Mercedes-Benz classe R107: 50 anos em 2021

Mercedes-Benz classe R107:  50 anos em 2021

Em abril de 1971  nascia a terceira geração dos Mercedes SL. Era o projeto R107 sendo que o R era de Reihe que quer dizer série em alemão.

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Com linhas muito modernas seguia a tendência sofisticada. Também não tinha o propósito de seu um super carro como o Asa de Gaivota. Suas linhas retas eram equilibradas. Era oferecido na versão cupê e conversível.

Na frente, além da grade horizontal com o escudo ao centro, inaugurava na linha os faróis retangulares. As lanternas traseiras também eram retangulares e as lentes de setas, tanto na frente quanto atrás, avançavam para a lateral dos para-lamas. Crescia em tamanho e peso. Media 4,39 metros, 1,79 de largura, 1,30 de altura com capota rígida e entre-eixos de 2,46 e pesava 1.544 quilos. Abaixo um dos primeiros modelos exportados para os Estados Unidos ainda sem os para-choques enormes (Mais 25 centímetros) . Sua carroceria era monobloco e havia um pequeno banco opcional tal qual a capota rígida que também era. A capota de lona era retirada com uma chave/ferramenta a partir do para-brisa e facilmente dobrável em seu compartimento traseiro destacado, cuja tampa deste era muito bonita. O porta malas que tinha capacidade para 252 litros. Ótimo para um esportivo!

Outra novidade na série SL era o motor com oito cilindros em “V”. Dianteiro, arrefecido a água, seu deslocamento volumétrico era de 3.499 cm³.

A potência desenvolvida era de 200 cavalos a 5.800 rpm. O torque máximo era de 29,2 mkgf a 4.000 rpm. Com duplo comando de válvulas fazia de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e chegava a velocidade máxima de 210 km/h. Sua tração era traseira e a caixa de marchas tinha cinco marchas. Já encarava alguns esportivos.

Mais potente era a versão 450 SL apresentada em 1973. Também com oito cilindros em V, a cilindrada era de 4.520 cm³. Mais potente, desenvolvia 225 cavalos a 5.000 rpm.

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A taxa de compressão era de 8,8:1. O torque máximo era de 38 mkgf a 3.000 rpm. Como opcional poderia receber caixa de marchas automática de três velocidades com conversor de torque. A velocidade máxima final era de 215 km/h. 

Seus concorrentes em preço e performance eram os italianos Alfa Romeo Montreal, , o Ferrari Dino, o Pantera, o inglês Jaguar XJ cupê, e os alemães BMW 3.0 SI e Porsche 911 S. Muito interessante também foi a versão lançada no Salão de Paris no final de 1971. Tratava-se do modelo SLC com teto fixo.

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Mais longa, media 4,74 metros e a distância entre eixos era de 2,28 metros. Por este motivo havia mais espaço atrás para dois ocupantes o que era inexistente na versão mais curta.

Nesta, eram apenas representativos. O banco podia ser abaixado e havia um vão com comunicação com o porta-malas que era bom para um modelo 2 + 2. Os estofamentos, muito confortáveis, tinham descansa braço tanto na frente quanto atrás. Podiam ser revestidos de couro ou tecido de ótima qualidade.

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A visibilidade, no modelo curto, que já era boa, neste mais longo estava melhor. O vidro traseiro lateral tinha uma veneziana interna que variava de comprimento. Um charme a parte. 

O acabamento deste Benz, seguindo a tradição da casa também era muito bom. Os bancos em tecido ou couro, tinham ótimo tratamento. O volante acolchoado (preocupação com a segurança), era de bom tamanho, tinha boa pega assim como a alavanca de marchas. Tanto a mecânica quanto a automática. O painel tinha três grandes mostradores a frente do volante. Era bem completo e muito bonito. A esquerda tinha indicador de temperatura, nível do tanque e pressão do óleo. Ao centro velocímetro graduado a 240 km/h e conta-giros a 7.000 rpm com zona vermelha começando a 6.300 rpm. No centro, entre as entrada de ar para ventilação, vinha um relógio de horas( que foi integrado ao painel central a partir de 1973) ou um termômetro para medir a temperatura externa dependendo da versão. O apoio de cabeça e cintos de três pontos eram de série a partir de 1973.

Em julho de 1974 recebia um novo motor, menos potente, mas moderno. Tudo por causa da crise petrolífera deflagrada em 1973. O propulsor do 280 SL era um seis cilindros em linha, longitudinal, com 2.746 cm³ que desenvolvia 185 cavalos a 5.800 rpm. Era alimentado por uma injeção mecânica Bosch K-Jetronic. Tinha duplo comando de válvulas que era no cabeçote fundido em alumínio. Taxa de compressão de 9:1 e virabrequim com sete mancais. Era um motor silencioso e sem vibrações. Fazia 205 km/h com a caixa manual marca Getrag, e 200 km/h com caixa automática. Tinha freios a disco nas quatro rodas sendo que os dianteiros eram ventilados. Seu tanque tinha capacidade para 90 litros e era capaz de atravessar a Europa a 160 km/h!

Sua taxa de compressão era de 9:1. Mantinha o duplo comando de válvulas no cabeçote e dispunha de um cambio manual de quatro velocidades. A velocidade máxima era de 205 km/h. Podia equipar a versão Hardtop, a conversível ou a SLC. A suspensão era independente nas quatro rodas, com braços triangulares superiores e trapézios inferiores. Na frente e atrás molas helicoidais e a amortecedores telescópicos. Sua direção tinha assistência hidráulica. Usava pneus 185/70 HR 14 e os nas verões mais potentes 205/70 VR 15 que era opcional. As rodas básicas eram em aço estampado com 14 polegadas, com calotas com pintura central na mesma cor do carro. As rodas de liga leve eram opcionais, aro 15, 30 quilos mais leve e durante a produção havia dois modelos distintos. Abaixo um modelo com capota rígida que pesava 40 quilos! Colocada e retirada a dois! A extensão cromada das caixa de rodas era opcional e dava um certo requinte.

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Em 1980 todos os modelos da linha tinham pouquíssimas diferenças na carroceria. A única diferença era um discreto aerofólio dianteiro e um traseiro também pequeno apoiado harmonicamente na tampa do porta-malas. E o automóvel ainda era muito atraente. E já contava com freios ABS ( O ABS (Anti-lock Braking System) é um sistema de frenagem que evita que a roda bloqueie e entre em derrapagem quando o pedal do freio é pisado fortemente). E o volante estava um centímetro menor em diâmetro. Muito mais adequado que o anterior!

O motor intermediário da linha era o 380 SL. Com 3.818 cm³ e oito cilindros em V, desenvolvia 218 cavalos a 5.500 rpm e o torque máximo era de 31,1 mkg a 4.000 rpm. Era vendido exclusivamente com caixa automática e a velocidade final era de 215 km/h. Era calçado com pneus 205/70 VR 14. A estabilidade era muito boa saindo de traseira no limite.

Mais potente era o 500 SL. O V8 tinha 4.973 cm³, taxa de compressão de 8,8:1 e despejava 240 cavalos a 4.750 rpm. O torque máximo era de 41 mkg a 3.200 rpm. Também neste, só a caixa automática estava a disposição. Sua velocidade máxima era de 225 km/h e custava 30 % a mais que a versão 280. 

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A escalada da cilindrada começava. E agradava muito os clientes norte americanos que sempre apreciaram as polegadas cúbicas em grandes números.

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Todos esses motores equipavam também a linha dos grandes sedãs S. Tinham apenas algumas diferenças de potências. E eram mais econômicos. 

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Neste ano (1981) também a versão SLC era descontinuada sendo substituída pela nova série SEC também com tendências esportivas. Mais moderno começou a ofuscar a série SL que já estava envelhecendo. Abaixo um conversível que veio dos Estados Unidos. Em 1985 contava com Air-Bag (Bolsa Inflável instalada dentro da parte central do volante e mais recentemente no painel e laterais ) para os passageiros da frente. Já eram usados nos Mercedes-Benz Classe S desde 1980. Nota: Em 1966 a Mercedes-Benz começou a desenvolver o airbag. O professor Guntram Huber, foi responsável pela engenharia de segurança da marca alemã por algumas décadas e responsável pelo desenvolvimento deste importantes item de segurança. Em outubro de 1971 a Daimler-Benz AG solicitou o registro de uma patente intitulada “dispositivo de proteção para os ocupantes de um veículo motorizado”.

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Sem maiores alterações esta série, a mais longeva dos SL permaneceu em produção até 1989. Entre 1971 e 1989 foram produzidas 300.175 modelos sendo 237.287 do modelo SL e 62.888 do modelo SLC. Um sucesso!


Nos Estados Unidos

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Para os Estados Unidos iam com para-choques maiores que o deixava um pouco desajeitado. Tanto ele quanto todos os modelos de outras marcas. E também faróis duplos (Sealed Beam) dianteiros por causa de exigências locais. As vendas eram muito boas. Cerca de 63% da produção foram para os Estados Unidos.

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Nas telas: O casal mais elegante e sofisticado da televisão na década de 70 e 80, os Hart, que faziam a série Casal 20, tinham dois exemplares em sua garagem. Ele era Jonathan Hart (Robert Wagner) e ela Jennifer Hart (Stefanie Powers) Tinham em sua garagem, os modelos  Mercedes Benz 450 SL ano 1979, de cor amarela e interior marrom escuro e o outro, também amarelo, de 1983, conversível, versão 380 SL com interior preto.Também no seriado Dallas, O Homem de Seis Milhões de dólares… era um astro coadjuvante.

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Texto, Fotos e montagem Francis Castaings. Demais fotos Daimler Benz AG Heritage

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