Em 2023 a Aston Martin completa 110 anos. Conheça esportivo DB4. Mais um belo de David Brown
Em 1958 era lançado o sucessor do DB3. Era o DB4 que chegava nas versões cupê e conversível e anunciado como o mais perfeito GT inglês. Era o projeto de Harold Beach que foi um engenheiro britânico da Aston Martin e designer-chefe. Ele projetou o chassi e a suspensão do icônico Aston Martin DB3 de 1963, do DB4 de 1958 e do DB6 de 1965. Nascido em 15 de fevereiro de 1913 – falecimento 24 de janeiro de 2010.
Desbancava a restrita concorrência. Eram o Jaguar XK 140, o Mercedes-Benz 300 SL, o Ferrari 250 GT , Ford Thunderbird e o Chevrolet Corvette.
Sua carroceria foi projetada pela Carrozzeria Touring de Milão dentro do conceito Superleggera, ou seja, super leve. E já era montada na unidade fabril de Newport Pagnell. Todos eles artesanalmente e por isso a produção era pequena. Mas o acabamento era superior, impecável, feita com muito critério e paixão. Era um carro elegante e ao mesmo tempo de linhas agressivas. O cupê 2+2 media 4,47 metros de comprimento. Um casamento anglo italiano perfeito.
Nos para-lamas havia uma pequena entrada de ar oblonga com um friso metálico cromado cortando esta. Marca de destaque e identificação existente nos Aston até hoje.
O potente seis cilindros em linha longitudinal, projetado por Tadek Marek, tinha 3.670 cm³ , dois carburadores da marca SU e duplo comando de válvulas no cabeçote. Ambos eram de alumínio e desenvolvia 240 cavalos a 5.700 rpm. Chegava a 225 km/h. O acabamento interno era primoroso. Os estofamentos dos bancos em couro Connolly, reclináveis e o piso totalmente acarpetado.
Tinha detalhes de carroceria interessantes como o bocal do tanque de gasolina escondido numa tampa da coluna traseira acima do porta-malas. Linhas do painel eram semelhantes a da grade do radiador. Apesar destes predicados os primeiros modelos tinham problemas de lubrificação, superaquecimento do motor, desgastes de embreagem e caixa de marchas. Esta com quatro velocidades, totalmente sincronizada, recebia também a opção de overdrive (sobre-marcha). A suspensão dianteira era triangular e a traseira com eixo rígido oscilante.
Tanto na frente quanto atrás recebia molas helicoidais.As belas rodas raiadas, marca registrada de esportivos ingleses, usavam pneus 6,00 x 16. Estes foram sanados com a adoção de freios a disco servo-assistidos da marca Dunlop, capacidade de óleo do carter aumentada, embreagem com disco duplo e a adoção de um radiador de óleo. Foram produzidos 1.100 DB4 sendo que 70 eram conversíveis. Com essas melhorias foi lançado um modelo GT, desenhado por Giorgietto Giugiaro, mais leve (1.270 quilos contra 1.346 do original) com 302 cavalos que chegava aos 241 km/h. Tinha o entre-eixos mais curto e seus faróis não eram carenados. Foram produzidos apenas 95 exemplares.
Nas Pistas
Inscrito na categoria GT, a série DB4, retornou as competições com o modelo esportivo Zagato (acima e abaixo) e foi vitorioso em sua primeira corrida tradicional inglesa International Trophy nas mãos de Stirling Moss . Isto alavancou as vendas das versões comuns dos cupês (1958–1963 )e das belas e raras versões Zagato Foram construídos 19 exemplares entre 1960 e 1963.
Em Le Mans assim como em todas as provas que disputou seus concorrentes principais nas pistas eram o Ferrari 250 GTO, e o Jaguar E-Type Lightweight. Foram produzidos só 19 exemplares (abaixo) e todos eles ainda estão vivos. Foram feitos seis com direção do lado direito.
O DB4 GT Zagato contava com o motor de seis cilindros em linha com 3.995 cm³, potência de 314 cavalos a 6.000 rpm. Seu torque chegava a 37,3 mkgf a 5.500 rpm sendo que alguns modelos com três carburadores duplos da marca Weber 50.
A versão Zagato, acima, chegava a 275 km/h dependendo da relação transmissão/diferencial/caixa. Abaixo uma versão DB4 GT que também é muito agressiva e bonita.
No Le Mans Classic, realizado em julho, os DB’s se reuniram para enfrentar seus “inimigos” de décadas atrás outra vez. Abaixo uma versão DB4 GT na excelente exposição argentina Autoclásica.
A turma estava composta pelo DBR1 que venceu a edição de 1959. Foi pilotado por Jack Brabham, Tony Brooks, Jim Clark, Stirling Moss), ganhou várias provas e venceu em Le Mans com Roy Salvadori e Carroll Shelby.
Havia nesta prova um DB3 S, vários DB6 e DB5 a alguns Zagato. A largada foi dada a moda antiga, com os pilotos indo em direção a seus carros estacionados em 45 graus. Simplesmente espetacular.
E a versão de 2016 do Aston Martin Vanquish Zagato Coupé.
Em Escala
A miniatura da Ixo na escala 1/43 é fiel até na cor. Atrás um DB9 Zagato que foi inspirado no DB4 Zagato
Texto, fotos e montagem Francis Castaings. Demais fotos Salão Rétromobile, organização Peter Auto publicadas no site. Demais fotos de divulgação
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