Os 60 anos do mais longevo Ford: O Mustang nasceu em abril de 1964

Os 60 anos do mais longevo Ford: O Mustang nasceu em abril de 1964

Em 17 de abril de 1964, o Ford Mustang foi apresentado ao público na Feira Internacional de Nova York. A Ford tinha investido 10 milhões de dólares em campanhas de publicidade e entrou a imagem do Mustang em 29 milhões de lares americanos. O primeiro carro apresentado era um Spider de dois lugares com motor traseiro V4 do Ford Taunus europeu que foi logo rejeitado por Lee Iacocca. A exceção da Picape F-Series que começou em 1948, com várias mudanças de carrocerias e motores, que já está na 14ª geração, o Ford Pônei é um vencedor, sem interrupções desde sua chegada as ruas. E o Ford Thunderbird, nascido em 1954, teve produção ininterrupta até 1997. Voltando em 2002, com um modelo baseado num carro conceito, que só foi produzido até 2005.

Em 2022 os filmes 007 completaram 60 anos nas grandes telas. E o Ford Mustang participou por três vezes. Um Forte ícone da Ford

O nome do projeto era Cardinal. O desenho final aprovado era da responsabilidade da equipe e Joe Oros que também havia trabalhado no projeto do Ford 49/51 e do Ford Thunderbird 1955 e 1956 (conheça) . Há anos, a cada dia 17 de abril é comemorado o dia do Mustang em várias partes do mundo. Nos Estados Unidos há um desfile com autoridades e proprietários em circuitos famosos como Indianápolis.

Em setembro de 2017 a Ford reuniu 1.326 proprietários de Mustang’s na Europa. O evento aconteceu no Campo de Provas de Lommel, na Bélgica. Seu objetivo era bater o recorde mundial de encontros de Mustang’s. E conseguiram!

Lee Iacocca (conheça sua história) , vice-presidente da Ford Motor Company e gerente da divisão Ford festejava. Ele encomendou um carro compacto de aspecto esportivo e jovem, que deu o conceito de Pony-cars, de quatro lugares, capô longo, teto baixo, traseira curta, cambio no assoalho, mais de 4,5 metros de comprimento e custando menos de 2.500 dólares. No final de 1964 já tinham sido vendidos 250.000 exemplares, sendo que no primeiro dia, 22.000 tinham sido encomendados. No corrente ano de 1966, a casa de 1 milhão havia sido ultrapassada.  Eram três tipos de carroceria: – cupê, conversível e fastback. O primeiro nome escolhido foi Cougar, mas foi trocado por Mustang, nome de uma raça de cavalos do Oeste, que era muito rápido e era símbolo de grandes viagens e gostava de grandes áreas. Era lançado o conceito americano do carro pônei (Pony Car). No final de 1965 estava em terceiro na produção atrás do Chevrolet Impala da General Motors e do Ford Galaxie 500

Os Mustang’s estavam em todos os lugares. Nas pistas graças a Carrol Shelby, sua primeira realização neste modelo com o GT 350 (exclusivo na versão fastback), ano 1966 de 306 cavalos, em ralis (Monte Carlo em 1965), nos lugares chiques da moda, e nas telas, no filme Um Homem e uma Mulher. Abaixo um mini Mustang “Pedal Car” que podia ser comprado pelos pais dos compradores. Aquelas crianças que não gostavam da cor pediam que fosse na mesma pintura do carro do pai.

Os motores básicos eram um seis cilindros herdado da linha Ford Falcon (apelidado de secretary six), e um V8 260 da linha Fairlane (4,2 litros e 164 cavalos) que logo foi substituído pelo 289. Em  1965 mais três versões do V8 Windsor 289 com motores de até 306 cavalos eram oferecidas e por volta de 50 opções de acabamento. Lee Iacocca lançou a ideia do faça seu carro, com seu vasto catálogo de opções, segundo as posses e o gosto do cliente.

Era mais um conceito dos “Muscle Car”. A produção começou em 1964 e neste ano já havia o modelo 1964 1/2 com pequenas alterações. O modelo 1965 e 1966 trouxeram poucas modificações. No primeiro dia de comercialização, 17 de abril de 1964, as concessionárias receberam 22.000 pedidos. O preço básico era 2.368 dólares.

O painel do primeiro modelo tinha formato oblongo, linear, com velocímetro graduado a 120 milhas por hora. No pacote Rally mais a frente ficavam o conta-giros e o relógio de horas. O cambio automático de três velocidades “Cruise-O-Matic” era opcional. Sua tração era traseira. No básico era o manual de três (alavanca na coluna) e quatro marchas no assoalho. Os pedais de embreagem (cambio mecânico) , freio e acelerador eram suspensos. No modelo abaixo o rádio AM original também opcional

Abaixo um modelo 65/66. Um modelo cupê conversível 1966 com capota de lona que tinha opção de acionamento elétrico. Tanto para o modelo 65 e 66 havia também o 289 com código D, com 210 cavalos à 4.400 rpm e carburador de corpo quádruplo da marca Autolite. Já o código A tinha 225 cavalos

Ford Mustang cupê 1965 simples e muito bonito. Vários pacotes de acessórios estavam disponíveis. O famoso motor 289 (4.735cm³). As calotas raiadas faziam parte do pacote opcional que era imenso. No mês de abril de 1965 era oferecido a pacote GT com suspensão reforçada, já que na original a carroceria inclinava bastante, freios a disco na frente (opcional) e escapamento duplo.

Também vinha com faixas decorativas nas laterais com a inscrição GT. A última carroceria a ser lançada para completar a gama foi o cupê fastback abaixo. As entradas de ar laterais eram regulados por dentro do carro. Foram estudadas pela Ford uma versão com dois lugares, uma de quatro portas e uma perua. Todas descartadas não entraram em produção.

Tanto para o modelo 65 e 66 havia também o 289 com código D, com 210 cavalos à 4.400 rpm e carburador de corpo quádruplo da marca Autolite. Já o código A tinha 225 cavalos. Começava com um motor de seis cilindros em linha, 2.785 cm³ e 100 cavalos, apelidado de “Secretary Six”, ou seja, o seis cilindros da secretária e uma vasta gama de motores com oito cilindros em “V” , 289 polegadas cúbicas podendo chegar até 270 cavalos à 6.000 rpm. Este era chamado de código K alta performance ( High Performance)

O irmão mais luxuoso do Mustang foi apresentado no Salão de Paris, França, em setembro de 1966. Era Mercury Cougar


Primeira geração 1964.

Um modelo cupê 1965 com alguns acessórios personalizados. O famoso motor 289 (4.735cm³) tinha 210 cavalos de potência. Era chamado de Código C. Era alimentado por um carburador de corpo duplo. Seu motor V8 a 90º longitudinal era arrefecido a água. Tinha bloco e cabeçote em ferro fundido. Tinha cilindrada de 4.736 cm³ (289) tinha válvulas no cabeçote comandadas por uma corrente. Tinha tuchos hidráulicos, lubrificados por bomba de óleo com capacidade e 4,3 litros no carter. Seu virabrequim tinha cinco mancais e a capacidade do radiador era de 14,2 litros. Até 1965 tinha dínamo que foi substituído por alternador. Sua taxa de compressão era de 9:01, potência de 210 cavalos (SAE) a 4.400 rpm. Seu torque máximo era de 41,4 mkg.f a 2.400 rpm. A velocidade máxima era de 175 km/h.

Outro modelo cupê 1966. Tanto para o modelo 65 e 66 havia também o 289 com código D, com 210 cavalos à 4.400 rpm e carburador de corpo quádruplo da marca Autolite. Já o código A tinha 225 cavalos.

Suas medidas eram 4,61 metros de comprimento, 1,73 de largura, 1,30 de altura, entre-eixos de 2,74 e seu peso era de 1.160 quilos para o Hardtop (versão cupê).

Para o conversível era de 1.241 quilos e com o motor 289 ganhava mais 120 quilos.  Como opção havia bagageiro cromado sobre a tampa do porta-malas e uma forração em lona para fechar quase todo compartimento de passageiros a exceção do motorista.

O painel do modelo 1966. Abaixo o velocímetro circular central graduado a 140 milhas por hora (230 Km/h). A esquerda marcador de nível do tanque, temperatura do óleo e a direita amperímetro e temperatura do motor. O volante de três raios era mais um opcional como o console e a alavanca de marchas no assoalho. Tinha uma vasta opção de cores para os bancos combinando com o carpete e o console. A alavanca no assoalho Select-Shift, com botões na extremidade, permitia ao motorista passar as marchas de modo manual tornando a condução mais esportiva e melhor em estradas sinuosas. O volante passava a ser regulável em profundidade e altura. Mais conforto ao motorista.

O modelo com motor com 289 polegadas cúbicas tinha opção de chegar até 270 cavalos à 6.000 rpm. Este era chamado de código K.

Sua carroceria era monobloco. Tinha suspensão dianteira independente com triângulo superior e braço inferior com barra de tração. Molas helicoidais e amortecedores telescópicos. Tinha barra estabilizadora. Atrás eixo rígido molas semi-elipíticas e amortecedores telescópico.

Os freios eram a tambor com opção a disco na frente da marca Kelsey-Hayes.Detalhe interessante era que no pedal de freio havia um escudo metálico indicando “Disc Brakes”.

Quase mil unidades foram encomendadas pela empresa de locação Hertz e eram V8 com carroceria preta e faixas douradas cobrindo toda parte central do carro.Cerca de 85 tinham cambio manual mais adequado a versão Mustang Shelby GT350 com 310 cavalos de potência e 45,5  mkg.f de torque.Era alimentado por um carburador de corpo quádruplo da marca Holley e sua velocidade final era de 220 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos.

Mas clientes pediram a automática, pois nem todos estavam acostumados a passar marchas. Mais 850 foram encomendadas a Shelby. Hoje são raras!

A direção hidráulica era opcional. Usava rodas de 14 polegadas em aço estampado e pneus na medida 6.50 x 14. Houve a opção com rodas de 13 polegadas, mas foi descontinuada.

A mecânica abaixo é moderna do modelo acima. Na safra 65/66 também havia as versões 350 GT (306 cavalos à 6.000 rpm) e 500 Shelby preparadas pelo famoso Carroll Shelby criador do AC Cobra Shelby. Saiba mais. O preço de uma versão Mustang Cobra GT era de 4.547 dólares na época, ou seja, quase o dobro do modelo básico. Fazia de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos e sua final era de 198 km/h.

Em 1966 mais de uma milhão já haviam sido produzidos. Carrol Shelby ajudou no desenvolvimento de versões mais bravas do Mustang e graças a ele e outros engenheiros foi desenvolvido o projeto do carro de corridas Ford GT 40 (abaixo) para competir principalmente em Le Mans e Daytona.


1967 – 1968

Ganhava a primeira reestilização., mas sem perder sua identidade. Tinha capô mais longo assim como suas medidas laterais aumentavam . Estava cinco centímetros mais longo e sete centímetros mais largo. A escalada de potência começava. A Ford instalava um motor 390 Pol³ (6,4 litros), quatro válvulas por cilindro e 320 cavalos. O capô mais longo iria abrigar motores mais potentes.

O modelo 1967 era modificado. Abaixo uma réplica do famoso Eleanor

Outro

Outro acessório opcional que compunha a nova grade eram os faróis auxiliares. Suas medidas eram 4,61 metros de comprimento,largura de 2,0 metros e entre-eixos de 2, 74 metros. O peso na versão cupê era de 1.353 quilos. Havia flancos nas laterais com entradas de ar falsas, apenas decorativas para dar um ar mais agressivo.

Abaixo um modelo cupê. No fastback era chamado SportsRoof (Teto esporte). Todas as versões desta safra fizeram muito sucesso. As travas no capô eram opcionais. Ainda havia o conversível como o modelo acima.

E seu motor V8. O motor 239 Pol³ cedia lugar ao novo e famoso 302 (4,9 litros) cuja potência podia variar entre 230 e 345 cavalos. O motor 289 vinha com duplo comando no cabeçote e 16 válvulas. Sua cilindrada de 4.737 cm³ era alimentado por um carburador de corpo quádruplo e potência de 230 cavalos a 4.800 rpm. Seu torque era de 4,2 mkg.f a 2.800 rpm. O motor 427 (7,0) litros e a bagatela de 390 cavalos  deixava a frente mais pesada. O deixava um pouco instável. Era necessário a adoção de suspensão reforçada.

Um modelo conversível com capota de lona mantinha o acionamento elétrico opcional. Era muito elegante com ou sem a capota.

Os modelos 1967/1968 tem mínimas diferenças.

Os pneus podiam ter faixas brancas ou vermelhas.  Eram na medida F70 x 14 no modelo “Wide Oval” Também em 1968 foram feitas versões especiais GT 500 KR Shelby com frente diferenciada. Tinha grade maior e mais agressiva, novo conjunto de lanternas em posição horizontal atrás, arco de proteção na versão conversível, faixas laterais com a inscrição GT 500 KR e o ornamento da serpente cromada ao lado da inscrição 428. No fastback havia na lateral entradas de ar na coluna após a porta e também na parte inferior do para–lama.

E seu novo painel. Havia a mesma quantidade de instrumentos e as cores podiam variar conforme o pedido do cliente. Abaixo no pedal de freio a indicação com o escudo metálico “Disc Brakes”. O espelho retrovisor interno era regulável, logicamente para os lados como também em profundidade. Havia um ajuste manual no apoio superior, onde era fixado, e podia ficar mais a frente ou atrás. Comodidade com segurança. O ar condicionado vinha integrado ao painel.

Abaixo um GT 1968. O novo fastback preenchia toda a traseira que mantinha as luzes de freio retangulares em posição vertical. Os GT vinham com cambio manual de quatro marchas. A versões automáticas passaram a ser chamar GT-A. Era básico no GT a faixa pintada em diversas cores que ia do para-lamas dianteiro, passando pela porta e “voltando” pelo para-lama traseiro.  Os faróis auxiliares eram de série na versão GT.

Um cupê 1968. Havia a versão “Police Intercepetor” com motor do 390 GT, 10:6 de taxa de compressão e 73,6 quilos de torque! Várias gerações apimentadas foram usadas pela polícia americana.

Um GT também de 1968. A  versão 428 KR, “King of Road” atingia o quarto de minha em 13,39 segundos! A versão fastbback era a mais desejada, e ainda mais na cor “Highland Green” como o modelo GT 390 do tenente Frank Bullit .

Ford Mustang fastback 1968. O tenente Frank Bullitt (Steve McQueen) ia gostar deste! As versões Cobra também estavam disponíveis. A versão Califórnia GT/CS (California Special) também tinha quatro entradas de ar menores cobre o capô. Outra versão especial era a High Country Special criada no estado do Colorado.

Já no final de 1966 e como modelo 1967 entrava em cena o Chevrolet Camaro para enfrentá-lo e também o Pontiac Firebird da Genaral Motors. Outro era da Chrysler. O Plymouth Barracuda

Nos Estados Unidos o Ford Maverick havia sido lançado em 1969 e em 1971 era um modelo intermediário entre o Ford Pinto e o Ford Mustang. O nome Maverick vinha de um desbravador do estado sulista do Texas, Samuel Augustus Maverick ou de uma raça de touro muito temida. O Maverick foi desenhado pelo americano Tom Tjaarda(famoso por várias criações inclusive europeias como carros que foram construídos pela Ghia e Bertone) e tinha a mesma base do Mustang.


1969  – 1970

Um belo cupê 1969 que ganhava nova carroceria. Assim como a versão fastback e conversível.

A carroceria crescia. O teto de vinil tinha várias opções de cores e era um opcional.

E o motor 302 do Boss com 290 cavalos seria homologado para as corridas nos Estados Unidos o SCAA (Sports Car Club of America) e para o campeonato Trans-Am. Nestes campeonatos enfrentava o Chevrolet Camaro, o Pontiac Firebird, o Dodge Challenger em 1970, o Plymouth Barracuda e o AMC Javelin SST

Outro modelo 1969 com motor de 351 polegadas cúbicas (5.751 cm³).

Uma versão muito brava do modelo 1969. Baseada nos carros de corridas nos Estados Unidos o SCAA (Sports Car Club of America) e para o campeonato Trans-Am

Outro modelo que fez muito sucesso quando chegou. Era um modelo 1969 Mach One. Neste a tomada de ar era de série. O nome Mach One era uma referência a velocidade do som. A origem do nome se deu em homenagem ao físico e filosofo austríaco Ernst Mach que publicou em 1877 a sua teoria sobre a possibilidade de um corpo ser capaz de ultrapassar a velocidade do som. Um Mach (Ma), possui a velocidade de 1.225,044 km/h no nível do mar a temperatura ambiente, sendo considerada a velocidade mínima para que qualquer corpo consiga ultrapassar a barreira do som. A pronúncia correta é “Mac” devido a nacionalidade do cientista. Mas vários falam Mach.

Ford Mustang ano 1969 com motor V8 351 (5.751 cm³).  Com a mesma carroceira existia a versão Grandé. Apesar do nome parecer francês, não tinha nada haver. Nem a distância entre-eixos era maior. Tinha teto de vinil cobrindo parte da capota na frente. Pneus faixa branca e calotas raiadas faziam parte do pacote. E era equipado com motores V8.

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Havia o modelo Boss 302 com 290 cavalos. Também a versão 428 polegadas cúbicas (7.013 cm³), motor Cobra-Jet com 335 cavalos e quatro carburadores duplos. Cobria o quarto de milha 14,9 segundos e atingia nesta a marca dos 152 km/h! A versão Cobra vinha com uma tomada de ar sobre o capô. O nome Boos era uma homenagem de Larry Shinoda recém contrato pela Ford para homenagear o novo presidente empossado por Henry Ford II, Bunkie Knudsen, ex General Motors. Shinoda contribuiu para o desenvolvimento das versões 1969 e 1970. E também para os modelos 1970 a 1973. Ambos saíram da Ford pouco tempo depois após Bunkie Knudsen ser demitido. E merecidamente Lee Iacocca assumiu seu lugar como presidente da empresa.

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Ford Mustang Boss com motor 351 (5.751 cm³) ano 1970. Este modelo cupê também existia nas versões fastback e conversível com variada gama de motores V8. Tinha duas opções com motor seis cilindros em linha e seis opções com motor V8 chegando o motor 428 a despejar 335 cavalos! Havia ainda a versão Boss 302 e Mach One. A versão Boss 429 com 7.030 cm³ despejava 375 cavalos. Sobre o capô havia uma grande entrada de ar. Podia vir também com um aerofólio traseiro e o vidro traseiro coberto por persianas plásticas na cor preta. Apenas 6.318 Boss com motor 302 foram fabricados.

Alguns dados de potência eram burlados para não espantar as seguradoras que não viam com bons olhos motores super potentes em carro com pouco freio para tal. estrutura e suspensão. Alguns eram verdadeiros dragsters! E 499 unidades ano modelo 1969 Boss 429 foram fabricados. Raridade!” Aqueles que eram equipados com motores 428 Cobra Jet com 375 cavalos foram homologados para competir na Nascar e tinham frente mais pronunciada. Na versão fastback não havia mais as tomadas de ar laterais assim como os faróis auxiliares.

Em 1970 a versão de Carrol Shelby tinha frente diferenciada, arco de proteção e motores muito potentes. São raras hoje!


1971 – 1973

Acima e abaixo um Ford Mustang Mach One.

Em 1971 apresentava carroceria maior, mais pesada e tinha linhas completamente novas.Sua traseira era quase plana com pouca caída e visibilidade prejudicada. Era inspirada no carro conceito Milano apresentado no Salão de Chicago em 1970 com frente muito baixa, traseira idem e linhas esguias.

O modelo conversível, abaixo, era muito atraente. Mantinha a carroceria monobloco em aço estampado, carroceria duas portas e como os anteriores quatro lugares. Os bancos dianteiros contavam com desenho esportivo. A posição de dirigir era muito boa.

A mesma com poucas modificações ficaria até 1973. Tinha versões Boss 351, Mach One, Hardtop básica e Grandé (cupê hardtop com acabamento mais luxuoso e formal com teto de vinil completando toda a capota ou só a parte de trás) e conversível. As primeiras citadas eram fastback. O motor 250 Six com 145 cavalos ainda estava no pacote. Depois deste o V8 302 com 210 cavalos que foi usado aqui Ford Galaxie, LTD e Landau no Ford Maverick GT e sedã

Começava a ficar mais interessante com o 351 com 240 cavalos que aceitava gasolina comum vendida lá. Ainda o 351 com 240 e 285 cavalos. O 351 Dual Ram Injection tinha 330 cavalos e taxa de compressão de 11,7:1 e usava gasolina premium. Vendida lá! E para completar duas opções do 429 (7.030 cm³) ambas com 375 cavalos a 5.600 rpm. Sendo uma delas era Dual Ram Injection. A velocidade máxima com a versão mais potente era de 225 km/h. Tinha caixa manual de quatro marchas, três automática opcional e sua direção contava com assistência. Podia receber cabeçote de alumínio da marca Edelbrock, comando de válvulas especial, cabeçote trabalhado e carburador Holley 800. A potência  beirava os 500 cavalos e torque de 71,0 mkg.f !

Suas medidas eram: 4,81 de comprimento, 1,29 de altura, largura de 1,88 metros e entre-eixos de 2,77 metros. Seu peso era de 1.490 quilos. Sua suspensão era muito semelhante tecnicamente a versão anterior.Independente na frente, tipo Mcpherson com molas helicoidais e amortecedores telescópicos.

Contava com barra estabilizadora. Atrás eixo rígido, molas com lâminas semi-elípiticas e amortecedores telescópicos. Seus freios eram a disco na dianteira, ventilados e tambor na traseira. Usava pneus E78 x 14. O servo freio opcional.

A mesma com poucas modificações ficariam até 1973. Com a adoção de para-choques maiores que suportavam impactos de até 8 km/h ficou ainda maior chegando a 4,93 metros. As vendas começavam a cair. A fábrica da Califórnia em San José não operava mais nem a de New Jersey em Metuchen. Começava a crise do petróleo no mundo inteiro fazendo a gasolina disparar no preço. E os americanos começavam a se interessar por carros menores. A invasão japonesa começava!

Versões Boss 351 e Mach One viam com um pequeno aerofólio traseiro e um spoiler dianteiro que variava de cor combinando com a carroceria. Nas versões mais simples não havia entradas de ar sobre o capô. Apenas duas faixas decorativas que tinham a mesma cor da parte inferior abaixo das portas. Os faróis auxiliares nas primeiras versões eram em posição horizontal . E desde 1971 contava com novas lanternas traseiras.

O motor 250 Six com 145 cavalos ainda estava no pacote. Depois deste o V8 302 com 210 cavalos que foi usado aqui no Brasil no Galaxie, LTD e Landau e também nos Maverick’s.

Na lateral do modelo 1971 tinham a inscrição Mach 1 Mustang e na parte central do capô a indicação 429 Raim Air. Estavam presentes retrovisores externos em ambos os lados e belas rodas com cinco raios cromados e fundo preto.  Não havia mais a  a Boss 302 e a 429.

No final de 1973 havia só uma versão Boss 351 com 330 cavalos. Era alimentado por um carburador da marca Holley 650 de corpo quádruplo


Segunda geração – Mustang II Ghia – 1974 – 1978

Se o primeiro modelo de 1964 usou o chassi do Ford Falcon, este usava o do compacto Ford Pinto. Foi desenhado pelo estúdio Ghia italiano. Estava bem menor. Media 4,44 metros de comprimento, 1,78 de largura, 1,27 de altura, entre-eixo de 1,44 e pesava até 225 quilos a menos que a versão anterior. Seu peso era de 1.359 quilos. 

A crise do petróleo deflagrada em 1973 obrigou as indústrias de automóveis em todo mundo a reduzir o consumo de seus carros e consequentemente a potência, peso… este modelo novo tinha carroceria cupê Hardtop , Hacthback, outra idêntica com três portas e uma interessante que tinha as capotas sobre os assentos removíveis (T-top roof) como o Chevrolet Corvette de terceira geração. A moda Targa lançada na linha Porsche 911/912 também agradava aos americanos. Esta era exclusiva para o Mustang King Cobra. Os motores disponíveis eram o 2,3 OHC com quatro cilindros que aqui passou a equipar também nosso Maverick, um seis cilindros em “V” oriundo do Ford Capri europeu com 105 cavalos e os mais potentes que usavam motor V8 com 4.947 cm³ e 134 cavalos. Havia outro V8 com 5.769 cm³ e 143 cavalos. A versão Cobra II e King Cobra 6.0 lançadas em 1987 eram muito potentes. Fazia de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos e sua velocidade máxima era de 213 km/h. Agradou!

A versão Hatchback havia ótimo acesso ao porta-malas graças ao imenso vidro traseiro que fazia parte da tampa. Não havia versão conversível. Com o motor 302 Windsor fazia de 0 a 100 km/h em 11 segundos, cobria o quarto de milha em 17,9 segundos chegando a 77 milhas por hora ( 127 km/h) e sua final era de 175 km/h. Tinha cambio manual de quatro marchas ou automático com três.

Para compensar o baixo desempenho, a Ford anunciava que havia criado um carro de médio porte de luxo para quem estava em busca do prazer de dirigir. Entre os opcionais havia teto solar, forração em veludo, apliques em madeira, relógio digital e rádio AM/FM estéreo.

No ano seguinte a Ford apresentava as versões Stallion Hactback e o Cobra II. O Stallion tinha algumas modificações estéticas, enquanto o Cobra II era um hatch  com grandes defletores traseiro e dianteiro, máscara no lugar dos vidros laterais, capô com entrada de ar, faixas duplas em toda carroceria e uma serpente no lugar do emblema do cavalo. No interior, apliques metálicos no painel buscavam um aspecto esportivo.

Abaixo Lee Iacocca a frente da primeira e segunda geração do Mustang. Cerca de 1.100.000 unidades foram produzidas em cinco anos de carreira. No primeiro ano foram 385.993 unidades e no último 192.400.

A variedade de opcionais continuava. Podia podia receber itens como pacote Rallye (diferencial autoblocante, suspensão calibrada, escapamento especial , rodas e pneus de alta performance, volante revestido em couro, ar-condicionado, direção assistida, teto revestido em vinil, alarme antifurto e caixa automática.


Terceira geração (Fox) – 1978 a 1993

Usava a plataforma do sedã Fairmont, era 90 quilos mais leve que a geração anterior e media 4,54 metros de comprimento com distância entre-eixos de 2,55 metros. Em 1979 voltava a ser o carro madrinha (Pace Car) nas 500 milhas de Indianápolis. Em 1964 o Mustang foi pela primeira vez. Tornaria a voltar em 1994 na versão Cobra. A Ford investiu muito na divulgação do novo Mustang e produziu seis mil réplicas da versão pace-carEra equipado com bancos da marca Recaro, entradas de ar no capô, rodas e pintura especiais. Também eram oferecidas as versões Ghia para o cupê e Cobra para o fastback. A empresa Ghia pertencia a Ford desde 1973.

Este era um modelo compacto também e o preferido do falecido ator Paul Walker por ser mais leve que os anteriores. O Mustang completava quinze anos de produção. O carro (abaixo),  um hatchback com a nova frente, a partir de 1984 , baseada no Ford Sierra Europeu, pertence a uma colecionadora de Belo Horizonte. O primeiro dono foi seu pai que conservou manuais, peças, etc. Um carro ímpar! Foi a primeira reestilização ocorrida em 1984 deste modelo de sucesso.

Seu motor era o mesmo do Maverick quatro cilindros OHC. Era novo motor de quatro cilindros em linha OHC com comando de válvulas no cabeçote, 2.300 cm³, taxa de compressão de 7,9:1 e 99 cavalos a 5.400 rpm. Seu torque máximo era de 19,9 mkg.f a 3.200 rpm. Tinha quatro marchas a frente e tração traseira. Moderno, este motor equipava neste ano o Mustang II e era fabricado em Taubaté no interior de São Paulo numa fábrica nova. Abaixo detalhe da ótima terceira porta e acesso aos bancos rebatíveis.

Em 1984 foi introduzido um motor de alto desempenho chamada ”SVO” ( Special Vehicle Operations) equipada com um motor 2,3 litros com quatro cilindros em linha, turbocompressor e injeção eletrônica, despejava 177 cavalos e podia ir de 0 a 100 quilômetros por hora em 7,8 segundos. São 175 cavalos de potência e sua velocidade final era de 215 km/h.  Contava com câmbio de cinco marchas com trambulador da famosa marca Hurst para engates mais rápidos, diferencial autoblocante, amortecedores especiais da marca Koni e freios a disco nas quatro rodas que eram necessários.  O capô tinha uma entrada de ar, as rodas eram as primeiras de 16 polegadas, com pneus na medida 225/50 e a traseira tinha aerofólio duplo nada discreto. Por dentro havia bancos revestidos de couro com apoio lombar ajustável, controles elétricos e teto solar. Seu preço era o dobro da versão de básica.

Também estava disponível a versão conversível lançada em 1983. O Mustang GT abaixo substituía o Cobra de 1982. De volta estava o bom e confiável motor V8 302, com 157 cavalos e era um dos mais rápidos em aceleração dos carros americanos na época. A marca do Oval criava também o SSP, Special Service Package (pacote de serviço especial), que consistia em um GT preparado para a Patrulha Rodoviária da Califórnia (CHP – Califórnia Higway Patrol). Eram na cor preta com teto e portas brancas.

Cerca de 400 exemplares foram produzidos para a polícia californiana  que apreciava carros rápidos há muito. Este 302 tinha 205 cavalos a 4.200 rpm. Cobria o quarto de milha em 15,22 segundos e sua velocidade final era de 137 milhas por horas ( 226 km/h). Já eram equipados com freios ABS e pneus Goodyear Eagle GT P215/65 R15 em rodas de liga de alumínio, suspensões e freios especiais.

Eram modelos cupê e também usados pela polícia de Michigan na cor azul escuro. Foram usados por mais de 60.000 milhas (75 mil quilômetros) e eram conhecidos como caçadores de Porsche. Algumas unidades chegaram a 90.000 milhas!

Para comemorar os 20 anos do pequeno cavalo, a Ford relançava em meados de 1983 a versão conversível. Tinha capota com acionamento elétrico e vidro traseiro em vez de plástico. A carroceria não era fabricada pela Ford. Recorreu aos serviços da empresa especializada em conversão Cars & Concept de Brighton, Michigan.

Em seu interior podia receber, como as anteriores, caixa automática (apenas para os V8) ou mecânica.

A versão SVT Cobra, lançada em 1993 estava disponível apenas com cambio manual. As versões Cobra e Cobra R V8 5.0 SOHC  tinha 238 cavalos tina câmbio manual de 5 marchas. Sua velocidade final era de 235 km/h.

Ford Mustang 5.0 da terceira geração, ano 1980. Este V8 5.0 (302) tinha 255 cavalos. Em 1985 a versão SVO , tinha a alterações no turbo, no escapamento e no comando de válvulas. Os faróis eram montados menos recuados, mas só acompanhariam a inclinação da frente no ano-modelo seguinte. Atrás aerofólio duplo dava lugar a discreto defletor. Nas demais versões a frente de quatro faróis era mantida, mas as rodas e pneus TRX  Michelin desapareciam. Porém o GT ganhava a opção de 15 polegadas com pneus 225/60 e o motor 302 chegava a 210 cavalos. Um pacote Twister II estava disponível para o GT. Desde a primeira geração eram feitas pela empresa Twister trabalhos externos decorativos e pequenas preparações. 

A versão turbo chegava ao fim de 1986. A Ford concentrou seus esforços na preparação dos V8, uma paixão americana para as versões de alta performance. Nesse ano o V8 302 tinha injeção multiponto sequencial na opção mais potente.

Para 1987 a grade desaparecia, no GT.  A aerodinâmica melhorou  registrando um Cx (coeficiente aerodinâmico) do hatchback  em 0,36. Por dentro vinha um painel redesenhado. Simplificada, a gama de motores preservava apenas o 2,3 com injeção gerando 90 cavalos e o V8 302.

Foi a geração com maior longevidade!


Quarta geração – 1994 a 2004

O Ford Mustang da quarta geração (1994–2004). Apenas carroceria cupê e conversível. Foi baseado no conceito Mustang Mach III apresentado no Salão de Detroit em janeiro de 1993. O emblema do cavalo retornava para a grade.  As tomadas de ar laterais reapareciam, assim como as lanternas triplas. A coluna traseira era semelhante à dos fastbacks de tempos passados. As grandes rodas de 17 polegadas completavam o conjunto. A plataforma era derivada da Fox , mas com aumento de 44% na rigidez torcional do cupê e 80% na do conversível. Segundo a Ford, em todas as modificações apresentadas, 1.850 peças eram novas.

Abaixo o painel que já incluía air bag, controle de velocidade e vários itens de segurança. Seu velocímetro era graduado a 150 milhas por hora ( 240 km/h) e o conta-giros era graduado a 8.000 rpm com a zona vermelha começando a 6.000 rpm. Havia ainda nas laterais quatro mostradores menores com amperímetro, nível do tanque de gasolina, temperatura do motor e nível do óleo. Entre os itens disponíveis opcionais estavam rádio com CD com amplificador e na mecânica ganhava freios ABS (Anti-lock Braking System).

Suas linhas lembravam um pouco os primeiros modelos da década de 60. Suas medidas eram 4,61 metros de comprimento e 1,82 de largura. O peso era de 1.390 para o cupê e 1.470 para o conversível. Seu porta malas cabiam 305 litros. Para comemorar os 35 anos do esportivo, uma edição limitada do GT vinha com tomada de ar destacada no capô, um pequeno aerofólio e revestimento interno em couro preto.

Este é um GT conversível. Ambos tinha caixa manual de cinco marchas ou quatro automática. E tração traseira! Alguns concorrentes de outras fábricas começavam a adotar a tração dianteira que nunca foi utilizada no Mustang.

As opções de motor eram:

3.8 V6 SOHC ( Single Overhead Camshaft ou Comando Simples de Válvulas no Cabeçote) com 147 cavalos à 4.000 rpm (1994 – 1995). A velocidade máxima era de 181 km/h. A mesma havia opções com 152 e 193 cavalos. A partir de 2001 a última já estava com 196 cavalos. A versão GT 5.0 V8 SOHC tinha 218 cavalos e velocidade máxima de 225 Km/h com câmbio manual e 215 km/h com câmbio automático. Mais potente em 2008 o GT V8 4.6 SOHC passou a ter 228 cavalos. Fazia de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos e velocidade máxima de 230 km/h. A T-top roof GT V8 4.6 SOHC passava a ter 264 cavalos a 5.250 rpm. Máxima de 240 km/h com câmbio manual de cinco marchas. A versão Cobra R era reapresentada em 1995 com o motor 302 despejando 300 cavalos. Para maior estabilidade sua suspensão foi recalibrada e freios a disco maiores. Foram 250 unidades em cor branca. Fazia de 0 a 100 km/h em 5,5 segundos

Um novo motor V8 de 4,6 litros, com comando de válvulas no cabeçote era a grande novidade para o GT em 1996. Embora mantivesse os 215 cavalos e 39,4 mkgf do anterior, alcançava 6.000 rpm. E ganhava novas tomadas de ar no capô.

Para o SVT Cobra, uma variação desse V8 era produzida com bloco de alumínio, duplo comando e quatro válvulas por cilindro para alcançar 305 cavalos e 41,5 mkg.f. As lanternas traseiras com seções verticais identificavam a mudança.

Abaixo um Bi-Turbo! Força bruta! Bom para descalçar os asfalto.

Este abaixo com personalização do teto. Outra boa e moderna novidade na versão Cobra, apenas, era a suspensão traseira independente. A  primeira em 35 anos de fabricação do Mustang. O sistema multi-braço, com os braços inferiores em alumínio era ancorado a um subchassi tubular.Foi projetado de modo a usar os mesmos pontos de ancoragem do eixo original, o que permitia sua aplicação a outras versões.

Em 2001 a Ford apresentava o GT Bullitt, na cor verde Highland Green em homenagem ao filme estrelado por Steve McQueen em 1968,  no qual o Tenente Frank Bullit pilotava um Mustang GT 390 fastback nas ruas de São Francisco . As novas rodas de 17 polegadas tinham tom grafite e o acabamento interno lembravam muito o modelo do filme . Havia novas tomadas de ar sobre o capô e saias laterais. O motor V8 4,6 recebia alterações para chegar a 270 cavalos, a suspensão era mais firme e os freios usavam discos dianteiros da marca Brembo com pinças vermelhas. Cada uma das 5.500 unidades trazia uma plaqueta numerada. Foi disputada! 

A afamada versão Mach One era apresentada em 2002 em uma versão especial limitada a 6.500 unidades. Não esqueceram o shaker hood,  a seção do capô que balançava ao acelerar o V8 de 4,6 litros, 32 válvulas e 300 cavalos. Rodas especiais de 17 polegadas estavam presentes, faixa central e aerofólio pretos, completavam o visual esportivo.

A versão SVT Cobra R com um V8 de 5,4 litros, 32 válvulas, duplo comando (DOHC) com 390 cavalos e câmbio manual de 6 marchas completava dez anos em 2003. E tinha uma série limitada de 2.003 unidades, a 10th Anniversary, comemorando os 10 anos da divisão SVT. Disponível como cupê ou conversível, trazia bancos de couro preto e vermelho, rodas exclusivas de 17 polegadas e pinças de freio vermelhas.

Em 2004 a versão GT completava 40 anos. Vinha com uma grande tomada de ar sobre o capô, rodas de liga especiais, grade em formato de colmeia e podia vir com faixas decorativas sobre o capô.


Quinta geração – 2005 a 2014

Em 2005 surgiu nova a geração , com design inspirado no Mustang do final dos anos 60, movimento classificado como “retro-futurismo”.  Além dos motores V6 4,0 litros de 210 cavalos e GT V8 4,6 litros de 315 cavalos, incluía a versão especial Shelby GT500, com motor V8 5,4 litros de 456 cavalos.

Com a introdução do motor Supercharger, em 2008, este último passou a oferecer 500 cavalos. O Shelby GT500 “King of the Road” elevou a potência para 548 cavalos e tornou-se o Mustang mais potente já fabricado pela Ford. O carro pônei continuava a ser um Muscle Car do século XXI.

Sua caixa de marchas podia ter cinco ou seis velocidades (cambio da marca Tremec)  ou automática com cinco. 

Grande sucesso nos Estados Unidos, na Europa. em todo o mundo… O novo modelo tinha a traseira fastbasck frente como os faróis circulares, grade, vincos laterais, tomada de ar sobre o capô, lanternas triplas verticais e a simulação do bocal do tanque de combustível no centro da traseira. Por dentro, o estilo do volante de três raios estava de volta, assim como os instrumentos circulares. Disponível com carrocerias cupê fastback e conversível com capota de lona. Abaixo e acima um modelo Cobra.

Em 2009, por ocasião dos 45 anos do Mustang, lançava a série especial Lee Iacocca Silver 45th Anniversary Edition do modelo, com motor V8 de 4,6 litros e 320 cavalos ou, se equipado com compressor despejava 400 cavalos.

Os bancos da marca Recaro era opcionais nas versões com motor V6 e GT, mas de série na Boss 302 e Shelby. Abaixo um GT com muita agressividade. Detalhe para as pinças vermelhas nos freios a disco dianteiros, rodas especiais com o símbolo do cavalo a no centro e discretas faixas na cor cinza cobrindo todo o carro. 

Não tinha mais a plataforma Fox, a distância entre eixos crescia 15 centímetros. Suas medidas eram 4,78 metros de comprimento, 1,88 de largura e 1,41 de altura.

Estava disponível com versões de 550 a 650 cavalos para enfrentar os concorrentes Chevrolet Camaro ZL1 e Dodge Challenger Hell Cat.  Eram os Mustangs mais potentes da história! Abaixo um GT 500 R com clara inspiração no modelo de 1967

Em 2009 tinha a primeira reestilização.Contava a opção de teto panorâmico com grande área envidraçada fixa. Seu coeficiente aerodinâmico estava mais baixo em 7%.

O novo motor V8 de 4,6 litros com três válvulas por cilindro desenvolvia 304 cavalos e 43,5 m.kgf na versão GT, enquanto o básico era um V6 de 4,0 litros, 204 cavalos e 32,4 m.kgf. Ambos podiam ter câmbio manual ou automático de cinco marchas, este inédito no carro. Não abandonava a suspensão traseira de eixo rígido, mas ela ganhava três articulações e barra Panhard. Abaixo o GT 500 R com a reestilizado.O controle de tração estava presente, mas no V8 podia ser desativado. Tinha suspensão recalibrada, capô em material com carbono e rodas redesenhadas. Havia melhorias na rigidez estrutural do conversível e um pacote opcional com rodas de 19 polegadas e os freios dianteiros Brembo do Shelby GT 500. Usava pneus para alta performance como o 255/40 R19 na frente e 275/40 R19 atrás

Em 2011 tinha vendido mais de 70.000 exemplares nos Estados Unidos. Tinha nova grade, para-lamas e capô. Conta com novos faróis Full Led

Abaixo um modelo com o venerado motor 302. Os faróis são de Full Led, os faróis de neblina e as lanternas traseiras, e contam com luz alta automática. Os espelhos retrovisores externos têm aquecimento, pisca integrado de LED e rebatimento elétrico manual

A versão Boss 302 era relançadas em 2012 com o motor V8 de 5,0 litros e 444 cavalos, câmbio de seis marchas e continuava com potentes e eficazes freios Brembo. O visual era inspirado no modelo que deu origem ao nome, com faixas pretas sobre o capô e nas laterais, que combinavam com o pequeno aerofólio traseiro. Por dentro novos bancos Recaro e no painel um indicador do desempenho na aceleração e das forças laterais e longitudinais em g. A “força g” é na verdade a aceleração lateral gerada em uma curva ou manobra, medida na unidade da aceleração da gravidade (g = 9,8m/s²). É essa aceleração lateral que causa aquela força que nos empurra contra a porta do automóvel durante curvas em alta velocidade.

Para o ano seguinte, em todo Mustang, a grade estava mais proeminente e as lanternas traseiras mudavam. Mais notável era a motorização do Shelby GT 500: Tratava-se do motor V8 de produção em série mais potente do mundo. Mas a concorrência estava atenta e a General Motors e a Chrysler não demoraram a reagir. Com aumento de cilindrada para 5,8 litros, atingia valores muito altos de potência 532 a 662 cavalos com compressor e torque (83 mkg.f). Jamais vista num carro americano de série.

Houve extensas alterações se adequar a grande potência. O eixo cardã era de fibra de carbono, tinha opção de diferencial autoblocante reforçado da marca Torsen, a aerodinâmica era mais estudada e havia controle eletrônico dos amortecedores Bilstein com modos de uso Normal e Sport (opcional) e o pacote Track com arrefecimento melhorado para motor, transmissão e diferencial. O conversível também estava disponível, mas com restrição de velocidade a 250 km/h, enquanto o cupê podia atingir velocidades acima de 300 km/h.

A quinta geração que nasceu em 2005 e foi até 2014. A Ford se inspirou nas linhas da década de 60 para produzir essa bela nova safra de Mustang. Grande sucesso nos Estados Unidos, na Europa. em todo o mundo… 


2015…

A sexta geração foi lançada em 2015. Tinha também linhas inspiradas nos modelos dos anos 60, mas com linhas curvas. Estava ainda mais atraente. Para comerorava o aniversário de 50 anos do Ford mais famoso do mundo a Ford apresentava Salão de Detroit de janeiro de 2014 um novo Mustang. Sua missão era alcançar mercados em quatro continentes. Apenas com carrocerias cupê e conversível.

Por dentro o interior estava mais moderno. Tinha partida por botão, sem uso de chave,tornando-o mais esportivo.Como se não bastasse a ótima opção de motores e um ótimo conforto interior para quatro pessoas como todas as gerações anteriores, tinha sistema de entretenimento Sync, chave programável MyKey, sistema de áudio Shaker Pro e controlador da distância. A tela táctil ao centro do painel tinha doze polegadas. O novo carro é fabricado em Flat Rock no estado do Michigan.

Suas medidas eram 4,78 de comprimento, largura de 1,96 metros e entre-eixos de 2,70. Seu peso era de 1.720 quilos. Tinha a opções de motores com quatro cilindros, 2,3 litros Ecoboost com 317 cavalos a 5.700 rpm, caixa de seis marchas, peso de 1.655 quilos e torque de 43,2 mkg.f a 2.300 rpm. Fazia de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos e velocidade máxima de 235 Km/h.

Entre eles havia o V6 de 3,7 litros, com 304 cavalos e 37,3 m.kgf. que deixou de ser produzido em 2018 . O motor V8 com 4.951 cm³ (302), 32 válvulas, quatro comando de válvulas,  com injeção indireta sequencial  multiponto e potência de 421 cavalos a 6.500 rpm. Tinha caixa Getrag manual de seis velocidades e automática com dez velocidades. Fazia de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos e velocidade final de 250 km/h. A versão Shelby GT 350 contava com 526 cavalos. A versão Bullit era lançada 50 anos depois na cor  Highland Green e tinha debaixo do motor 450 cavalos. A opção de um compressor aumentava para 532 ou 632 cavalos a potência do motor V8 de 5,0 litros.

Usava pneus na medida 255/40 R 19 na frente e 275 /40 R 19 atrás. Sua Suspensão é independente na frente, tipo Macpherson com barra estabilizadora. Atrás também independente com muiti-braço e barra estabilizadora.

Em 2020  novo Mustang tem suspensão dianteira do tipo MacPherson com duplo “ball joint” e, na traseira, adota pela primeira vez um sistema independente Integral Link, melhorando a capacidade de tração e o controle de cambagem. Junto com a tecnologia MagneRide( Os amortecedores MagneRide são equipados com um fluido viscoso eletromagnético e sensores que ajustam instantaneamente o comportamento da suspensão para oferecer a melhor resposta em cada situação) , essa arquitetura garante tanto uma direção esportiva nas pistas como uma rodagem suave e refinada no dia a dia, reagindo automaticamente e em tempo real a cada situação. Em 2024 chegará a sétima geração.

Nota: Quis neste artigo dar maior ênfase aos modelos antigos.


Na Arte

Humberto Inchausti é brasileiro, natural de Belo Horizonte, formado na Escola de Belas Artes da UFMG, pós graduado em Ensino de Artes Visuais e Tecnologias Contemporâneas, tem experiência com Fundição de Metais, Escultura, Modelagem de Corpo Humano, Manuseio e aplicação de Fiber Glass (Fibra de Vidro), Plataforma Moodle, Design Instrucional, Educação a Distância, Gestão em EAD, Formação Técnico-Pedagógica para Tutores em Educação a Distância, Ensino de Artes Visuais, Pintura, Gravura, Fotografia, Cerâmica, Desenho e ilustração. As coloridas são técnicas de aquarela e as preto e branco são em nanquim. Os tamanhos variam um pouco indo de formatos de 10 x 15 cm até 80x120cm. instagram: @hinchausti https://www.facebook.com/hinchausti

O Boos 302 1970

Antonio Ariel Texieira Filho

Pinturas cedidas gentilmente por  Antonio Ariel Teixeira Filho – https://www.facebook.com/antonioariel.teixeirafilho

Garagem de papel

Pinturas cedidas gentilmente por Amaral  https://www.facebook.com/garagemdepapel/

RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS


Nas Pistas

Com Jacques Bernard Ickx acima

Ford Mustang Shelby GT 350 disputou nos Estados Unidos o SCAA (Sports Car Club of America) e para o campeonato Trans-Am. Nestes campeonatos enfrentava o Chevrolet, o Pontiac Firebird, o Dodge Challenger, o Plymouth Barracuda e o AMC Javelin SST. Participa com frequência das Corridas de Veículos Históricos de Competição na categoria Sixtie que competem carros esportes dos anos 60

As versões 350 GT (306 cavalos à 6.000 rpm) e 500 Shelby preparadas pelo famoso Carroll Shelby criador do AC Cobra Shelby. Saiba mais.

Em ralis da Europa

Abaixo o Ford Mustang Cobra, geração Fox, com 750 cavalos que participou das 24 Horas de Daytona 1995

E na Nascar (saiba mais)


Nas Telas

Em 007 Contra Goldfinger (1964)

No ótimo filme, o Ford Mustang conversível branco foi guiado pela bela Tilly Masterson, que interpreta Tania Mallet, que perseguia o espião James Bond nos Alpes Suíços, com cenas ótimas registradas na estrada de Furkapass.

Veja parte do filme

007 Contra a Chantagem Atômica (Thunderball de 1965)

No ano seguinte, o Ford Mustang já participava pela segunda vez. O modelo era também de carroceria conversível, mas desta vez na cor azul e fabricado no mesmo ano do filme, 1965. Nesse caso, o esportivo da Ford é pilotado pela bela atriz italiana Luciana Paluzzi, que faz papel de Fiona Volpe, uma vilã nas Bahamas. E ela acelera bem! Ótima cena em alta velocidade. Veja um trecho

Os Diamantes são Eternos (Diamonds Are Forever )

E James Bond, o agente 007, desta vez dirigindo, fritou pneus em Las Vegas a bordo de um Mach 1 vermelho 1971. Foi no filme Os Diamantes São Eternos (Diamonds Are Forever ) de 1971 com Sean Connery. As cenas são muito bem feitas e o Mustang fica em duas rodas, dá cavalo de pau e deixa louca a polícia do estado de Nevada.

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Veja um trecho


Thomas Sean Connery foi um ator escocês. Ficou mundialmente conhecido como o primeiro e mais célebre ator a interpretar James Bond, agente secreto do MI6 britânico, no cinema, protagonizando 6 filmes entre 1962 e 1971. E em 1983 – Never Say Never Again (007 – Nunca Mais Outra Vez)


Bullit

O grande ator Steve McQueen, neste ótimo  filme de 1968, uma das mais fantásticas perseguições automobilísticas do cinema. Foram utilizados na perseguição dois Mustangs fastback 1968 GT 390 e dois Dodge charger RT 440.

Um dos mais memoráveis pegas do cinema está no policial Bullit. O filme, estrelado por Steve McQueen e a bela Jacqueline Bisset, tem uma  das perseguições mais emocionantes do cinema feitos nas ruas de San Francisco, na Califórnia. O duelo é com um Dodge Charger. O Mustang, placa JJZ-109, verde escuro é um modelo 1968  GT 390 fastback. McQueen, como sempre, dispensou dublês. Ele mesmo fez questão de tocar o muscle car e o adversário, dirigindo o Charger, era um ator amigo dele. Em 1998 a Ford fez uma edição comemorativa, com o modelo atual, na mesma cor do carro do cinema. Quem gosta de ver máquinas descascando pneus pode alugar em DVD. Imperdível.

Dizem que o merchandising de automóveis começou no filme francês Um Homem e um Mulher(Un Home et une Femme) de Claude Lelouch de 1966. Atuam neste drama romântico o ator Jean-Louis Trintignant e a atriz Anouk Aimée que fazem os papéis de Jean-Louis Duroc(piloto de provas)  e Anne Gauthier. Logo no princípio ele aparece num Mustang modelo conversível 1966 vermelho. Neste tem uma cena na praia de Deauville fazendo vários “peões” .

Depois aparece, ao lado do Ford GT 40, um cupê branco, em testes na pista inclinada de Monthlery. O mesmo cupê participa do Rali de Monte Carlo e muito em todo o filme. Em 1986, foi feito o filme Vinte anos Depois com o mesmos atores. Não faltou o Ford Mustang cupê de número 184. Ambos merecem ser vistos

Grand-Prix

Também no ótimo filmes de corrida de Fórmula Um , Grand Prix, de 1966, o ator James Gardner é um piloto. Nas horas de folga dirige um modelo Shelby verde com faixas douradas, versão Hertz, pelas estradas sinuosas do sul da França perto de Mônaco.

Em K-9, um Policial Bom para Cachorro, James Belushi faz dupla com um pastor alemão de meter medo. Ele tem um conversível verde 1966. O cão faz questão de ir no banco da frente ao lado de seu parceiro.Talvez seja o Mustang mais surrado que apareceu nas telas. Porém o detetive sempre se referia a ele como “um clássico” e tinha muito orgulho. No final do filme a carroceria já esta quase toda perfurada por balas.

No filme policial Malone, de 1987, com Burt Reynolds, Cliff Robertson e Lauren Hutton. Burt faz o papel de um ex-agente do FBI. Possui um belo fastback 1969 muito conservado. No final, numa cena de ação, ele mostra a potência Ford.

No filme 60 segundos (Gone In 60 Seconds) de 1973, a estrela é um  Mustang Mach 1 amarelo. Neste DVD há muita destruição de carros e perseguições.

Na refilmagem em 2000, a versão Shelby GT500 de 1967 na cor prata se chama Eleanor e é cultuada pelo ladrão de carro interpretado por Nicolas Cage. Neste filme há quase 40 minutos de perseguições. Cage tinha 24 horas para roubar carros de prestigio como Mercedes, Ferraris, Porsches e Lamborghinis.

No seriado As panteras (Charlie’s Angels), que foi ao ar de 1976 a 1981, com três lindas mulheres, Kelly, Jill e Sabrina, (respectivamente Jaclyn Smith, Farrah Fawcett e Kate Jackson) usavam carros Ford. Um deles era o Ford Pinto e o outro um Mustang II  branco com faixas azuis, fastback, modelo Cobra, ano 1975.


Apesar das novas tecnologias, um DVD é ainda muito bom


Em 60 anos de história, o esportivo Ford Mustang tem mais de 3.800 aparições em filmes nas grandes telas e na TV. E com mais de 20 artistas de primeiríssima linha.

Na música: A dupla Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle lançou também nesta época outra música que frequentava as paradas de sucesso. Era Mustang Cor de Sangue que contava o desejo de se comprar o carro da Ford americana. Na letra eles cantam “no farol vejo seu olhar, minha mão toca a direção, o painel cheio de amor”. E também é citado o Corcel cor de mel…


Em Escala

Um bela trinca de Ford Mustang. O “Bullit” 1968, um modelo preparado Salleen (Quinta geração (2005-2014) e o branco da última geração

O Ford Mustang Eleanor da segunda versão do filme 60 segundos

Ford Mustang 1967 Shelby modelo encomendado pela empresa Hertz de locação de veículos

Um Ford Mustang GT 500 na escala 1/8 com peças vendidas em fascículos em bancas. Bela !

Miniatura 1/18 da marca Mira espanhola, ano 1964 ½. Foto fornecida pelo amigo colecionador André Luis Tavares do Vale de Varginha.


“O que é escrito sem esforço é lido sem prazer”


Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Demais fotos de publicação

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