Pontiac Firebird, O Pássaro de Fogo veloz da General Motors
Na década de 60, muita efervescência nos lançamentos dos novos carros musculosos como Plymouth Barracuda, o primeiro a ser considerado um Pony Car, Ford Mustang e Chevrolet Camaro impactaram muito e renovavam o mercado americano. E a empresa Pontiac, marca intermediária da General Motors, de chegou ao mercado dos pony-cars, em 1967. Derivado do Camaro, porém mas luxuoso, seu modelo recebeu a denominação Firebird, ou “pássaro de fogo”. Assim como o da própria divisão, o nome tinha origem indígena, Chefe Pontiac ou Obwandiyag foi um índio que liderou a guerra de Ottawa. O desenho da águia simulava ação, poder, beleza e agilidade. O batismo era o mesmo da série de carros-conceito dotados de turbina a gás da General Motors, apresentados entre 1953 e 1958. Era os Salões de Automóveis Motorama de 1953. Entre 1949 e 1961 este mega show de automóveis acontecia no luxuosos hotel Waldorf-Astoria Hotel da cidade de Nova York, Estados Unidos. A versão conversível também era muito atraente. Numa publicidade pedia desculpas ao concorrentes europeus.
O Pontiac Firebird foi lançado em 1967 com grade dupla cromada na frente, que também servia como para-choques, chamava muito atenção, dividida, como era quase padrão da marca em todos os modelos, com o tradicional triângulo apontado para baixo e a cruz vermelha e traseira distinta a partir da coluna “B”. Seu motor mais potente era um V8 de 400 pol³, 6.555 cm³ entre 170 e 345 cavalos. Freios dianteiros a disco eram opcionais nos dois modelos. Mas muito necessários para segurança do motorista bem habilidoso. O mais potente chegava a final de 210 km/h
Eram oferecidas quatro versões: Firebird, Firebird Sprint, 6 cilindros, , Firebird 326 e Firebird HO – High Output. Nesta havia um friso branco, adesivo, que ia do final da caixa de rodas dianteira ao início da traseira, letras HO na parte lateral dianteira e três frisos verticais cromados após a porta. Era equipado de série com calotas com a parte central circular em vermelho. E pneus com faixa vermelha. A inscrição cromada Firebird ficava nos para-lamas dianteiros. Sua lateral tinha diferenças mínimas com relação ao Camaro.
Os motores começavam com 165 cavalos, 215 cavalos, 250 cavalos e com oito cilindros em “V” com cilindrada de 326 polegadas cúbicas com 285 cavalos. O mais potente com o 345 cavalos a 4.800 rpm do V8 400 (6.554 cm³), este equipado com cambio manual de quatro velocidades ou três velocidades Turbo Hydra Matic. Como opcional havia ainda uma com 345 cavalos. Fazia de 0 a 100 km/h em 6,7 segundos e cobria o quarto de milha (402, 34 metros) em 14,7 segundos atingindo 158 km/h. Abaixo atrás das entradas de ar, sobre o capô, o conta-giros externo era opcional, ficava bem visível, na mira dos olhos do motorista. Mas eram de série quando estavam no pacote as entradas de ar.
Em 1969 o Firebird ganhavam a primeira reestilização. Aumentavam de tamanho também. A Pontiac lançava a versão Firebird Trans Am com motor de V8 de 400 polegadas cúbicas (6.554 cm³) e 325 cavalos a 4.800 rpm. Na suspensão havia molas dianteiras mais firmes, estabilizador dianteiro mais espessa, havia 15 opções de pneus sendo que os radiais GR70-15 em rodas de cinco raios eram mais caros. Os modelos básicos usavam rodas de aro 14 e a barra estabilizadora estava presente atrás.
Em toda a carreira, os americanos consideravam como um dos designs mais bem sucedidos dos EUA. Fazia de 0 a 100 km/h em 6,7 segundos e cobria o quarto de milha em 14,7 segundos chegando a 157 km/h. O cliente poderia escolher entre o V8 de 327 pol³ (5,35 litros), com 210 e 275 cavalos, e o 350, acima, (5,75 litros), que desenvolvia 255 ou 295 cavalos. O câmbio automático havia duas opções: o tradicional Powerglide de duas marchas e o novo Turbo Hydramatic 400 de três velocidades.
O painel
Tinha fundo em alumínio, conta-giros graduado a 8.000 rpm com a faixa amarela começando a 4.500 rpm, 5.500 a vermelha, velocímetro variando conforme o motor de 100 Milhas por hora a otimista a 160 Milhas por hora, 264 km/h, dependendo do que estava debaixo do capô. Também marcador de temperatura de óleo de água, voltímetro, relógio de horas, nível do tanque de combustível e hodômetro total. A alavanca de marchas manual tinha curso longo e era longa sendo ou não automática. nota-se que o freio de estacionamento era acionado por pedal, na extremidade esquerda como vários modelo americanos há anos. Ótimo para cavalo de pau “y otros” malabarismos saudáveis dos anos 70!
A nova frente remodelada agradou. Assim como as entradas de ar sobre o capô, conforme a potência, a o adesivo águia também vinha no capô e na coluna “B”. As rodas colmeia completavam o conjunto mais agressivo.
Abaixo um Fórmula 400.Tinha a inscrição 400 na traseira e pelo opcional Ram Air, entrada de ar sobre o capô, verdadeiras.
Formula 400 linha Firebird equipou toda a segunda geração (1970–1981). Era fornecido com um motor com seis cilindros em linha, um V6 da linha Buick e ampla gama de motores V8 variando entre 265 até 455 polegadas cúbicas (7.464 cm³). Nem o V6 nem o seis cilindros em linha, não eram os mais requisitados. Mas não os deixavam pouco veloz. Era bem menos que o V8, mas não faziam feio. O seis cilindros em linha tinha 250 polegadas cúbicas, ou 4.093 cm³, 110 cavalos a 3.800 rpm, opção de três ou quatro marchas no assoalho, Turbo Hydramatic e um carburador de corpo duplo ou corpo quádruplo da marca Rochester dependendo a versão. Fazia de 0 a 100 km/h em 14 segundos e final de 170 km/h. A velocidade máxima permitida nas autoestradas em 1973, dependendo do estado variava 90 e 140 km/h entre Pesava 1.492 quilos. Tinha 4,879 metros de comprimento, 1,864 de entre-eixo em 1,280 de altura. O tanque de gasolina tinha capacidade de 75 litros de gasolina de ótima qualidade, apesar taxa de compressão era de 7,6:1. Fazia 100 quilômetros com um 15 litros de gasolina, ou, 6,6 km/l;
O mais potente chegava (6,55 litros), que compartilhava a mesma motorização.
Abaixo um Pontiac Firebird Trans Am SD (Super Duty) 455 (7.456 cm³) ano 1973/1974. Nesta versão além da nova tomada de ar sobre o capô, também havia atrás das caixas de rodas dianteiras. E na primeira geração sua robustez, confiabilidade, suas linhas e leque de opções foram destaques. Em inglês a pronúncia correta é “Poniac” ou “Pontiac”, dependendo do estado, o “T” é pronunciado. E não “Pontíaqui” como se fosse um nome paroxítono
Comando de válvulas mais bravo e molas de válvulas mais fortes, próprias para altos regimes de rotação, concorriam para a aceleração de 0 a 96 km/h em apenas 6,2 segundos, percorrendo o quarto-de-milha em 14,7 s. Todos os V8 vinham de série com caixa manual de quatro marchas.
Os automáticos de duas (Powerglide) ou três (Turbo Hydramatic) velocidades eram opcionais bem populares. E havia um recurso inédito para poupar espaço: um estepe vazio, que antes do uso deveria ser inflado com gás freon, armazenado em uma lata.
O nome Trans Am, que se tornou famoso nesta linha da Pontiac a ponto de talvez ser mais conhecido que Firebird, surgiu de uma categoria de competições iniciada em março de 1966. Criada pelo SCCA (Sports Car Club of America, clube de carros esporte da América), o Trans-American Sedan Championship, ou campeonato transamericano de sedãs, era derivado da categoria Produção
A disputa carros acessíveis ao público como Ford Mustang, Chevrolet Camaro, Plymouth Barracuda, AMC Javelin, Dodge Challenger e, claro, o Pontiac Firebird
Abaixo um Firebird com motor 455 (7.456 cm³). Por conta dos adornos externos tinha muito mais agressividade que o Chevrolet Camaro. E esta característica agradou aqueles que não queriam ser discretos. Era um carro bem visível nas ruas e ótimas estradas dos Estados Unidos .
O Trans AM. As corridas Trans Am eram em circuitos dos Estados Unidos e Canadá eram disputadas por muscle cars como os Ford Mustang, Chevrolet Camaros, AMC Javelin, Pontiac Firebird e Dodge Challenger principalmente. Abaixo um modelo para o mercado europeu.
Em 1976, o V8 455 estava disponível pela última vez, mas algumas novidades eram apresentadas, como para-choques redesenhados e o teto targa (chamado de T-Top), com painéis removíveis, para tentar suprir a falta do conversível. A série especial 50th Anniversary, alusiva ao cinqüentenario da Pontiac, vinha na cor preta com detalhes dourados, dotada de motor 455 e câmbio de quatro marchas. Pela primeira vez o Firebird superava as 100 mil unidades vendidas em um ano. No ano seguinte, as versões básicas deixavam de contar com o 4,1 da Chevrolet, substituído pelo tradicional (e fraco) V6 de 3,8 litros da Buick, com 105 cavalos. Este motor era uma versão anterior do usado pelo Omega australiano, que chegaria ao Brasil em 1998.
Por dentro
Tinha assentos dianteiros com regulagem de altura de encosto com regulagem de profundidade. O Encosto de cabeça já estava incorporado. O volante de três raios e desenho esportivo tinha ótima pega. Atrás… quem ia, se tivesse mais de 1,65 sofria. Como todos os cupês de qualquer marca americana sem distinção. O acabamento era muito bom e havia apoio de braços na frente e atrás.
Abaixo a terceira geração
Um Trans Am 1977 na cor dourado, Solar Gold, também era uma das cores preferidas que estava a leilão, da casa Artcurial no último Salão Rétromobile 2024
Um 1978 premiado em San Isidro na Autoclásica em Buenos Aires, Argentina
Pontiac Trans-Am T/A 6.6 ano 1978. Lembra-se do filme Bandit?
O detalhe
Um carro agressivo para a versão 1979
Um modelo 1988 que foi Pace Car na Daytona 500
Pontiac Firebrid Trans Am carro madrinha oficial nas 500 Milhas de Indianápolis em 1980. Com esta frente a partir de 1979
Em 1983 foi lançado o Camaro IROC Z28 com motor V8 de alto desempenho injetado. Os americanos então aproveitaram e fizeram uma versão exportação do Camaro, o Z28E. Não teve muito sucesso lá fora apesar do painel com nítidas influências europeias.
Terceira Geração (1982–1992)
Eles tinham o velocímetro com agulhas para milhas e para quilômetros. Alguns americanos aproveitaram para inverte-las burlando o limite de velocidade imposto nos EUA de 85 milhas por hora, ou seja, 137 quilômetros por hora.
Acima um modelo 1988. Até hoje ambos fazem muito sucesso na terra natal e o Camaro Z28 e o Firebird recebem em sua versão mais nobre o motor do Corvette de 6,6 litros, V8 de 288 cavalos capaz de atingir 249 Km/h.
Quarta Geração (1993–2002)
Os Carros F sempre foram uma resposta americana a um GT europeu, sendo mais confortáveis e não como carros verdadeiramente esportivos.
O Camaro Z28 e o Firebird receberam, no final da década de 90, em sua versão mais nobre, o motor do Corvette, de 6,6 litros, V8 de 288 cavalos, capaz de atingir 249 km/h. Os Carros F sempre foram a resposta americana aos GTs europeus, sendo automóveis confortáveis e não apenas esportivos. Folclóricos.
Como a maioria dos carros antigos, os primeiros da linhagens, as primeiras gerações são as preferidas. E mais caras! Infelizmente a marca Pontiac não existe mais. A marca deixou de existir em 2010 infelizmente
Com a assinatura de Burton Leon Reynolds Jr. O Filme
Ou Burt para os íntimos. Faleceu aos 82 anos em 2018. Mas viveu! Aproveitou!
Neste século, usando a geração renascida do Camaro, Fizeram uma versão muito interessante do novo Firebird
Nas telas
Com John Wayne em McQ. Ele já estava com 66 anos
Em Arquivo Confidencial ((The Rockford Files) com James Garner
Agarre-me se Puderes (Smokey and the Bandit)
Burt Reynolds faz o papel do “Bandido” e seu amigo caminhoneiro é Jerry Reed que faz o papel de Cledus “Bola de Neve” Snow e tem ao seu lado o fiel cão da raça Basset Hound que se chama Fred. Filme de 1977. E Burt está sempre a bordo de seu Pontiac Trans-Am
Texto, fotos Retroauto e montagem Francis Castaings. Fotos sem o logo Retroauto são de publicação do site
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