Volkswagen 1600 S – O Bizorrão Super Boxer foi lançado em 1974. Há 50 anos!
O Volkswagen 1600S, uma série especial do Fusca, muito apreciada hoje, foi fabricado no Brasil entre 1974 e 1975 e foram produzidas 5.675 unidades. Eles receberam a numeração especial nos chassis. Por volta de 500 modelos do Bizorrão ainda estão circulando.
O Super Fuscão 1600 S tinha rodas de 14 polegadas, no centro a pequena capa preta plástica. Com desenho diferente e nesta configuração tinha mais estabilidade que os outros modelo VW.
O interior oferecia um pouco de requinte: forração interna com carpete em tecido bouclé e, para alegria dos jovens casais, bancos reclináveis até o banco de trás. O volante de três raios da marca Walrod, com aro de metal em preto fosco era bem vindo assim como alavanca encurtada tornando-o mais preciso. O 1.6 boxer de 65 cavalos vinha do Volkswagen Brasília, mas com cinco cavalos a mais graças à dupla carburação (dois de corpo simples)
No painel tinha mostradores bons como conta-giros graduado a 6.000 rpm, relógio, amperímetro e termômetro de óleo, indispensável em motores a ar de alta performance.
No painel o radio AM de qualidade. Mas o som vindo de fora agradava muito: O ronco do escapamento esportivo na traseira, tinha só uma saída, ameaçadora, voltada para a esquerda. A escala final do velocímetro era otimista: A graduação era de 160 km/h, fazia de 0 a 1000 metros em 40 segundos, final de 136 km/h, na melhor passagem 140 km/h, 0 a 100 km/h em 15,5 segundos suficiente para assustar o Chevrolet Chevette e o Dodge 1800 ambos lançados em 1973. E também era mais ágil na arrancada que seus irmãos Brasília, Karman-Ghia , o esportivo SP-2 e o concorrente Ford Corcel GT. Para a época era um desempenho bom, garantindo diversão. Seu tanque como nos demais Fuscas tinha capacidade de 40 litros, mas o consumo era menor que o modelo com 1.500 cm³. Era de 8,5 km/l em trânsito urbano pesado e na estrada fez 9,6 km/l a mais de 110 km/h. Sem aliviar o acelerador.
Bem distinto. O sobre aro era um acessório de época que combinava bem com o estilo
Visto de trás. A tomada traseira era chamado de captador extra de ar. Era na cor preto fosco.
A propaganda publicitária como muitas gírias buscava identidade com o público jovem, chamando-o de Bizorrão.
Todos com cores vivas típicas da década de 70
Os pneus diagonais 175 S14 deixavam a desejar, merecia pneus radiais, mas ainda assim sua tocada era rápida e arisca: as rodas mais largas aumentavam as bitolas (distância entre as duas rodas) e a barra compensadora/estabilizadora atenuava as saídas de traseira, dando muito prazer a motoristas habilidosos. Merecia uma suspensão um pouco rebaixada sem excesso. Os freios dianteiros a disco eram de série. Numa freada pânica a 100 km/h até parar precisava de 36 metros
A entrada de ar preta traseira e o 1600S destacado era sua principal identificação. O “1600” em plástico cromado e o “S” vermelho ficaram bem posicionados, de fácil identificação e bom gosto sem exageros.
As amarelo Imperial, vermelho rubi e branco lótus
Ficha técnica: Motor traseiro, 4 cilindros boxer, 2 válvulas por cilindro, alimentação por dois carburadores Solex 32 PDST. Cilindrada: 1.584 cm³, taxa de compressão de 7,2:1 e potência de 65 cavalos a 4600 rpm. Seu torque era de 12 mkgf a 3000 rpm. O câmbio manual de quatro marchas, alavanca mais curta, tração traseira. Tinha as mesmas medidas do modelo básico: comprimento, 4,02 metros, largura de 1,54 altura, 1,48 e entre-eixos com 2,40 metros. Seu peso era de 800 quilos. O motor provou sua fiabilidade e continuou a ser produzido até 1986. Uma pena a pequena produção. Custava em 1976 o 10% a mais que um Fusca básico, mas era mais em conta do que o Chevette da GM, que já tinha a versão GP em 1975 e que o Fiat 147 que seria lançado em 1976 e ainda não tinha versões esportivas. Em testes, o Fusca 1302/1303 S alemão, não era tão veloz quanto o 1600 S nosso. E a gasolina da Europa é muito, mas superior a nossa
O Germânico já tinha suspensão McPherson com um pouco mais de altura, molas helicoidais e amortecedores telescópicos. A estabilidade era melhor. Pesava 890 quilos e media 4,11 metros. Podia ser equipado com pneus radiais 165 SR 15 da marca Michelin XZX.
Abaixo o cartaz do Clube Paulista Bizzorão 1600S com destaques relevantes
Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Foto do painel de publicação
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