O Porsche 914 Six de Jacqueline Casamayou e Stephane Plagnat
Rallye des Côtes du Tarn
A Ecurie des 2 Rives foi criada em 1978. Em mais de 40 anos de existência, os voluntários desta associação jurídica de 1901 trabalharam constantemente para melhorar a sua organização para preparar e gerir eventos de desportos motorizados. Este 914 Six participou este ano em maio de 2024 do Rallye National des Côtes du Tarn
Reconhecido pela seriedade na organização, pela preocupação com a segurança e pelo sentido de convívio, o Écurie des 2 Rives fez do Rallye National des Côtes du Tarn um dos grandes eventos da região de Midi-Pyrénées, sul da França fronteira com a Espanha.
Onde?
Com este reconhecimento, os membros da Ecurie des 2 Rives prestam assistência aos ralis regionais tanto para a organização como para o exercício de cargos oficiais ou de segurança, antes, durante e depois do evento.
Abaixo minha prima, Jacqueline Casamayou e Stephane Plagnat. Ela é navegadora de ralis, já participou de ralis na França e de vários na Europa desde a década de 80, uma das dez mais da França com vários títulos.Também já atuou como urbanista. Nascida em Toulouse, sul da França.
Sobrinha de meu pai Yvon Castaings e filha de Joseph CASAMAYOU Renée Castaings CASAMAYOU . Stephane Plagnat é gerente da empresa Auto Classic ( https://www.autoclassic.fr/) especializado em Porsche em Toulouse e piloto profissional
No âmbito do apoio comunitário, a Ecurie des 2 Rives apoia as atividades organizadas por associações locais, estas mesmas associações vêm reforçar os 380 voluntários mobilizados durante o fim de semana do Rallye des Côtes du Tarn.
A equipe: A direita Jacqueline e Stephane
Muito trabalho no preparo
Muita competência
O Apoio da Sonauto: Centre Porsche Roissy Groupe Sonauto – 1150 Av. de l’Europe, 95500 Bonneuil-en-France, França e Skoda France
Merci beaucoup cousine
O modelo 914: Muitos motivos para acelerar
Em 1969, no Salão de Genebra, na Suíça, foi apresentado o VW Porsche também conhecido como Porsche 914. O modelo unia a esportividade da marca de Stuttgart, tradicional fabricante de esportivos de categoria indiscutível e a simplicidade de fabricação de um Volkswagen. Iria usar toda a rede de concessionários desta última, na Europa e no EUA, para vender o novo carro esporte.
O modelo era para duas pessoas e media 3,98 metros de comprimento. Era muito baixo e sua altura era de 1,23 metros. Suas linhas eram suaves, pouco convencionais mas não eram audaciosas. Pesava 900 quilos.
Tinha três volumes bem distintos e poderia ser usado com capota ou remove-la em parte, guardando-a no porta-malas traseiro, pouco atrás do motor e tornando o recurso Targa mais atraente. Esta opção já era usada no irmão mais famoso, o 911. A coluna B na verdade era uma barra anti-capotagem. A visibilidade para todos os lados era ótima. O motor ficava em posição central, logo após o bancos e a transmissão atrás do grupo propulsor. O porta-malas de dimensões modestas era na frente. Nele ficava o estepe. Sobre o capô tinha dois faróis escamoteáveis e ao lado destes, no vinco dos para-lamas, as luzes de seta. Quando do lançamento, era vendido em cores vibrantes como o amarelo, vermelho, laranja e azul claro. Abaixo da porta, em preto, o nome da famosa marca.
A posição da pedaleira e da alavanca de marchas lembrava muito os fuscas. O volante seguia o desenho do 911. Os bancos eram esportivos e confortáveis para pilotagem. Poderia receber até um tecido xadrez que combinava com a cor externa. Este pequeno Porsche era muito simpático e parecia mais um brinquedo de adulto. O motor básico era o famoso quatro cilindros opostos, boxer, na posição horizontal, com 80 cavalos e deslocamento volumétrico de 1,7 litros. A alimentação era por injeção indireta. O cambio oferecia cinco marchas, embreagem monodisco a seco, tinha freios a disco nas quatro rodas e usava pneus 155 SR 15. Em testes na época, a frenagem foi considerada excelente.
Sua suspensão, era independente nas rodas dianteiras e recebia quatro amortecedores telescópicos de acionamento hidráulico na frente e atrás. A direção a cremalheira era mecânica. Este automóvel, como todo Porsche, tinha um caráter esportivo muito marcante. Acima desta havia a versão 2,0 litros com 100 cavalos e o torque máximo era atingido a 5000 rpm. Neste a injeção eletrônica já estava presente. Chegava a 186 km/h de velocidade final e cobria os 1000 metros em 31 segundos. Conhecida como 914/2 podia receber como opcionais vidros verdes, rodas de liga leve, diferencial autoblocante, pintura metálica e barras estabilizadoras dianteira e traseira. Os pneus eram 165 HR 15 montados nas famosas rodas Fuchs. O peso subia para 950 quilos.A motorização topo de linha, de produção em série, era o famoso seis cilindros que já havia sido utilizado no irmão Porsche 911, modelo Targa. Tinha 110 cavalos e torque máximo a 5800 rpm. Sua taxa de compressão era 9,6:1, tinha dois carburadores de corpo triplo e duplo comando de válvulas no cabeçote. Atingia 205 km/h.
Este era conhecido como 914/6 e são os mais valiosos da série e mais procurados hoje para fazer parte de coleções de “Porschistas” fanáticos. Nesta versão, os discos de freio eram ventilados e poderia receber transmissão automática. Agradava aos americanos. Independente do modelo, o carrinho não era muito confortável e o motor era muito barulhento, devido a sua posição, principalmente nas versões mais potentes. Sentia-se também trepidação no volante em alta velocidade. Custava 60 % do preço da versão mais básica do 911, frente a seus concorrentes.
Nos EUA, um americano chamado Rod Simpson, adaptou vários modelos para usar um motor V8 Chevrolet de 5,3 ou 5,7 litros. Por este motivo ganhava radiador de água dianteiro e grade. A suspensão teve que ser adaptada também. O comportamento do carro era arisco demais. Por fora tinha alguns cromados não originais em grades, para-choques e bagageiro sobre a tampa do motor. Acessórios Made in USA. Dois destes exemplares estão hoje no Museu Porsche e são raros. Em 1972 a Porsche lançou o 916. O motor era mais potente. Tinha 2,4 litros e desenvolvia 190 cavalos e sua máxima chegava a 230 km/h. Tratava-se de uma versão mais sofisticada do 914/6 e por fora era notável os para-lamas mais largos para abrigar pneus 185/70 15. O carro era um pouco mais pesado(1000 quilos) e três centímetros mais longo. Era mais baixo também. Foram produzidos apenas 10 exemplares.
O VW-Porsche 914 participou de várias competições na Europa e nos EUA. Em provas de longa distancia como as 24 Horas de Le Mans na França ou 1000 quilômetros de Monza. Dentro de sua categoria, sempre fez bonito. O modelo, feito sobre encomenda, se distinguia dos outros externamente pela adoção de faróis de longo alcance redondos posicionado sobre o capô e pelas rodas Fuchs que segurava pneus mais largos. O motor tinha 210 cavalos a 7000 rpm e atingia a velocidade máxima de 240 km/h. A taxa de compressão era de 10:1, tinha dois carburadores duplos, duplo comando de válvulas no cabeçote e tanque de 100 litros para suportar provas longas.
Na revista Motor Trend americana chegou a ser testados, por Karl Ludvigsen, da revista Car and Driver americana junto com um Puma GT-1600 nacional e o Opel GT. Sua carroceria quase não mudou durante o tempo em que foi fabricado. Para os EUA os para-choques ganhavam volume para seguir as leis americanas. O 914 permaneceu em produção durante seis anos. Cedeu lugar ao 924 (abaixo) , bem mais moderno e confortável. Hoje o 914 é disputado por colecionadores.
Nas Pistas – Veja no Monte Carlo Histórico
Outro modelo
Num Rali Regional
Nas exposições
Em Escala
Qual foi o primeiro Safety Car da F1? E quando estreou? Um Porsche 914 amarelo no Grande Prêmio do Canadá em 1973.
E o modelo antes da apresentação
Texto e montagem Francis Castaings. Fotos do 914 Six cedidas por minha prima e aa noturna de Thibaut Rieussec
© Copyright – Site https://site.retroauto.com.br – Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução de conteúdo do site sem autorização seja de fotos ou textos.