Lada Niva – O utilitário russo da AvtoVAZ.

Lada Niva – O utilitário russo da AvtoVAZ.

Um russo muito afamado é o Lada Niva 4 x 4. Sua produção começou em 1977 e tem motor Fiat, originário do sedã 124, com quatro cilindros com 1.569 cm³ e 81 cavalos alimentado por um carburador Weber.Em 2015 ganhou um motor 1.7 com injeção eletrônica monoponto com 80 cavalos e muitiponto com 83 cavalos em 2015. Niva em russo quer dizer campo de trigo. Lá foi produzido com carrocerias picape e um charmoso “conversível” com capota de lona sobre a cabine. Em 1981 o Niva foi equipado com motor 1800 Turbo e conseguiu seu primeiro pódio no Rali Paris-Dakar. Fabricado também na cidade de Togliatti no sul da Rússia. O modelo abaixo está em Belo Horizonte, Minas Gerais. Raro neste belo estado!

Quando acabou com a reserva de mercado para automóveis em 1990, a primeira marca estrangeira a chegar oficialmente foi a Lada, através do seu representante para a América Latina sediado no Panamá. Ocorreram alguns meses antes, entretanto, algumas importações de veículos por particulares.

No Rali Paris Dakar ganhou caixa de marchas Porsche. E era importado para França por um representante das marcas alemãs Hansa, Borgward, Facel Vega, França, Skoda, República Tcheca, Moskvitch, Russia, Daihatsu, Japão, na época. Era vendido pela importadora do empresário Jacques Poch. Chegou a ter 350 concessionários e agencias na França. Em 1993, a Lada-Avtovaz comprou ativos da empresa Poch, para criar a holding Lada International. Estes carros são agora distribuídos pela Lada France, uma subsidiária direta da marca soviética. Em 1982 e 1983 conseguiram o segundo lugar geral

Em 1990 e 1991 os importados chamavam muita atenção no Brasil. A partir de  1992 em o Niva ganhou outros competidores externos. As vendas começaram a cair e em 1997 a Lada saiu do Brasil.

Seu painel era muito bom. Ao centro conta-giros graduado a 8.000 rpm, velocímetro a 160 km/h. Na lateral havia termômetro de temperatura da água do radiador e nível de combustível. Havia três alavancas no assoalho. Alavanca de câmbio, cinco marchas, seletor do bloqueio de diferencial e reduzida.

Nota: Não houve problemas com peças da Lada enquanto estavam no Brasil. Foi uma das mais preparadas empresa de importação quando da abertura para compras de carros no exterior em 1990. tinha um centro logístico na cidade de Barueri – São Paulo enorme e completo, com um estoque de peças farto. Os problemas começaram a ocorrer anos depois, justamente por terem deixado o mercado Brasileiro. E os carros 1.000 eram lançados por todas as fábricas e concorriam com os Lada. A Gurgel fechou as portas em 1994 e os Niva também eram bem mais baratos.

Seu motor com quatro cilindros em linha, em posição longitudinal, era arrefecido a água. Tinha 1.568 cm³, potência de 74 cavalos a 5.200 rpm, taxa de compressão de 8,5:1 e era alimentado por um carburador de corpo simples. Tinha comando de válvulas no cabeçote. Seu torque máximo era de 12 mkgf a 3.200 rpm. Detalhe interessante que a abertura do capô, em direção à frente, apesar da idade do projeto, era correta e com amplo espaço para manutenção. E contava com circuito selado de arrefecimento. Fazia de 0 a 100 km/h em 23 segundos e sua velocidade máxima era de 135 km/h. O consumo urbano era de 8,5 km/l e na estrada beirava os 13 km/l.

Sua suspensão dianteira era independente, sobre bandejas móveis transversais com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Atrás eixo rígido com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos com 4 barras tensoras longitudinais e uma transversal. Sua rodas eram em aço, estampadas, aro 16, fixação com 5 porcas. Os Pneus radiais na medida 175/80 R16 e os Lameiros 6.95×16. O estepe ficava na frente como o nosso Fiat 147

Existem vários clubes 4 x 4 que utilizam e elogiam o Niva no Brasil e exterior


Nota: Carros que não vieram com problemas crônicos de fábrica, não são problemáticos. Aqueles que tem manutenção adequada sempre tem vida longa em boas mãos.


Na Rússia e na Europa

O modelo mais famoso, é o que veio para o Brasil e exportado, principalmente na Europa é a versão com entre-eixos curto, denominado pela fábrica como BA3 2121.

Na França é chamado de baroudeur ou aventureiro. Rústico, mas bem aceito. Incomodou muito a concorrência, pois seus preços eram muito mais atraentes, principalmente por quem queria praticar “Fora de Estrada”. Ganhou no preço e na robustez dos Jeep da América, dos Suzuki e Toyota do Japão e de vários na Europa que eram bem mais caros.


 “O que é escrito sem esforço é lido sem prazer”

Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Demais fotos de publicação do site                                                           

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