Encontro Mustang Club Minas Gerais – Outubro 2016

Encontro Mustang Club Minas Gerais – Outubro 2016

Festa do Mustang em Belo Horizonte

Aconteceu no dia 22 de outubro de 2016, sábado, o Encontro Mustang Club Minas Gerais num shopping da região metropolitana de Belo Horizonte. Havia cerca de 20 carros esportivos da Ford todos em ótimo estado de conservação e reuniu modelos de todas as gerações. Nascido em 1964, idealizado e lançado por Lee Iacocca, vice-presidente Ford Motor Company (FoMoCo), o Mustang, ao contrário de seu concorrente mais forte, o Chevrolet Camaro, nunca teve sua produção interrompida.

Atualmente está na sua sexta geração atraindo cada vez mais entusiasta do modelo que é muito desejado por aficionados de todas as idades. A reunião foi ótima, os carros muito bonitos e amigos se reencontrando. No evento foi premiado o modelo mais antigo, mais novo, mais bonito, mais potente, aquele que veio de uma cidade mais distante e foi distribuído aos proprietários do carro pônei placas alusivas, troféus e camisetas. Um ótimo encontro num dia de muito sol na capital mineira.

A produção começou em 1964 e neste ano já havia o modelo 1964 1/2 com pequenas alterações. O modelo 1965 e 1966 trouxeram poucas modificações. No primeiro dia de comercialização, 17 de abril de 1964, as concessionárias receberam 22.000 pedidos. O preço básico era 2.368 dólares.


Primeira geração 1964.

Um modelo cupê 1965. Vários pacotes de acessórios estavam disponíveis. O famoso motor 289 (4.735cm³) tinha 200 cavalos de potência. Era chamado de Código C. Era alimentado por um carburador de corpo duplo.

Outro modelo cupê 1966. Também, existia a carroceria conversível e fastback. Tanto para o modelo 65 e 66 havia também o 289 com código D, com 210 cavalos à 4.400 rpm e carburador de corpo quádruplo da marca Autolite. Já o código A tinha 225 cavalos.

Outro do mesmo ano. Começava com um motor de seis cilindros em linha, 2,785 cm³ e 100 cavalos, apelidado de “Secretary Six”, ou seja, o seis cilindros da secretária e uma vasta gama de motores com oito cilindros em “V” , 289 polegadas cúbicas podendo chegar até 270 cavalos à 6.000 rpm. Este era chamado de código K.

Um modelo fastback também de 1966.

Mas a mecânica é moderna. Nesta época também havia as versões 350 GT (306 cavalos à 6.000 rpm) e 500 Shelby preparadas pelo famoso Carroll Shelby criador do AC Cobra Shelby. Saiba mais. O preço básico de uma versão Mustang Cobra GT era de 4.547 dólares na época. Fazia de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos e sua final era de 198 km/h.

O modelo 1967 era modificado. Também, existia a carroceria conversível e fastback ou Sports Roof (Teto esporte) 

E seu motor V8.

Outro exemplar. Os modelos 1967/1968 tem mínimas diferenças.

Outro belo exemplar da mesma geração.

Um belo cupê 1969 que ganhava nova carroceria.

Outro modelo 1969 com motor de 351 polegadas cúbicas (5.751 cm³).

Uma versão muito brava do modelo 1969 estava lá dentro.

Outro modelo que fez muito sucesso quando chegou. É um modelo 1969 Mach One. * Ernst Waldfried Josef Wenzel Mach foi um físico e filósofo austríaco. De 1864 a 1867 foi professor de matemática em Graz. Esta pesquisa foi rapidamente seguida por importantes descobertas no campo das velocidades supersônicas. Mach publicou um artigo sobre este assunto em 1877 e descreveu corretamente os efeitos das ondas de choque observadas durante o movimento supersônico de um projétil. Ele deduz a existência de uma onda de choque em forma de cone cujo ápice está localizado no projétil e a confirma experimentalmente.


Em 1971 apresentava carroceria maior e mais pesada. A mesma com poucas modificações ficaria até 1973.

Versões Boss 351, Mach One, Grandé (cupê hardtop com acabamento mais luxuoso e formal) e conversível. As primeiras citadas eram fastback.

O motor 250 Six com 145 cavalos ainda estava no pacote. Depois deste o V8 302 com 210 cavalos que foi usado aqui no Ford Maverick e no Ford Galaxie, LTD e Landau. Começava a ficar mais interessante com o 351 com 240 cavalos que aceitava gasolina comum. Lá! Ainda o 351 com 240 e 285 cavalos. O 351 Dual Ram Injection tinha 330 cavalos e taxa de compressão de 11,7:1 e usava gasolina premium. Vendida lá! E para completar duas opções do 429 (7.030 cm³) ambas com 370 cavalos sendo uma delas Dual Ram Injection.


Segunda geração – Mustang II Ghia – 1974

Se o primeiro modelo de 1964 usou o chassi do Ford Falcon, este usava o do compacto Ford Pinto.

A crise do petróleo deflagrada em 1973 obrigou as indústrias de automóveis em todo mundo a reduzir o consumo de seus carros e consequentemente a potência, peso… este modelo novo tinha carroceria cupê Hardtop, fastback, outra idêntica com três portas e uma interessante que tinha as capotas sobre os assentos removíveis (T-top roof) como o Chevrolet Corvette de terceira geração. A moda Targa lançada na linha Porsche 911/912 também agradava aos americanos. Esta era exclusiva para o Mustang King Cobra. Os motores disponíveis eram o 2,3 OHC com quatro cilindros que aqui passou a equipar também nosso Maverick, um seis cilindros em linha com 87 cavalos e os mais potentes que usavam motor V8 com 4.947 cm³ e 134 cavalos e outro V8 com 5.769 cm³ e 143 cavalos. A versão Cobra II e King Cobra 6.0 eram muito potentes.  Essa segunda geração aparecia sempre nas telas do antigo seriado As Panteras (Charlie’s Angels). Foram 110 episódios exibidos entre  1975 e 1981. Um Ford Mustang Cobra II 1976 branco com faixas azuis era usado por Farrah Fawcett e uma amarelo cupê com teto de vinil por Cheryl Ladd e Jaclyn Smith. Ótimo seriado.


Terceira geração – 1978.

Este era um modelo compacto também e o preferido do falecido ator Paul Walker por ser mais leve que os anteriores. Este carro pertence,um hatchback, a colecionadora Glorinha Beltrão. O primeiro dono foi seu pai que conservou manuais, peças, etc. Um carro ímpar!

Também estava disponível a versão conversível. Este é um GT 5.0.

Em seu interior podia receber, como as anteriores, caixa automática (apenas para os V8) ou mecânica.

A versão SVT Cobra, lançada em 1993 estava disponível apenas com cambio manual. As versões Cobra e Cobra R V8 5.0 SOHC  tinha 238 cavalos tina câmbio manual de 5 marchas. Sua velocidade final era de 235 km/h. A versão 2,3 OHC com turbo compressor obtinha 118 cavalos à 5.200 rpm e chegava à 185 km/h.


Quarta geração – 1994

Apenas nas carrocerias fastback e conversível. Suas linhas lembravam um pouco os primeiros modelos da década de 60. No início da década de 1990, foi desenhado um Mustang com a  definição “Mach” que nunca chegou à produção, mas mesmo assim deixou sua marca na linhagem do icônico carro pônei da América – o Mustang Mach III Concept de 1993. O Mach III Concept trazia o V8 de 4,6 litros com comando duplo no cabeçote do luxuoso Lincoln Mk VIII acrescido de supercharger da marca Eaton. A potência subia para 450 cavalos e a transmissão era uma manual T56 de seis velocidades. Um motor semelhante acabaria por entrar em produção, uma década depois, com a estreia do Cobra 2003 com seu V8 “Terminator” aspirado. Numa miniatura, em escala 1/18, da marca Maisto, vinha na cor verde “Bullit”

Este é um GT conversível.

As opções de motor eram:

3.8 V6 SOHC ( Single Overhead Camshaft ou Comando Simples de Válvulas no Cabeçote) com 147 cavalos à 4.000 rpm (1994 – 1995). A velocidade máxima era de 181 km/h. A mesma havia opções com 152 e 193 cavalos. A partir de 2001 a última já estava com 196 cavalos. A versão GT 5.0 V8 SOHC tinha 218 cavalos e velocidade máxima de 225 Km/h com câmbio manual e 215 km/h com câmbio automático. Mais potente em 2008 o GT V8 4.6 SOHC passou a ter 228 cavalos. Máxima de 230 km/h. A T-top roof GT V8 4.6 SOHC passava a ter 264 cavalos a 5.250 rpm. Máxima de 240 km/h com câmbio manual de cinco marchas.

Abaixo um Bi-Turbo! Força bruta! Bom para descalçar os asfalto.


Quinta geração – 2005 a 2014

A Ford se inspirou nas linhas da década de 60 para produzir essa bela nova safra de Mustang. Grande sucesso nos Estados Unidos, na Europa. em todo o mundo. Disponível com carrocerias cupê fastback e conversível.

Este e o primeiro desta são versões do Cobra.

Outro muito agressivo.

Os motores disponíveis para estes eram: Um V6 com 210 cavalos. Aceleração de 0 à 100 km/h em 6,9 segundos com cambio manual. Velocidade fina de 190 km/h. Acima um V8 com 4.606 cm³, taxa de compressão 9,8:1, 315 cavalos a 6.000 rpm cambio manual de cinco velocidades, 0 a 100 km/h em 5,55 segundos e velocidade máxima de 239 Km/h para a versão GT. A versão Shelby GT 500 V8 tem 540 cavalos e pode ser equipada com cambio manual de cinco ou seis marchas e automático.


Nota: A sexta geração foi lançada em 2015.


Presenças.

A família Mustang posa para fotos.

Geraldo Mesquita, Bernardo Silva (Presidente do Clube) , Rafael e Rodolfo Malard (Presidente V8 Muscle Cars BH) comandavam a entrega de prêmios.

Marcelo de Castro, meu irmão Jean Louis Castaings, Alexandre Lúcio, Guilherme e Doutor João Carlos.

Karina Dutra (esposa de Carlos Eduardo Dutra, Cacá ), Tom Zé e Marco Antônio Sálvio Franco.

Foi um ótimo evento. Parabéns aos organizadores.

Conheça a história do Ford Mustang


Texto, montagem e fotos Francis Castaings                               

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