a Chrysler como os Dodge Dart quatro portas e cupê. O Dart não havia versão perua nos Estados Unidos.

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E o conversível cupê da Sociedade Feminina de Autos Antigos (SFAA). Única! Trata-se de uma modificação do nosso quatro portas.

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Em Escala

Na década de 60 a Matchbox inglesa fez na escala 1/65 a versão do Galaxie 500 Bombeiros e Chefe de Polícia. Ambas muito atraentes. Neste século a Hotwheels lançou a versão 1964, o modelo cupê, com ressalto no capô tanto na coleção simples quanto na mais detalhada Garage.

A Greenligth fez modelos interessantes. Na série Black Bandit fez uma versão cupê conversível do modelo 1965. Na versão comum, também muito bem acabada fez um cupê Stock Cars e também um de polícia. Apreciáveis!

O Stock Car.

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O Hot Porsuit.

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Nas telas.

Hawaii Five-O

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Um dos mais longos seriados de TV era patrocinado por carros da Ford Americana. Nos Estados unidos chamou-se Hawaii Five-O e no Brasil Havaí Cinco-0. Este ótimo seriado norte-americano, era um policial, criado por Leonard Freeman, estrelado por Jack Lord que fazia o papel de Steve McGarrett, chefe do “Five-O”. Tinha como ajudante principal Danny Williams ou Danno (James MacArthur). Foram 12 temporadas, 279 episódios entre 1968 e 1980. O Tema de abertura “Hawai Five-0” obra de Morton Stevens fez grande sucesso mundial assim com a série é claro. Era mais comum ver Danno ou Kam Fong dirigindo os Galaxie sempre na cor preta. A maioria

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Havaí 5-0 era uma equipe de elite policial do governo local, sendo o nome uma homenagem ao estado, a famosa ilha, o quinquagésimo estado dos Estados Unidos. Era liderada por Steve McGarrett, oficial da Marinha aposentado, empossado pelo governador Richard Denning. Além de Dan Williams ainda havia Kono Kalakaua (Zulu) e Chin Ho Kelly (Kam Fong) que na realidade era oficial de policia, mas deixou o cargo devido ao sucesso da série. Esta era a equipe original.

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Só na 5ª temporada a equipe começou aumentar. Juntou-se a eles o sargento do departamento de polícia de Honolulu Duke Lukela (Herman Wedemeyer), Ben Kokua (Al Harrington), que substituiu Kono. Já na sétima Temporada, entrava em cena o detetive Frank Kamana (Douglas Mossman), que substituía Ben Kokua. Na oitava , o Sargento Duke Lukela era promovido a detetive da 5-0. E na décima segunda temporada, entraram na série James “Kimo” Carew (William Smith), Lori Wilson (Sharon Farrell) e Truck Kealoha (Moe Keale). Um grande sucesso mundial.

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Os carros que mais se viam nas mãos dos detetives eram da marca Mercury (Leia mais) e em segundo lugar vários Ford Galaxie da geração dos nossos. Muito bom.

The Invaders

Os Invasores (The Invaders) foi uma série de televisão de ficção científica criada por Larry Cohen e exibida nos Estados Unidos e no Brasil na década de 60 entre 1967 e 1968.

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O ator Roy Thinnes atuava como o arquiteto David Vincent. Numa estrada com pouca circulação numa noite ele vê uma nave, um disco voador chegando, pousando em uma fazenda e os seres alienígena que desejam invadir a terra são idênticos, se disfarçam de humanos. Interessante, boa história, belos Ford, mas uma pena que durou pouco.

Faixa Vermelha 7000

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Faixa Vermelha 7000 (Red Line 7000) é um filme americano de 1965 que conta a história de três pilotos da Stock Cars americana numa época áurea.

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Além de cenas ótimas nas pistas o premiado diretor Howard Hawks dirige com habilidade este que é estrelado por James Caan, Laura Devon, Gail Hire, Charlene Holt, John Robert Crawford, Marianna Hill e Skip Ward. Tem vários carros nas pistas que eram concorrentes, como o Plymouth Fury, Mercury Marauder, Dodge Coronet ou Mônaco o Galaxie 500, modelo cupê é claro, mostrando ótima performance. Merece ser visto, difícil de ser achado no Brasil.

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Winning

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Outro muito bom e com atores famosos é 500 Milhas (Winning) de 1969 com Paul Newman que faz o piloto Frank Capua, Joanne Woodward (sua esposa na vida real), Robert Wagner e Richard Thomas. Frank Capua é corredor de automóveis que pilota carros da Fórmula Indy, protótipos e Stock Cars. Este filme tem vários carros da marca Ford.

Nas filmagens Paul Newman se apaixonou de vez pelas corridas e participava quando as telas o deixavam livre. Na edição de 1979 das 24 Horas de Le Mans chegou em segundo foi o mais velho piloto a chegar nesta colocação, estava com 54 anos. Foi proprietário da Newman Hass equipe de Fórmula Indy. Em 500 Milhas aparecem vários famosos pilotos da época, tais como Bobby Unser, Tony Hulman, Bobby Grim e Dan Gurney. Ótimo filme, acha-se fácil em DVD e tem ainda muito boa trilha sonora.  Abaixo numa cena com um modelo Galaxie 500 1967 com a esposa real que no filme faz papel de namorada.

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The Simpsons

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Na série de desenho animado Os Simpsons, uma comédia criada por Matt Groening para a Fox Broadcasting Company aparecem vários carros interessantes, inclusive o Galaxie 500. Trata-se de um sátira da família americana que faz muito sucesso em vários países do mundo. A família é composta por Homer Jay Simpson, Marjorie (Marge) Bouvier Simpson, Bartholomew (Bart) Simpson, Elisabeth (Lisa) Marie Simpson e Margareth (Maggie) Simpson. O cotidiano deles se passa na cidade de Springfield e satiriza a cultura e a sociedade americana, a televisão e vários aspectos dos humanos. Sua estreia foi em dezembro de 1989 e já foram exibidos 554 até hoje episódios.  Para todas as idades.


Nas Pistas

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Aqui no Brasil correu na categoria T5000, carros com cilindrada perto ou acima de 5.000 cm³ junto com o Maverick e o Dart. Tinha poucas unidades na largada, a maioria dos pilotos preferia os outros citados. Um deles, o mais destacável, tinha frente bem modificada, aerodinâmica e carroceria com algumas alterações, era muito interessante. Se fosse o cupê…

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Nos Estados Unidos corriam em ovais, pistas rápidas e inclinadas com curvas muito abertas como Riverside, Daytona, Indianápolis, Talladega, chegando perto dos 310 km/h. Eram corridas muito emocionantes, milhares de expectadores e telespectadores durante o ano, muitos patrocinadores, um colorido muito bonito.

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Chegaram a ser transmitidas aqui no Brasil numa época em que só tinha canais abertos. Garantia de divertimento. Pilotos como A. J. Foyt (pilotando um Galaxie), Dan Gurney e Richard Petty, um de seus concorrentes eram presenças constantes.

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Eram carros protegidos por gaiolas bem construídas, robustas, portas soldadas, interior com o mínimo necessário e peças de fibra como capô e tampa do porta-malas. A potência em cavalos estava por volta dos 600 e cilindrada em torno dos 7.000 cm³. Não tinham condições de correr em pistas com muitas curvas para despejar toda a potência nem competir na categoria GT ou protótipos em provas de longa duração de 12 ou 24 horas. Mas eram fortes e muito velozes!


O cupê 7 – Litre

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Em 1966 este Galaxie mais potente estava enquadrado na categoria “Full Size Sedans” e competia com o Chevrolet Caprice, o Chrysler 300, o Pontiac Grand-Prix, o Dodge Polara americano, o Mercury Montclair e o Rambler Ambassador. Unia conforto, luxo e muita potência fazendo de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos e chegando a final de 210 km/h. Tinha 428 polegadas cúbicas, 345 cavalos a 4.600 rpm, taxa de compressão de 10,5:1 e torque de 63,0 mkg.f.

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Era um modelo especial com quatro freios a discos e o preferido de quase todos os pilotos da Nascar. Não era um carro, se fosse aproveitar da usina, para amadores.