Transporte de Carga Preciosa para Bólidos Exclusivos

Transporte de Carga Preciosa para Bólidos Exclusivos

Em 1894, aconteceu a primeira corrida de automóveis do mundo entre Paris e Rouen. Neste ano um jornalista francês, Pierre Giffard, organizou uma competição de carruagens “sem cavalos” entre Paris e Rouen. A largada aconteceu em 22 de julho: Foram 21 veículos como motores abastecidos por petróleo ou movidos a vapor. No começo do século XX a maioria das corridas ou eram no entorno das cidades ou entre uma e outra.

Nos Estados Unidos, a primeira edição das 500 Milhas de Indianápolis aconteceu em 1911. Nesse mesmo ano, foi criado o Rally Automóvel de Monte-Carlo na Europa. As 24 Horas de Le Mans, uma prova de resistência de referência, tiveram lugar pela primeira vez em 1923.

O primeiro Grande Prêmio do Mônaco aconteceu em 1929. Os carros eram muito bonitos e necessitavam ser transportados com muito cuidado. Eram meses de projeto até chegar ao produto final e muitos testes.

Para transportar seus carros de competição nos anos 50, a casa alemã Daimler Benz  criou um pequeno caminhão. Mas tinha muitas diferenças com relação aos outros de outros países e equipes. Era rápido e tinha como propulsor o potente seis cilindros do esportivo o 300 SL. Acima um caminhão Mercedes-Benz Renntransporter 1938 e um Mercedes-Benz 300 SLR que foi pilotado pelo penta campeão argentino Juan Manuel Fangio em 1955

Os carros de competição da Mercedes-Benz no início da década de 1950 eram muito bonitos e eram transportados em caminhões de produção em série; cima um caminhão Mercedes-Benz Renntransporter 1938. Mas anos depois seria utilizado um veículo muito distinto. Era veloz, estável e tinha bons freios.

O Renntransporter de 1954 era mais rápido que muitos carros de sua época. Levou sete anos para chegar até as estradas. Era uma mistura dos modelos 180 Ponton, 190 SL e 300 SL. Utilizava componentes de todos. Sua cabine avançada, para dois ocupantes, era no mínimo curiosa e também seu vidro traseiro em posição invertida como os automóveis Ford Anglia inglês e o francês Citroën Ami que anos mais tarde chegariam as ruas. Era pintado na cor azul, nas portas havia a inscrição Mercedes-Benz Rennabteilung (departamento de corridas) e no para-lamas traseiro “Max. Speed 105 mph”, ou seja, 173 km/h! Com juízo! Seu motor era um seis cilindros em linha, atrás da cabine, fundido em liga de alumínio. Tinha 2.996 cm³, taxa de compressão de 8,8:1 e potência de 240 cavalos, medida DIN (Deutsches Institut für Normung”, Instituto Alemão para Normatização), a 5.500 rpm. Seu torque máximo era de 25,8 m.kgf a 4.700 rpm.

Tinha quatro marchas e tração traseira. Sua suspensão era independente na frente, braços sobrepostos e molas helicoidais. Atrás, semi-eixos oscilantes. Tinha molas helicoidais e amortecedores telescópicos. Freios a disco na frente e tambor atrás com comando hidráulico. O projeto de Hägele foi aprovado, sem restrição, por Alfred Neubauer dirigente esportivo austríaco, famoso chefe de equipe da Mercedes-Benz, que ficaria conhecida pelos títulos das Flechas de Prata. O projetista Hägele era o responsável do departamento técnico e reuniu sua equipe para construir o chassi, transmissão, motor e fabricação do protótipo. O objetivo do transporte rápido era chegar na pista e poder acertar o carro transportado. O W196 e o Mercedes-Benz 300 SLR (W196S) carroceria Streamlined (Fangio campeão em 1954) e depois o 300 SLR (Super-light Racing), mais longo e encorpado, em 1955.

Porém neste ano a Mercedes se retirava das pistas após o grave acidente em Le Mans que vitimou o piloto Pierre Levegh e cerca de 80 espectadores.  

Media 6,75 metros de comprimento, 2 metros de largura, distância entre eixos de 3,05 metros e 1,75 m de altura. Seu peso era de 2.120 quilos, tanque de gasolina de 150 litros e usava pneus 7.60 x 15. Os pneus estepes ficavam abaixo da prancha. Ficou exposto junto a um 300 SLR no Museu Mercedes-Benz Classic. Mas seu peso era elevado para ficar no piso superior do museu e a marca preferiu mantê-lo em serviço, no departamento de testes por um tempo. Foi alugado para ser exposto no Museu Ford em Dearborn e depois voltou a Stuttgart em 1957. Por ordem de Alfred Neubauer, não se sabe exatamente, ele foi destruído e há até um documento, um certificado de 1967 na documentação da fábrica.

Foi decidido em 1992, refazer, sem muita documentação, uma réplica do pequeno caminhão. Sete anos de trabalhos, muito esforço e habilidade artesanal. As peças mecânicas não eram problema, mas a carroceria, cabine e plataforma traseira, foram refeitos a partir da observação em fotografias! Belo trabalho da engenharia alemã!


Outros não menos importantes

Ecurie Ecosse (Escuderia Escócia). É um Commer truck transporter. Belo e muito famoso caminhão. Ficou famosa por transportar os Jaguar C e D-Type.

Descarregando um veloz Jaguar.

Um belo ônibus de uma equipe francesa que fez história. Para transporte de carros de corrida

Na rampa do caminhão da marca Bartoletti Transporter um Ferrari 330 P3/P4 também muito bonito. E veloz!

Em escala: Lindo!

O caminhão francês Laffly para transportar carros de corrida da marca Gordini


No Brasil

Originalidade de bom gosto nesta VW Kombi “Transporter” Kemperink com uma réplica Porsche sobre a prancha.

Campos_do_Jordao_2015_Abril_Premios_(97)

Em miniatura com um Porsche 356


Nos Estados Unidos

Para 400 metros 1/4 de milha

Outro para a Nascar


MATCHBOX M-6 RACING CAR TRANSPORTER – Escala 1/43 – 1965-1969

Na larga cabine, motorista e passageiro na frente e atrás acomodava com conforto três ocupantes.

Foram especialmente construídos pela Marshalls of Cambridge em um chassi Ford Thames PSV. Esse veículo foi comprado pela Ford UK (United Kingdom – Reino Unido, formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) para a equipe Lotus usar no transporte do Lotus Cortina e também nos fórmulas e foram entregues por Alan Platt, gerente de competição da Ford, a Colin Chapman em dezembro de 1963. 


Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Demais fotos de publicação do site                             

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