Jaguar MKX 420: A Elegância do Felino
A marca inglesa do felino sempre foi sinônimo de esportividade junto com sofisticação desde sua fundação em 1922 quando se chamava Swallow Sidecar Company.
O desenho das carrocerias dos carros da Jaguar Cars Ltd, de todas as gerações, são distintos e sofisticados. Não seguem modismos, são clássicos, elegantes e atraentes.
Na década de 50 os modelos da série MK VII (acima), MK VIII e MK IX já estavam com carrocerias envelhecidas frente a concorrência de carros de luxo. Eram automóveis rápidos, porém o estilo já não fazia mais sucesso. As linhas eram muito curvas e a área envidraçada reduzida.
Porém os homens da casa de Browns Lane, situada em Coventry, na Grã-Bretanha, sob a orientação de Sir William Lyons, presidente da empresa, já trabalhavam num sucessor digno. Os testes do novo sedã já estavam em fase final em 1959.
Foi assim que, no Salão de Londres de 1961, o maior Jaguar já construído foi apresentado ao público. O MK X era um sedã de quatro portas, três volumes, de linhas muito bonitas, harmoniosas e elegantes. Não seguia a tendência mundial de carros com linhas extremamente retas. O carro tinha 5,13 metros de comprimento e 1,93 de largura.
As linhas de trás da capota lembravam um pouco a do irmão menor Mark II. O charme ficava por conta do último vidro traseiro que se abria, como um quebra-vento traseiro.
A grade seguia o estilo tradicional da empresa, sendo que tinha duas entradas de ar redondas ladeando esta. Quatro faróis redondos, sendo que os centrais eram de diâmetro menor e pequenas luzes de seta completavam o grupo ótico dianteiro. Era um carro de classe.Fato curioso e que este foi o último modelo a ter o emblema do felino em metal sobre o capô. Leis de segurança…
O motor dianteiro, longitudinal, de seis cilindros em linha, arrefecido a água, com duplo comando de válvulas, era alimentado por três carburadores da marca SU. Este propulsor era o mesmo do antigo modelo XK e tinha a mesma potência do novo modelo esportivo Jaguar Type E (Saiba mais) , ou seja, 265 cavalos a 5.500 rpm. O suficiente para levar os quase 1.900 quilos do veículo a 190 km/h. Excelente desempenho para a época e para o porte do MK X. Como o irmão esportivo, o capô do motor se abria de trás para frente. Um toque de esportividade
Sua caixa de marchas poderia ser uma mecânica de quatro velocidades, sendo que a primeira não era sincronizada, da marca Moss, com overdrive opcional e alavanca no assoalho, ou uma automática Borg-Warner modelo DG com três velocidades e alavanca na coluna de direção. Sua tração era traseira.
Por dentro o luxo era destacável. Todo painel dianteiro e contornos de portas estavam cobertos de madeira envernizada nobre. A instrumentação a serviço do motorista era completa e de inspiração aeronáutica. Na frente do volante de dois raios estavam o velocímetro e o conta-giros. Os demais relógios ficavam ao centro.
Não houve economia no couro Connolly Vaumol liso empregado em bancos e forrações. Tanto na frente quanto atrás havia descanso braço central para os ocupantes. Atrás dos bancos dianteiros reclináveis, havia pequenas mesas e também pequenos espelhos retangulares para as “Ladies” retocarem a maquiagem. Um carro romântico e muito aconchegante. Na versão limusine havia separação entre o chofer e banco traseiro. Neste caso havia um mini bar disponível.
No início de produção, a maior parte das vendas era destinada a países do Commonwealth, portanto automóveis com direção do lado direito. Era o preferido das representações diplomáticas inglesas em todo o mundo.
Um ano antes, a Jaguar havia adquirido a Daimler e este tinha um motor V8 de 4.500 cm³ que equipavam suas limusines DS 420 que chegaram a ser testados no MK X, com ótimos resultados, mas não foram colocados em produção para não ofuscar o nome Jaguar neste automóvel recém-lançado.
Em 1965 era lançada a versão Mark X 4.2. O motor passa agora a ter 4.235 cm³, mesma potência em cavalos, mas o torque aumentava para 39 mkgf a 4.000 rpm. Bem-vinda também era a nova caixa mecânica de quatro marchas Jaguar totalmente sincronizada. Para parar com segurança dispunha de quatro freios a disco da marca Dunlop.
Apesar do peso considerável, não faltava fôlego nesta bela mecânica e sua velocidade máxima era de 197 Km/h, chegava aos 100 km/h em 10 segundos e os primeiros 400 metros eram vencidos em 16,7 segundos. Este também ganhava alternador aposentando o dínamo. Como o motor anterior, este também era silencioso e muito equilibrado ao rodar. Para aumentar o conforto ganhava ar condicionado como opcional.
Era um excelente veículo para longas viagens em auto-estradas, porém também não vazia feio em caminhos sinuosos apesar da grande inclinação em curvas muito fechadas. Usava pneus 205 x 14 com rodas de aço estampado. Sua suspensão era independente nas quatro rodas sendo que a dianteira tinha molas helicoidais e amortecedores telescópicos. Atrás tinha molas duplas combinadas com amortecedores telescópicos. A carroceria era monobloco. Este modelo iria enfrentar o Bentley serie T, o Cadillac De Ville, O Lincoln Continental (conheça) , o Maserati Quattroporte e o Mercedes-Benz 300 SE.
Em 1967 uma nova versão chega: – a 420 G. Trazia pequenas alterações externas como nova grade, frisos e calotas mais modernas. Por fora a pintura bicolor da carroceria que foi bem aceita num carro deste gabarito. Poderia ser preto e prata, preto e bege metálico, azul escuro e azul claro e verde claro com verde “Racing”.
Neste ano também os testes com seu sucessor, o Jaguar XJ (conheça), já estavam bem adiantados. Deixou as linhas de produção em 1970 após 25.211 exemplares produzidos.
Nos Encontros
Em Escala
Todas na escala 1/64. A marrom e a prata são da marca Matchbox e faziam parte do catálogo na década de 60. A vermelha, de polícia, é da Husky também inglesa.As outras são personalizadas, de séries especiais, são cupês da marca Hotwheels.
Texto, Fotos e montagem Francis Castaings. E Fotos de divulgação
© Copyright – Site https://site.retroauto.com.br – Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução de conteúdo do site sem autorização seja de fotos ou textos.