Lendas de Le Mans: Ferrari 250 GTO (Gran Turismo Omologata )
Três letras mágicas de um dos mais belos e admirados Ferraris. Foram produzidos 33 em 1962 e 1963, mais outros três em 1964. Capô longo, dois lugares e traseira truncada (Coda Tronca em italiano). Foi feita para o campeonato Mundial de Construtores/Marcas que hoje de chama Endurance. Sua criação era destinada as corridas e fez bonito na categoria GT. Nas laterais três entradas de ar, sobre o capô, mais três tipo Naca acima da grade. E mais duas sobre o capô para as cornetas de aspiração respirarem melhor.
Um de seus famosos proprietários é Nick Mason baterista da famosa banda Pink Floyd. E a utiliza muito nas Corridas de Veículos Históricos de Competição (VHC). Este belo carro de corridas tem chassi curto (Passo corto) a maioria e também chassi longo. Tinha comprimento, usando o chassi curto, era de 4,40 metros, largura de 1,65, altura de 1,24 e entre-eixos de 2,40 metros. Pesava 880 quilos. Sua carroceria era em alumínio.
O desenvolvimento e desenho do carro contou com a colaboração de Giotto Bizzarrini. Seu chassi tinha longarinas tubulares de seção oval e a parte interna também com sessões oval. A construção era da Scagileti. A parte técnica era comandada pelo engenheiro Mauro Forghieri.
Seu motor era um V12 dianteiro, a 60 graus, longitudinal, 2.935 cm³, virabrequim com sete mancais, comando de válvulas no cabeçote, alimentado por seis carburadores Weber de corpo duplo e taxa de compressão de 9,6:1. Sua potência era de 300 cavalos a 7.400 rpm. Fazia de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos e sua velocidade final era de 283 km/h.
Sua caixa de marchas tinha cinco velocidades e sua tração era traseira. Sua direção era por pinhão e cremalheira comandada por um belo volante da marca Nardi com aro de madeira e raios de metal. Fazia um belo conjunto com um painel muito rico em instrumentos. No centro havia um conta-giros graduado a 10.000 rpm. A esquerda temperatura do motor, nível de combustível e pressão de óleo. A direita nível e temperatura do óleo. A famosa grelha de encaixe das marchas estava lá bem ao lado do volante. Nesta época e até hoje a direção fica do lado direito para facilitar a entrada e saída do piloto nas paradas do boxe.
Sua suspensão dianteira era independente com duplos triângulos superpostos, atrás eixo rígido e molas semi-elípticas. Fez uso de um sistema de barras laterais de posicionamento do eixo traseiro (Paralelogramo de Watt) melhorou consideravelmente a estabilidade do carro. Molas helicoidais também foram montadas na traseira como auxiliares aos feixes de mola tradicionais, diferentes dos modelos convencionais de rua.
Nas pistas foi vencedor:
Em 1962 e 1963: vitória na categoria GT 3.0 nas 24 Horas de Le Mans , com a escuderia belga com Pierre Noblet e Jean Guichet. Depois com Jean Blaton e Gérard Langlois von Ophem. Também nestes dois anos as Nove Horas de Kyalami, África do Sul, com David Piper e Tony Maggs. Mais: Troféu Auvergne, RAC Tourist Trophy, Copa do Salão de Nassau, Tourist Trophy, 12 Horas de Sebring nos Estados Unidos na categoria GT 3.0. As 3 Horas de Daytona, 6 Hors de Dakar, 500 Quilômetros de Spa, na Bégica, RAC Tourist Trophy, Tour de France Automóveis categoria GT com Jean Guichet e Jean Behra).
Em 1964: 2.000 Quilômetros de Daytona, nos Estados Unidos, Troféu Sussex de Goodwood na Inglaterra, Seis Horas de Dakar, Silverstone International, 500 Quilômetros de Spa, Grande Prêmio de Portugal, Tour/Voltas da França na categoria GT com Lucien Bianchi e Georges Berger. A Copa F.I.S.A. de Monza, 12 Horas de Sebring na categoria GT 3,0 litros e em 1965: Copas de Velocidade em Montlhéry na França.
Títulos: Campeonato do mundo de carros esporte em 1962, 1963 e 1964 na Divisão III (Mais de 2,0 litros.
Abaixo a versão 250 GT Drogo
Sucesso no passado e hoje nas Corridas de Veículos Históricos (VHC)
Texto e montagem Francis Castaings. Fotos de divulgação e Organizações Peter Auto
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