Mercedes-Benz 190 SL: A beleza mais acessível da empresa de Stuttgart

Mercedes-Benz 190 SL: A beleza mais acessível da empresa de Stuttgart

Baseado no sucesso das pistas que o bólido obteve, um revendedor norte-americano, Max Hoffman, sugeriu à marca que produzisse um modelo “civil” inspirado no SL das pistas. Este austríaco de descendência judaica saiu de sua terra natal temendo a segregação racista alemã. Foi para Paris na França e pouco depois para Portugal. De lá embarcou num cargueiro para os Estados Unidos. Chegou a Nova York quase sem dinheiro e sabia falar pouco o inglês. E era um fanático pelos automóveis. Admirava marcas famosas e belos carros. Ele foi o responsável pela entrada do Porsche 356 e do BMW 507 no mercado americano. Foi ele o responsável pela introdução do Mercedses-Benz 300 SL Asa de Gaivota nos Estados Unidos. Mas clientes queriam uma opção mais acessível e o 190 SL foi lançado em 1955.

A partir de 1957 só o modelo de carroceria conversível, roadster, era produzido em série. Havia sido apresentado em Nova York também em 1954, mas só em 1955 entraria em produção. Também era oferecido com capota rígida desmontável e a versão de competição, sob encomenda, denominada Touren Sportwagen, era bem mais leve e teve sua produção restrita a pouquíssimos exemplares. Mais curto, e muito atraente também, media 4,29 metros, largura de 1,74 metros, 1,32 de altura e entre-eixos de 2,40 metros. A carroceria monobloco era em aço estampado e tinha falso chassi dianteiro. As portas, capô e porta-malas eram em alumínio.

Sua suspensão dianteira era independente com triângulos superpostos, amortecedores hidráulicos e molas helicoidais. Atrás eixos semi-oscilantes e molas helicoidais. A traseira havia sido aperfeiçoada. Estava mais firme. Usava pneus na medida 6,40 x 13 com rodas de aço. Seu peso era de 1.140 quilos.

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O 190 SL não tinha os mesmos atributos mecânicos do 300 SL, mas era um belo carro. Os faróis eram circulares e formava um belo conjunto com a grade. O volante grande permitia ótima visualização dos comandos. Por dentro sua instrumentação não era tão completa como a do irmão mais potente. Mas atendia perfeitamente.  Nos Estados Unidos ele conheceu um sucesso enorme.

Seu motor era um quatro cilindros em linha, longitudinal, arrefecido a água, com 1.897 cm³ com bloco em ferro fundido e cabeçote em alumínio. Sua potência era de 105 cavalos a 5.700 rpm. Sua taxa de compressão era de 8,8:1, tinha comando de válvulas no cabeçote e virabrequim com cinco mancais. Era alimentado por dois carburadores da marca Solex tipo PHH 40. Seu torque máximo era de 14,5 mkgf a 3.200 rpm. Era robusto e elástico. Fazia de 0 a 100 km/h em 14,5 segundos.

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Usava vários componentes da carroceira do 300 SL. Seus freios a tambor tinham assistência com comando Hidráulico. A direção não tinha assistência, mas era leve. Com ou sem a capota de lona ou rígida era um charme,

Nos Estados Unidos ele conheceu um sucesso enorme. Era um carro para desfilar com muito conforto para dois passageiros. Um terceiro poderia ir em posição atravessada atrás dos bancos. Era confortável e seus bancos e forrações eram em couro. Este automóvel apesar de ter um preço mais acessível que o irmão mais potente, não era barato. E sua cotação também é alta na Europa e Estados Unidos.

Em março de 1961 os freios a tambor de alumínio, revestidos com fina camada metálica, davam lugar a disco nas quatro rodas.

Um ano depois o SL ganhava motor com bloco de alumínio. Abaixo, na extrema esquerda um 190 Sl preto numa exposição de carros clássicos muito refinada.

Seu painel era bonito e discreto. A esquerda tinha conta-giros graduado a 7.000 rpm com faixa vermelha começando aos 6.500. Seu velocímetro a 210 km/h. Abaixo, as esquerda, amperímetro, marcador de pressão do óleo, nível do tanque de gasolina e nível do óleo. Ainda contava com rádio AM e relógio de horas. O volante na cor marfim tinha belo desenho. A cor do painel seguia a cor externa da carroceria.

O modelo foi fabricado com poucas modificações até 1963 após 25.881 unidades produzidas.


Nas telas

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Podemos assistir à belíssima Grace Kelly, que interpreta Tracy Lord, dirigindo um belo roadster 190 SL no filme Alta Sociedade (High Society) de 1956. Ela estava ao lado de Frank Sinatra (Mike Connor) que interpreta um jornalista atrás de fofocas dos frequentadores das altas rodas. Este filme ajudou nas vendas do conversível 190 SL.

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 Fazem um passeio no conversível indo de uma mansão a outra. Um filme muito divertido.



Em Escala

Miniatura do Benz 190 SL impecável na escala 1/18, marca Bburago. Fotos fornecidas gentilmente pelo colecionador André Luiz Tavares do Vale da cidade mineira de Varginha. Muito bem detalhada! Muito obrigado amigo!


Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Fotos sem o logo do site são das Organizações Peter Auto                                                           

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