Autobianchi A112: Compacto, mas valente

Autobianchi A112: Compacto, mas valente

O Autobianchi A112 era um carro urbano, mas muito ágil

La empresa F.I.V. Bianchi foi fundada em 1885 por Edoardo Bianchi. Ela se tornou um grande fabricante em veículos de duas rodas. Ela começou a fabricar carros (chassis e motor) em 1902, com o modelo 12HP. Foi reconhecido por suas qualidades e Edoardo Bianchi fundou em 27 de março de 1905, a Fábrica de Automóveis e Bicicletas Edoardo Bianchi & C. Rapidamente, Edoardo Bianchi estava entre nomes reconhecidos como os engenheiros e Giuseppe Merost, Brambilla e Alfieri Maserati o que conferiu a marca prestigio e reconhecimento na Itália e em toda Europa.

Em 1955 nascia em Milão, Itália, uma parceria interessante. A fábrica fundada por Edoardo Bianchi se associou ao fabricante de pneus mundialmente famoso, a Pirelli e ao grupo Fiat. Estava criada a Autobianchi. E começou a produzir carros compactos baseados nos Fiat.

Em 1964 apresentava um modelo novo muito interessante no Salão de Torino para ampliar a sua gama. Há exceção do motor Fiat, basicamente o mesmo do modelo 1100 D, era um conceito totalmente novo, próprio da fábrica. O nome do novo carro era Prímula que havia sido projetado por Dante Giacosa, um engenheiro muito competente do grupo FIAT. Este senhor também foi o “pai” do Fiat Topolino e também do Fiat Múltipla 600. Tinha o talento comparável a Alec Issigonis, criador do Mini. E sua mais nova criação era muito próxima do Austin/Morris 1100. O nome do carro foi inspirado numa planta ornamental.

Em outubro de 1969 era apresentado no Salão de Torino, Itália, o Autobianchi A112. O pequeno tinha 3,23 metros de comprimento, 1,48 de largura, 1,29 de altura e entre-eixos de 2,08. Seu peso era de 640 quilos. Sua carroceria monobloco era em aço estampado com duas portas e a terceira na traseira tinha ótima abertura. Sua visibilidade era ótima! Os bancos de trás eram rebatíveis (ficava com 700 litros) e o tanque de combustível 30 litros ficava abaixo deste. Seu consumo urbano era de 10 km/l.

Seu motor dianteiro em posição transversal, tinha bloco em ferro fundido e cabeçote em liga leve. Tinha 903 cm³, 44 cavalos a 6.000 rpm, taxa de compressão de 9:1, torque máximo de 6,3 mkg.f a 3.800 rpm. Era alimentado por um carburador da marca Weber, virabrequim com três mancais e comando de válvulas lateral. Sua tração era dianteira e tinha quatro marchas. Sua velocidade máxima era superior a 135 km/h.

Era muito ágil no trânsito urbano, mas se comportava muito bem em estradas e autoestradas. Seus freios a disco eram na dianteira e tambor nas traseiras. Tinha quatro rodas independentes sua suspensão Mcpherson nas quatro rodas. Na dianteira tinha braços e barra estabilizadora transversal. Atrás feixe de molas e amortecedores helicoidais que também estavam na frente. Vestia pneus radiais 135 SR 13 que lhe conferia ótima estabilidade.

Em 1971 tinha potência e cilindrada aumentada para 982 cm³ , 58 cavalos, taxa de compressão de 10:1, comando de válvulas retrabalhado e sua velocidade final era de 150 km/h. Fazia de 0 a 100 km/h em 13,7 segundos e ainda podia cobrir os primeiros 400 metros em menos de 19 segundos. Ainda virabrequim de aço nitretado.

Tinha duplo escapamento atrás e novo capô, para-choques e e acabamento traseiro em preto fosco. Por dentro tinha apoio de cabeça e instrumentação mais completa no painel que eram opcionais. Velocímetro graduado a 165 km/h, com hodômetro parcial e total, conta-giros a 8.000 rpm com a zona vermelha começando a 6.500 rpm, marcador de temperatura da água e nível do tanque de gasolina.

Em 1971 chegava a versão Abarth. Tinha novos para-choques, grade, rodas com novo desenho e grande faróis circulares de longo alcance. Podia ter também capô em preto fosco. E novo painel com volante de três raios.

Visto de qualquer ângulo o pequeno tinha um desenho muito agradável e fazia sucesso desde seu lançamento. Nota-se na foto abaixo o bocal do tanque lateral.

Apresentado no Salão Automóvel de Genebra, a primeira reestilização do Autobianchi A112 foi introduzida em 1973 e as modificações feitas dependiam do modelo. O modelo básico só ganhou novo desenho da grade na cor preta assim como para-choques. Era a série II. No Abarth capô em preto fosco.

Em 1975 o Abarth tinha motor com 1.049 cm³ e 70 cavalos. Sua velocidade máxima era de 160 km/h. Ótima para o porte do carro que deixava para trás vários de tamanho médio ou grande. Suas rodas em liga eram opcionais. Também estava disponível a versão Elegant.

A série III não tinha grandes novidades. Comum a toda a linha foi a introdução de novos painéis interiores com um novo design que permitiu aumentar a largura interior do compartimento de passageiros, para que pudesse ser homologado como um de cinco lugares (anteriormente apenas um de quatro lugares). Além disso, a novas cores interiores e exteriores foi renovada.

Nova frente na série IV a partir de 1978. Tinha novas rodas, para-choques, faróis, retrovisores e a maior novidade era o teto mais alto proporcionando mais conforto.

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Em 1979 versão com teto de lona chamada Junior chegava. Na Elite, superior a Elegant, ganhava vidros verdes, limpador de vidros traseiros, faróis auxiliares com lâmpadas de iodo, conta-giros, caixa de cinco marchas e ignição eletrônica que também iriam beneficiar a Abarth. Abaixo o Junior. O visual com cores vivas estava presente.

Passou pelas séries V e VI sem maiores modificações, apenas estéticas com a adoção de novos para-choques e detalhes externos. Foram produzidos 1.245.274 exemplares até 1986. Foi retirado do catálogo em 1979 até que os estoques acabassem. Como curiosidade a Lancia italiana iria ganhar um novo modelo chamado Uno. Mas a Fiat gostou muito do projeto e assumiu o novo carro que seria uma sucesso. A Lancia lançou o Y10 que também era muito interessante.

Texto e montagem Francis Castaings. Fotos de Divulgação e Fiat Chrysler Heritage                                                           

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